Post revisto e reescrito em 26/06/16
Vamos relembrar uma dança e um ritmo muito conhecidos... a dança Said.
O tahtib é uma arte marcial tradicional masculina, talvez a mais antiga conhecida, com origem no sul do Egito, como nossa capoeira, que acabou inspirando uma dança:
Homens egípcios têm sempre consigo um longo cajado para reunir rebanhos, caminhar e se proteger. Essa dança é uma falsa luta iniciada pela música em que os homens se pavoneiam e mostram através da postura e acrobacias, sua força, atacando e desviando dos golpes de acordo com a música. A guerra também é representada pelos bastões e com homens dançando somente:
Hoje, as mulheres, numa versão mais suave, também realizam esta dança, conhecida no Brasil como "Dança da Bengala ou Dança do Bastão" – Raqs Assaya. O grande criador dessa dança foi Mahmoud Reda, que se inspirou na cultura said e nas ghawazee que eram contratadas para as festas said, já que mulheres said não podem dançar.
Nessa versão feminina da dança, as mulheres fazem movimentos graciosos e charmosos, omitindo a força, misturando passos inspirados no tahtib e no Reda. Elas devem controlar o bastão ou bengala (que é muito menor que o dos homens) sem esforço e com habilidade, usando-o como uma moldura para seus movimentos corporais ou equilibrando-o. Algumas pessoas não curtem a ideia de dois bastões serem usados pelas mulheres pois é um símbolo de guerra, luta.
Nessa versão feminina da dança, as mulheres fazem movimentos graciosos e charmosos, omitindo a força, misturando passos inspirados no tahtib e no Reda. Elas devem controlar o bastão ou bengala (que é muito menor que o dos homens) sem esforço e com habilidade, usando-o como uma moldura para seus movimentos corporais ou equilibrando-o. Algumas pessoas não curtem a ideia de dois bastões serem usados pelas mulheres pois é um símbolo de guerra, luta.
Maira Magno (SE), dando uma aula literalmente:
O figurino do homem é uma galabya com manga comprida e um turbante na cabeça. Para as mulheres, essa galabya pode ganhar ares mais modernos, com lenço no quadril e faixa na cabeça, com ou sem véu. Não existe muita regra sobre cores e estampas, mas normalmente, são lisas.
E o tal said libanês? Existe uma pequena confusão no meio bellydancer que eu, inclusive, contribui para isso aqui no blog há um tempo atrás e, por isso, recebeu um post só sobre ele. Resumindo: o que existe são os dabkes modernos libaneses, que também podem ser dançados com o bastão:
Fontes: Anotações pessoais de aulas com professores variados (Luciana Midlej, Maira Magno, Téo Versiani, Tufic Nabak) e DVD de Said da Munira Magharib.
Bauce kabira,
Hanna Aisha