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sábado, 28 de setembro de 2013

Duas carreiras

Post a pedido de Lucielle le Fay

A edição no. 11 da Revista Shimmie trouxe como matéria de capa o tema de que é possível conciliar duas profissões (uma delas, no caso, é a DV) e eu posso dizer, da primeira fila: "Sim, é possível!".

Eu apresentando pôster em congresso,
ainda na graduação. Já fazia Dança do Ventre.
Como a Tahya Brasileye disse no artigo, quando começamos a fazer aulas de danças orientais, não imaginamos onde iremos chegar. Com exceção das meninas que começam muito cedo na DV, é comum passar pela cabeça de bailarinas profissionais se elas devem largar suas profissões e se dedicar exclusivamente à DV, pois, confessemos: viver de dança é tentador (mas nem tudo são flores). Neste post, para facilitar a discussão, vou considerar diferentes profissões, aquelas não relacionadas à dança (ou seja, estou considerando ateliês, maquiagem, bijus, acessórios, etc como relacionados à dança).

Uma das coisas que elas escreveram: "Na execução das profissões, sabemos que o sucesso vem com a dedicação, a prática e o tempo, e quando exercemos mais de uma profissão, a dedicação aumenta e o tempo fica mais disputado".

Eu diria que esse é o maior problema para conciliar duas profissões: dedicação. Porque não basta "ter um tempo sobrando". É preciso mais tempo em absoluto, para que a dedicação renda frutos de verdade e esse, particularmente, é o meu funil. Não tenho tempo suficiente para me dedicar como deveria às duas profissões e acabo escolhendo a minha primeira, que é de bióloga (atualmente, estou terminando meu doutorado em Bioquímica na UFRJ). Então, a dança, acaba ficando restrita ao tempo que me sobra e aos fins-de-semana.

Por muito tempo, me culpava por isso porque minha dança e minhas aulas (acho que mais a dança que as aulas) não eram do jeito que eu queria que fossem. "Preciso melhorar meu shimmie, meus braços, meus giros, minha expressão, tudo!". Daí para a frustração era um passo só. E sim, me senti frustrada, triste, desanimada durante a maior parte da minha carreira (que começou em 2008). Mesmo assim, nunca dei um tempo na dança porque eu sentiria muita falta e na verdade, nunca precisei parar por motivo de força maior.



As comparações eram inevitáveis: "Fulana tem o mesmo tempo que eu e dança muito mais!", "Fulana tem mais aluna!"... CLARO! Ela vive de dança! Demorei a entender isso, até eu ouvir de uma querida amiga bailarina: "Hanna, dentro do seu tempo disponível, você tem sim um trabalho muito bom como bailarina; você me acha muito boa, mas eu tenho obrigação de ser boa porque eu vivo de dança!"

Suspiro de alívio. Não é que era verdade? Isso diminuiu imensamente toda minha carga de culpa por não conseguir fazer tudo que eu queria fazer. Mas isso não significa relaxamento. Uma vez que eu escolhi ter a dança também como profissão, eu devo manter minhas obrigações em dia: estudar, treinar, dar boas aulas, fazer boas apresentações, cuidar do visual. Ou seja, a disciplina deve ser mantida.

Polímnia Garro, conhecida por nós, é arquiteta e atualmente, deu um tempo na dança para se dedicar ao que sempre foi sua escolha. Isso significa que ela parou e nunca mais vai voltar? Não, mas ela fez uma escolha que, com certeza, ela sabia que se sentiria mais plena nesse momento de sua vida:


Satisfação pessoal é outro importante fator que influencia a gente nessa escolha. Sou plenamente feliz trabalhando só com dança do ventre, "apesar de"? (tem gente que não aguenta os "apesar de"...) Se eu largar minha outra profissão, não vou sentir falta?

"Hanna, eu quero continuar fazendo as duas coisas, como faço?". Cai dentro! Ah sim, existe um preço a se pagar para manter suas profissões bem sucedidas! Os fins-de-semana e suas noites nunca serão iguais à de uma pessoa "comum" (até porque o de bailarina já é incomum). Lazer e boas noites de sono... muita coisa você abre mão, como a cervejinha, a televisão, o descanso mental mesmo porque você precisa assistir vídeos, ir pro workshop, treinar sua coreografia, ler blogs, etc.

Dedicação e disciplina são fundamentais, porém, se estamos mantendo as duas profissões, é porque a satisfação pessoal está sendo preenchida de alguma maneira. Se você está se aborrecendo demais em qualquer uma das suas profissões, podem estar acontecendo duas coisas: ou você está trabalhando nos lugares e/ou com pessoas erradas ou realmente, você precisa largar uma delas para ser mais feliz. Aí, é com você!

"Hanna, você já pensou em viver só de dança?" Claro que já, mas nunca de forma muito seria porque EU SEI que eu sentiria muita falta da Biologia na minha vida e eu não conseguiria colocá-la no patamar de hobby. E eu pensei de forma muito racional mesmo e percebi que existem muitos obstáculos na DV que eu, particularmente, não teria muita paciência de encarar. Logo, não foi muito difícil para mim.

Aqui, o vídeo da Lucielle le Fay, quem sugeriu este post e que está fazendo graduação em Biologia e já veio conversar comigo sobre isso:


Bauce kabira,
Hanna Aisha

domingo, 22 de setembro de 2013

DVD de Dança - parte 4

Queridas estudiosas,

Recomendando muito o DVD de Balady da Munira Magharib (que gosto muito do trabalho!), produzido pela Ventreoteca.

Ela fala sobre alguns instrumentos da música árabe, sobre o que é balady e mostra algumas possibilidades de movimento que achei bem interessantes, que não cabe só na Dança Balady, não, mas que você pode incorporar no seu vocabulário de Dança do Ventre.

Aliás, estudar balady é absolutamente fundamental para se entender bem a Dança do Ventre, não importa qual estilo que você quer adotar!


Bauce kabira,
Hanna Aisha

sábado, 14 de setembro de 2013

Dança Khaliji

Eu tenho a sensação de que não sei mais nada sobre khaliji; acho que deveria haver um movimento de revisão sobre o que é essa dança aqui no Brasil, por bailarinas que viveram nos Emirados Árabes, pois cada uma carrega sua verdade, que me parece estar errada. As bailarinas precisam abaixar a cabeça e admitir que NÃO sabem khaliji e estudar de novo, com quem realmente sabe e vivenciou a cultura khaliji. Por isso, pedi à Julia Falcão, que acabou de voltar de lá para o Brasil, para que escrevesse sobre o tema para o blog, pois não me sinto mais segura. Espero que gostem! [O texto e vídeos são de responsabilidade da autora, as fotos foram selecionados pelo blog]

OS FOLCLORES DO ORIENTE MÉDIO

Primeiramente deixem-me agradecer à queridissíma Hanna Aisha por me confiar a tarefa de passar um pouquinho do meu conhecimento a todas vocês: "Querida, um beijo enorme para ti, obrigada!". Praticamente tudo que irei dividir com vocês aqui é baseado em experiências minhas, o que vi e vivi trabalhando pelo mundo com a dança do ventre. Neste artigo, irei me ater somente aos dados técnicos de cada folclore, uma vez que a parte histórica de construção de cada um está atrelado aos costumes e cultura de cada país e o post ficaria ligeiramente longo com esta enorme aula de história. Quem sabe esta pode ser uma boa sugestão para uma nova visita minha no blog da Hanninha, não é verdade? [Nota da Hanna Aisha: sim!]. Entre cada folclore, eu procurei anexar vídeos bastante fiéis ao estilo tradicional de cada dança e, em outros poucos, acrescentei também como ele é usado mais frequentemente, ok?! Sem mais delongas, seguimos a viagem por este mundo folclórico!

O Khalege (ou Khaleej ou ainda khaleeji) é uma dança folclórica originária do Golfo Pérsico, o que já nos explica o nome, já que a tradução de khalege é Golfo. Os países pertencentes ao Golfo Pérsico são: Bahrain, Emirados Árabes, Qatar, Arábia Saudita, Kwait e Oman.

Durante anos, o khalege dançado aqui no Brasil sofreu influência do khalege saudita (Arábia Saudita), que usa o ritmo saudi na composição musical. Este khalege faz uso de uma movimentação dos pés tradicional de khalege, um dos pés fica totalmente no chão enquanto o de trás sofre uma elevação do calcanhar. Os pés se movimentam em uma troca constante de peso (da perna direita para a esquerda, e assim por diante), porém deixando os joelhos livres para trabalharem, o que causa uma pequena elevação em um dos lados do quadril (lado da perna que está atrás). Observamos também que existem diversas movimentações de braços e mãos bem característicos da dança. A cabeça e os cabelos acompanham o ritmo saudi em movimentos circulares, oitos e alguns movimentos pendulares também, mas ao compararmos com outros khaleges, concluímos que estes movimentos de cabeça são em menor quantidade. É comum o uso de abayas de mangas largas e bem coloridas:


Acredito que hoje em dia, as bailarinas brasileiras têm se identificado mais com o khalege emirate, dançado nos Emirados Árabes, também muito dançado em Bahrain e Oman. O khalege emirate sofre algumas modificações em comparação ao saudita. As pernas parecem arrastar-se, mesmo que mantenha o mesmo posicionamento das pernas e pés. Os joelhos amortecem a elevação do calcanhar traseiro e acaba refletindo no quadril uma movimentação quase horizontal e não vertical (subindo e descendo) como no saudita. Os movimentos de mão e braços quase não aparecem mais e a movimentação de cabeça é muito maior. Neste folclore, as movimentações de quadril, shimmie, já começam a aparecer para marcar a música e a posição dos pés muda com mais frequência.

Dentre todos os khaleges, este é com certeza meu favorito. É mais leve, mais feminino, mais delicado, e ao mesmo tempo intenso e, contraditoriamente, forte. Não há necessidade de se usar abaya, mas hoje é bastante comum se ver bailarinas abusando de cores em abayas super bordadas pelos palcos dos Emirados:


Alguém aí já ouviu falar em Radah? Conhecem sim. Este folclore iraquiano foi carinhosamente apelidado de khalege iraquiano. Pois é, este é o verdadeiro nome do "khalege iraquiano". Vamos aos esclarecimentos então. Anteriormente, eu citei alguns países do Golfo, certo? Repare que o Iraque não se encontra entre estes países e como khalege quer dizer Golfo, o radah não pode ser realmente considerado um khalege, não é verdade?

Bem, o Radah é beeeeeeeem mais pesado e agressivo que os khaleges anteriores, as movimentações de cabeça são exaustivas, mais fortes e mais variadas também. Pode absolutamente tudo com a cabeça. A tradicional movimentação dos pés ainda existe, mas existe muitas outras possibilidades para eles, os pés se abrem e se fecham em pulinhos, bem como o corpo se vira lateralmente e voltando para a frente com o mesmo pulinho. Os movimentos de braço e mão bonitinhos foram praticamente abolidos deste folclore e o shimmie de quadril aparece muito mais.

O Radah também recebe uma instrumentação diferenciada, o dundok, como é chamado pelos curdos. Existem variações quanto ao nome deste instrumento conforme a região do Iraque, os nomes mais conhecidos são Khishba, zamboor e tar. O dundok tem um som diferente do tradicional derbak e aparece em toda e qualquer música para radah. Nos dias de hoje, pode ser substituído por percussão eletrônica (para quem já jogou band hero, a percussão eletrônica é bastante parecida com a bateria). A vestimenta tradicional para este folclore iraquiano é um vestido mais ajustado na cintura e bem solto nas pernas, na altura dos joelhos até os pés:

Sajedah Obied


O vídeo acima é bastante tradicional, dançado por locais, por esse motivo escolhi este vídeo da Alena (Ucrânia), que fez uma versão fantástica do Radah. Outra excelente referência é a Darya Mickevich:


O folclore Líbio é o mais simples e mais desconhecido de todos, a movimentação é bastante simplificada e repetitiva. Usa-se um movimento bastante semelhante ao "twist"  (uma das pernas fica à frente do corpo, o peso vai da perna da frente para a perna de trás enquanto o quadril torce da frente para o eixo). Quase não há movimentação de cabeça e menos ainda movem-se os braços. As músicas são bastante alegres, embora repetitivas e sem marcações muito fortes. É considerado o ritmo mais desconhecido em todo o mundo.

É um folclore muito comum de ser visto na Tunísia, já que a Líbia é um país muito fechado. Os líbios se deslocam em grande número para a Tunísia para curtirem o final de semana. Não demorou muito para que os tunisianos percebessem que este turista deveria ser agradado, já que formam grande número na clientela de restaurantes típicos locais, com a inserção de seu folclore nos shows tunisianos. 

Gurias, este foi apenas um pequeno guia para as construções folclóricas de vocês, acredito que hoje já não se segue tudo à risca. Acredito que a arte possa ser sempre modificada, aprimorada, transformada para embelezar ainda mais os palcos do mundo, mas é sempre bom sabermos a origem do que estamos dançando para que as modificações ainda possam refletir equilíbrio, além de evitar algumas gafes, certo?

Espero que tenham curtido esta pequena volta ao mundo comigo! Um beijo enorme para cada uma de vocês e obrigada por me emprestarem seus olhos atentos, enquanto transmito um pouco do meu conhecimento.

Júlia Falcão
julia_falcao@hotmail.com

A bailarina e professora Julia Falcão iniciou seus estudos em dança aos seis anos de idade com a modalidade de patinação artística e manteve-se nesta arte por 10 anos. Aos 16 anos, começou a praticar jazz com a professora Flávia Vargas por mais 4 anos. Nos anos seguintes, a dança do ventre começou a fazer parte de sua vida e hoje, 11 anos depois, se transformou na sua vida, além de carreira. Seu currículo envolve estudo com mestres e mestras brasileiras (Lulu Sabongi, Alessandra Forte, Camilla D'Amato, Kahina, entre outros), egípcios (Randa Kamel, Yousery Sharif, Gamal Seif, etc.), libaneses e israelenses (Orit Maftsir) e hoje já soma mais de 100 workshops em dança do ventre. No ano de 2009, entrou para Khan el Khalili como bailarina selecionada com padrão de qualidade e em 2010, foi eleita pelo Mercado Persa de São Paulo como a 2a melhor bailarina do Brasil. Recebeu diversos outros títulos pelo Brasil e foi campeã no solo profissional em diversos estados do Brasil e também como dupla profissional com sua irmã Marilia Falcão. Hoje, Julia está de volta ao Brasil após uma turnê de 2 anos e meio pelos países árabes, incluindo Emirados Árabes ( Dubai, Abu Dhabi e Al Ain), Tunisia, Bahrain, Jordânia e Iraque.

sábado, 7 de setembro de 2013

Esmeralda no RJ causou!

Acho que o sucesso da quinta edição do Zahra Sharq foi bem conjuntural, quase coisa do destino, pois eu não ia fazer nada esse ano, até eu receber uma proposta basicamente inegável, o que me fez decidir tudo em cima da hora. Tanto eu quanto a Esme só tínhamos UMA data, 31 de agosto; senão, nada disso teria acontecido.

Infelizmente, não vi boa parte do show, mas como confiava no elenco, confesso que não estava muito preocupada. Porém, o retorno da plateia (a mais animada EVER) na forma de aplausos ou pessoalmente para mim, me mostraram que dessa vez foi quase perfeito. Perfeito? É, não tinha muito mais o que fazer para ficar melhor. Só se chovesse dinheiro do teto! Na verdade, teria sido mais perfeito para mim, se tivessem mais pessoas prestigiando a Esme e as bailarinas ao vivo porque os vídeos NUNCA, NUNCA, NUNCA, reproduzirão a EMOÇÃO de ver aquelas performances ao vivo. [Aliás, eu sempre fico muito triste quando vejo a plateia e sei que poderia ter mais gente lá; não porque é meu show, mas porque ele é bom mesmo!]


Elenco muito querido para mim! Obrigada!

Preciso agradecer às bailarinas pela dedicação de ensaios e carinho em fazer um bom show; à minha família, que sempre me ajuda nos bastidores; aos assistentes de produção Carlos Meirelles, Gabriela Miranda, Patricia Schavarosk e Elessandro que foram impecáveis; ao Ávila, do Teatro Marista São José, pelo espaço e atenção; ao amigo Roberto Eizemberg, pela filmagem e edição, que tenho certeza que será carinhosa, como foi ano passado; ao Leonardo Martins pelas fotos; às minhas alunas da Cia Zahra Sharq, que se dedicaram bastante em cima da hora e ainda me ajudaram nos bastidores; à plateia e à presença de BAILARINAS da cidade (difícil tirar bailarina de casa, viu?); aos apoios queridos por serem pontos de venda e/ou cederem brindes, em especial, Juarez Penna por fazer meu cabelo, Milena Miranda por maquiar a Esme, à Aisha Hadarah, por ceder um book fotográfico para sortear entre as inscritas no workshop, Atelier Samara Nyla Gil Modas, por ir expor seus produtos no dia do show; à Esmeralda, por ter confiado em mim. Particularmente, à ela por ter sido o tempo todo sincera, simpática, atenciosa, preocupada com a qualidade do evento, e se mostrado uma Giovanna que eu criei afinidade.


O workshop da Esme, no dia seguinte, teve 17 inscritas, mesmo com 5 cursos acontecendo ao mesmo tempo no RJ! Quem ficou em dúvida em fazer, PERDEU! Se alguém não acreditou que isso daria certo, acho que precisa repensar seus "achismos".

Eu não sei quantas pessoas já tiveram a oportunidade de trabalhar com a Esmeralda. A questão é que o motivo que me fez convidá-la pro evento mudou; hoje, os motivos seriam completamente diferentes. Ela ganhou muito meu respeito à sua bailarina pois é uma pessoa humilde, simpática, pontual e muito profissional, que vai lá e cumpre com o seu dever, do jeito que deve ser. A Giovanna, que era desconhecida para mim, foi uma surpresa!!! Gi, quer ser minha amiga pra sempre? hehheheeh realmente nos damos bem e percebemos que temos muito o que trocar enquanto pessoas e bailarinas.


Pela primeira vez, não tive tempo de ficar nervosa pois minha preocupação em não atrasar o show (acho que foram uns 10 minutos só), em marcar o palco, a luz e ver o som direito, me fez correr para ir me arrumar 15 minutos antes da hora marcada. A ideia é melhorar a estrutura do evento a cada ano (isso inclui de bastidores à plateia), mas fazer tudo isso sozinha é um desafio que poucas pessoas entendem, por isso que todo ano eu digo que não faço mais. Eu pago um preço muito grande para realizar tudo isso, mas no fim, eu fico feliz, mesmo com problemas de várias naturezas. É, novamente, ainda não sei se farei ano que vem...


Coisas como essas, não se explicam em palavras. Quem não foi ao show, PERDEU, perdeu MESMO, não por ter sido meu evento, mas por ter sido realmente emocionante.

Obrigada novamente ao público fiel do Zahra Sharq, por confiar e divulgar o meu trabalho como produtora.

Aqui, você encontra todos os outros vídeos do show.

Bauce kabira,
Hanna Aisha