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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Trabalho de braços na DV

Post reescrito em 04/01/2021

Teve um tempo que os "braços de natação" da Randa Kamel foram muito utilizados pelas bailarinas. Esses trejeitos de bailarinas internacionais, são naturalmente adotados, de um modo geral. 

Mas todo trabalho de braços, antes de mais nada, necessita de isolamento de suas partes: ombro, cotovelo e punho. Eu ainda adiciono os dedos e o tronco. Em resumo, sabendo isolá-los e tendo consciência dos planos espaciais, o que resta é você trabalhar sua criatividade, dentro do estilo a que você se propõe. Dá para usá-los como moldura, extensão dos movimentos ou em um contínuo.

É comum ver a utilização dos braços um pouco desesperados, muito agitados e extremamente alongados. Me dá a impressão de que a bailarina não tem cotovelo nem punho, parece um "galho" inteiro. Ou sem tônus. De qualquer maneira, estar com os braços sendo utilizados todo o tempo, não é uma ideia tão legal assim, não deixa pausa para a plateia respirar.

Prefiro o equilíbrio. E tenho buscado isso e creio que tenho tido resultados. Gostei muito do trabalho de braços que realizei nessa performance:


A insegurança atrapalha a postura de uma forma geral e isso, claro, reflete nos braços em primeiro lugar porque o foco é quase sempre o quadril. Ou temos insegurança de ousar na leitura ou preocupação com o que os outros irão achar.

Dica: trabalhar com taças ou véu. Com esses acessórios, não há opção, os braços devem ser trabalhados todo o tempo.

Procure trabalhar os braços da maneira que você se sinta mais confortável em fazer, dentro do trabalho que você desenvolve, sem se preocupar muito se está no trejeito da moda ou não. Experimente novos olhares, estude, aprimore e decida o que você gosta mais de fazer.

Bom, de maneira alguma eu poderia deixar de citar uma bailarina brasileira que é conhecida por seu trabalho com braços, Elis Pinheiro:


Bauce kabira,
Hanna Aisha

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Instrumentos mais comuns na DV para taqsim - parte 2

Continuando o post anterior sobre instrumentos, vamos falar sobre a Família do Qanoun e Alaúde, instrumentos de corda muito importantes na música árabe!

O qanun é o mais sensível de todos os instrumentos e acredita-se que tenha sido inventado por um muçulmano chamado Al Farabi.

Movimentos sugeridos: shimmie à vontade, aliado aos acentos e variações de velocidade.

Aqui, o bailarino colocou uns elementos modernos que muita gente pode não gostar, mas quando ele foca no taqsim de qanun, ele faz bem, utilizando também os braços e pequenos deslocamentos, o que torna o shimmie menos monótono:


O alaúde ("al-ud") possui origem muito antiga e desconhecida e é o único capaz de seguir todas as melodias, pois foi construído inspirando-se nos quatro elementos da natureza.

Movimentos sugeridos: Os mesmos para qanun, mas acho que ele ainda é um pouco mais flexível, permitindo mais movimentações. E diria que a expressão pode ser outra pois a intensidade dos dois instrumentos são diferentes.


Mais sobre qanun e alaúde.

Bauce kabira,
Hanna Aisha

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Em março!

Queridos leitores!

Estou sumida porque estou de mudança de casa e sem internet. Imagino que após o carnaval, minha vida online voltará ao normal. Por enquanto, passo aqui rapidamente para divulgar dois eventos que estarei participando:

O II Leila fi Hátor, da minha amada amiga Elaine Rollemberg, o qual participei ano passado também, inclusive ministrando oficina, está de volta!


E novamente, a Escola Kelimaski retoma as oficinas com as professoras da Escola Kelimaski. Dessa vez, aumentamos o tempo de aula e venho com um curso de shaabi que está ficando beeeeem legal: 


Além disso, o blog da escola Kelimaski já está no ar! Fique por dentro do que acontece por lá!

Bauce kabira e bom carnaval,
Hanna Aisha

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Liebster Blog

Gente, mais um selinho! Adoro!

Ganhei do blog Leituras de Laura, esse selo fofo, que quer dizer "Blog Favorito" em alemão. Fico feliz que tenha gente que curte o que escrevo aqui!


Indicando 5 blogs que acompanho:

Marketing para bailarinas
Bellydance Coffee
Tagarelando sobre Dança
Do corpo sem ventre
BellyDance

As regrinhas são:

1 - Link de volta com o blogueiro que lhe deu;
2 - Cole o selinho em seu blog;
3 - Escolha 5 blogs para repassá-lo, que tenham menos de 200 seguidores;
4 - Deixar comentário avisando que estão recebendo o selinho.

Bauce kabira,
Hanna Aisha

domingo, 5 de fevereiro de 2012

DVDs de Dança do Ventre - parte 1

Olá, meninas estudiosas!

A aquisição de CDs e DVDs deve ser feita quando aluna e permanecer constante, mesmo após a profissionalização. No momento da escolha de um deles, é importante que se busque informações sobre o nível de cada um, pois existem DVDs para todos eles.

Seguindo a ideia dos livros sobre Dança, que infelizmente, dei uma parada por priorizar outras leituras, resolvi fazer posts sobre DVDs de Dança do Ventre que tive a oportunidade de assistir e gostei! Vou começar esse novo tópico no blog com um DVD que eu recomendo para nível intermediário: "Sensual Passion" por Tamalyn Dallal.


Apesar de ela compor o quadro das BDSS, Tamalyn é uma bailarina muito presa a uma dança "tradicional". Suas performances raramente utilizam músicas modernas.

Nesse DVD, que está em inglês (ela fala bem calmamente), ela apresenta movimentos utilizados durante um taqsim e movimentos lentos, emendando em um solo de percussão e um finale. Além disso, ela ensina uma sequência para Zaar.

Antes de começar a ensinar, ela faz um alongamento de uns 10 minutos e no final, contém duas performances dela, sendo uma delas, a sequência que ela ensinou no DVD inteiro.

A Tamalyn explica cada movimento com muito detalhe e repete algumas vezes, sem fazer com que nos canse. É um DVD longo (com 2 horas), mas vale a pena assisti-lo todo. Eu já fiz dois workshops com ela e gostei da sua maneira de ensinar, me agrada muito. Ela é bem calma, fala devagar, explica detalhes dos movimentos e tem uma dança "simples", porém bem emotiva.

Ela também tem um livro chamado "40 days & 1001 nights" (que já recomendei aqui no blog) que fala de sua passagem de 40 dias em cada um dos 4 países muçulmanos visitados por ela. No livro, você percebe de onde ela tira sua inspiração para dançar e ensinar. É uma bailarina pouco estudada por nós, brasileiras, e que vem como uma alternativa para quem não encontra afinidade nas performances mais modernas.

Recomendadíssimo!



Bauce kabira,
Hanna Aisha