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quarta-feira, 16 de março de 2011

Shaabi ou Neo Mawwal e Mahagaranat

Revisto e reescrito dia 19/04/18

Shaabi, assim como o tarab, são expressões egípcias muito características e que, só recentemente, a gente, no Brasil, está começando a entender o que realmente são. Já comentei sobre o shaabi em outro post, mas aqui eu quis falar mais e mostrar mais vídeos pra gente focar no tema.

Já escreveu Roberta Salgueiro que o mesmo nasceu dentro das classes D e E e junto da influência da música ocidental, o shaabi tornou-se a versão mais urbana e popular da música baladi, com a ajuda da difusão das fitas cassete nos anos 60 e 70. É sempre cantada e as músicas falam sobre o cotidiano dessas classes, com sátiras, duplo sentido, letras debochadas ou com conotação sexual:


Os maiores cantores no Egito são Hakim, Amina e Saad el Soghayer, mas é importante saber que Ahmed Adaweya foi um dos pioneiros e quem criou várias músicas conhecidas nossas. Aliás, acho que ele merece um post só dele!


O shaabi chegou às classes altas com letras mais suaves, podendo agora ser dançado por mulheres e nos palcos. Você não deve estar preocupada em seguir a música, dançar espontaneamente, não se preocupar tanto com complexidade de passos, permitir-se; inclusive, cantar pode!


Pensando em um shaabi para palco, nesse vídeo eu danço uma música que trata do casamento e da "alegria de se casar". Por isso entro com um buquezinho... ah sim, mega importante vocês saberem as letras justamente para poderem expressar na dança o assunto tratado e também saberem se não estão sendo chamadas de "mulher-melão", se a letra tem conotação religiosa ou mesmo é de baixo calão.


Sobre a roupa, vai depender: você pode se apresentar com a roupa típica do baladi, a galabya e, assim reforçar seu caráter "tradicional" ou dançar com uma roupa de DV. Vai ficar bem harmoniosa se você escolher uma música mais moderna, no último caso. Mas, claro, não é regra. Aliás, é importante entender que não há regras no shaabi, apenas entendimento de que ele é uma dança espontânea e atual.

This is real shaabi, baby!


O shaabi ainda é executado em áreas pobres, principalmente, em casamentos em que todo mundo dança junto e, segundo a Raqia, ele só existe no Cairo e em Alexandria. Aliás, ela recomenda que não se use snujs ou qualquer acessório... mas, eu não vejo por que usar snujs não combina.


Mas e o tal Maharaganat?

Não se espantem caso vejam uma apresentação do chamado street shaabi. Ele surgiu depois da revolução de 2011 no Egito. Algumas bailarinas já fazem isso há um certo tempo, mas chegou no Brasil muito recentemente. Nessa expressão  do shaabi, a dança é mais masculina (menos purista, digamos assim) e bem mais ocidentalizada por conta da influência do hip hop americano. Tá valendo! O mundo é globalizado! Soraia Zaeid tem sido uma das grandes popularizadoras do estilo:


Fontes: Anotações pessoais de aulas com Jade El Jabel, Luciana Midlej, Maira Magno, Nour, Orit Maftsir, Raqia Hasan, Blog Yallah!.

Bauce kabira,
Hanna Aisha

quarta-feira, 9 de março de 2011

Zahra Sharq 2011 - primeira chamada!

Queridos leitores!!! Agora que o carnaval está acabando, voltemos ao trabalho!

Como comecei a divulgar há um tempinho atrás, esse ano o Zahra Sharq que, com muito prazer, receberá a minha querida amiga bailarina Hadara Nur (SP) como convidada especial! Além disso, teremos a bailarina Jannah El Havanery de Santos-SP e suas alunas como participação especial!


Para quem não sabe (e para quem gosta), as duas são bailarinas com padrão Khan el Khalili e são campeãs da categoria profissional no Mercado Persa em SP.

Hadara Nur:


Jannah el Havanery:


As duas ministrarão workshops no dia 21 de agosto (domingo) que em breve, divulgarei com mais detalhes aqui mesmo no blog e no meu multiply. O show será dia 20 de agosto (sábado) e contará com bailarinas super especiais da cidade do Rio de Janeiro:

Adrielli Brites - Cia Zahra Sharq - Elaine Rollemberg - Jaqueline Campos - Luciana Midlej - Nadja El Balady - Natália Trigo - Shaira Sayaad - Virgínia Njainne

Espero ver vocês lá em um show dinâmico, variado e cheio de qualidade! Quem já foi sabe o quanto é gostoso! Ainda tenho DVDs dos shows passados, 2009 e 2010.

Bauce kabira,
Hanna Aisha

quarta-feira, 2 de março de 2011

Estilo Argentino de DV

Post revisto e reescrito em 04/01/20.

Me perdoem as admiradoras da Saida e do estilo argentino: não sei, não estudo, não consigo e não quero dançar como elas. Não me identifico. Aliás, já ouvi algumas bailarinas egípcias dizendo não gostarem da dança delas também. Ainda bem que tem gosto pra tudo e que o palco está aí para inovações. Mas admito sua influência em nós, brasileiras. Inclusive em mim.

Ostentação: é a palavra que definiria o estilo argentino (que a Raqia Hasan tanto odeia publicamente!). Strass, plumas, peruca, megahair, luzes, cílios enormes, cores vibrantes, maquiagem pesada e... o jazz! O Jazz está muito bem misturado com a técnica oriental e sim, nós "copiamos" isso delas! 


Eu diria que a principal escola no Brasil a propagar esse estilo foi (ainda é) a Luxor:


Tenho a impressão de que elas querem ocupar o palco inteiro com tanto giro, pulo, pé pro alto, arabesque, muitos braços, corpo alongadíssimo e com os próprios acessórios. Aliás, acessórios modernos como wings, véu poi, fan veil são com elas mesmas!


É uma boa fonte de estudos se você quiser incrementar sua dança com elementos surpresa. Claro, que esse estilo "glamoroso" se estende aos homens argentinos:


Olha que vídeo legal sobre o estilo:


Bons estudos! Visita esse post também!

Bauce kabira,
Hanna Aisha