tag:blogger.com,1999:blog-83357688280741351322024-03-19T07:35:24.101-03:00Blog da Hanna AishaHanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.comBlogger264125tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-70084199093444490162024-01-14T17:14:00.000-03:002024-01-14T17:14:15.152-03:00A dança não me salvou<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p></p></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p></blockquote><p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Vou começar pelo fim e quero tentar ser o mais sucinta possível (até porque não quero dar muito detalhe da minha vida pessoal).</div><p></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p></blockquote><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWUKibg2YrLPDdTNSIp39JJVNyu6Sj-wG-CwQ1GlB_cip8kw60dH5reGLL_rw0jkFPM9pktE5I0Xvv_Bho_uJVDvcfbuewKFRb9jsVZ1iKK4hY0l6kh2E6w7Zbn5qCb_1OcgtE45OL6xRjyCaPkEO8oijcFADWn0C4E2AHJa7Gmw4CmZS7sm-b3H6P7c0/s1513/39%20semanas.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1513" data-original-width="995" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWUKibg2YrLPDdTNSIp39JJVNyu6Sj-wG-CwQ1GlB_cip8kw60dH5reGLL_rw0jkFPM9pktE5I0Xvv_Bho_uJVDvcfbuewKFRb9jsVZ1iKK4hY0l6kh2E6w7Zbn5qCb_1OcgtE45OL6xRjyCaPkEO8oijcFADWn0C4E2AHJa7Gmw4CmZS7sm-b3H6P7c0/w210-h320/39%20semanas.jpeg" width="210" /></a></div><p style="text-align: justify;">Depois de um ano e meio de terapia, resolvi perguntar para minha psicóloga se eu tive depressão pós-parto e ela disse que sim. Esse diagnóstico me tirou um certo peso das costas e acabou esclarecendo algumas coisas que aconteceram ao longo desse tempo. E uma dessas coisas foi o papel da dança nesse momento.</p><p style="text-align: justify;">Meu filho nasceu em abril de 2022 e saí do hospital já com "baby blues", pois meu leite não desceu e meu filho passou fome por um dia por conta disso (o que me gerou um grande estresse). Nunca amamentei meu filho plenamente, ele tomava fórmula para complementar.</p><p style="text-align: justify;">Fiquei 30 quilos acima do peso; fiquei meses sem conseguir me ver no espelho.</p><p style="text-align: justify;">Tive 2 meses de licença maternidade. Nos dois últimos dias da minha licença, nos mudamos para outro estado e começamos a trabalhar em outra universidade.</p><p style="text-align: justify;">No meu segundo dia de trabalho, meu filho completou 2 meses de vida e uma das minhas gatas (a qual eu tinha uma relação emocional muito grande) morreu.</p><p style="text-align: justify;">A partir daí, a bola de neve já estava caindo e a velocidade só aumentou, pois, nos próximos meses, passei por alguns lutos de diferentes naturezas.</p><p style="text-align: justify;">Eu procurei minha psicóloga quando meu filho tinha uns 3 meses, mais ou menos, pois percebi que ia cair doente (foi o que eu disse para ela). Hoje, eu acho que já estava doente e, na verdade, piorei depois. Mas, não cheguei a ficar de cama ou com a sensação de "estar parada no lugar". Eu não tinha (tenho) o privilégio de parar para tirar licença médica ou alguém para ajudar. Eu tinha um recém-nascido, um trabalho para tocar, uma casa pra cuidar. Eu queria poder dormir, em primeiro lugar. Chorei, literalmente, de abril a outubro todos os dias, com mais ou menos intensidade. Os choros foram escasseando com o tempo até voltarem em frequência quando meu pai faleceu em maio de 2023.</p><p style="text-align: justify;">Eu acho que tive lucidez durante todo esse tempo porque eu sabia que eu não estava bem, tanto que eu discutia com minha psicóloga formas de me fazer voltar no meu eixo. O que era meu eixo? Reconhecer a minha individualidade, reconhecer meu corpo, relembrar do que eu gostava de fazer e quais eram meus objetivos de vida. Eu tinha perdido tudo isso. Eu vivia no automático. Exausta. Hoje, eu entendo o significado de "exaustão". Dentre as formas discutidas: dançar, ler livro, fazer exercícios. Falhei em todos por mais de um ano, tentando de variadas maneiras.</p><p style="text-align: justify;"><i>Onde eu queria chegar com esse post</i>: a dança não me salvou (omiti <b>muitas</b> coisas mesmo, simplifiquei para tentar ir ao ponto, mas precisava dar um contexto mínimo).</p><p style="text-align: center;"><span style="color: #2b00fe;">Colocar uma música e deixar o corpo me levar. Tentar dançar organizado. Tentar minha própria aula estruturada. Aplicar <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2021/01/seu-metodo-onde-ciencia-e-arte-se.html" target="_blank">meu próprio método</a>. Fazer aula online. Ouvir música árabe.</span></p><p style="text-align: justify;">Nada me motivou. E isso só piorava meu estado generalizado. Achava que eu não servia mais para isso; que, talvez, eu nunca tenha servido e eu que forçava a barra. Que eu já tava velha e muito gorda mesmo, "quem iria querer fazer aula comigo"? Que eu tava desatualizada, "quem iria querer saber do que eu sei"? Tantas mulheres com corpos incríveis no Instagram, dançando e dando aula ativamente. Lindas e eu, um trapo.</p><p style="text-align: justify;">Eu ouvia tantas histórias de pessoas dizendo que a dança as salvou de algo e, óbvio que acredito nisso. Mas não serviu para mim, nesse contexto e momento. Quando ouvi o diagn<span style="text-align: left;">ó</span>stico da minha psicóloga, entendi que a dança não era o problema. Eu s<span style="text-align: left;">ó</span> não tive espaço emocional nem energia física para recebe-la. Estava fora do meu controle. Não era questão de querer.</p><p style="text-align: justify;">Hoje, eu consigo enxergar as coisas que foram, aos poucos, me retirando do buraco (que ainda me encontro, mas que já estou de pé dentro dele): a existência do meu próprio filho; a terapia semanal (que foi de 2 sessões por semana por 2 ou 3 meses); <a href="https://rupikaur.com/pages/home-body" target="_blank">o livro "meu corpo minha casa"</a> da Rupi Kaur.</p><p style="text-align: justify;">Claro que outras coisas contribuíram: o amor e paciência do meu marido e das amigas que me acolheram; eu voltei a dormir quando meu filho se acertou; fiz uma dieta extrema que me fez perder 15 quilos e me fez olhar pra mim mesma melhor (essa história de imagem corporal não é nada simples); tive visitas do Brasil ao longo desses meses. Uma virada importante foi <a href="https://youtu.be/jS_C0AuVK1o" target="_blank">dançar no Festival Hórus</a>, durante minhas férias do Brasil, em outubro de 2023. Estar no palco depois de anos sem estar em um, foi o que me retirou do lugar de vez <i>(a dança aqui ajudou num momento em que eu já estava começando a me recuperar - durante o processo inteiro, não encontrei na dança algum tipo de alívio ou direcionamento, infelizmente, apenas frustração).</i></p><p style="text-align: justify;">Até o dia que recebi uma mensagem de alguém querendo aula particular. Estamos trabalhando juntas há alguns meses e consegui, graças à ela, a voltar a ver algum valor em mim, no que tenho pra oferecer e no que a dança pode me oferecer.</p><p style="text-align: justify;">Eu e a dança voltamos. Estamos na fase do namoro. Se olhando, se (re)conhecendo, com o pé atrás porque ela vai receber outra pessoa agora.</p><p style="text-align: justify;">A dança não me salvou da depressão pós-parto. <b>Mas, pode ser que ela volte a fazer parte de mim, algum dia.</b></p><p style="text-align: justify;">Bauce kabira,</p><p style="text-align: justify;">Hanna Aisha</p>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-30379586406464847222022-10-10T11:13:00.001-03:002022-10-10T11:13:16.255-03:00Descontruindo leituras - Especial (3)<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="text-align: justify;">As Mayyas são um grupo de 36 bailarinas libanesas que ganharam a temporada 17 do programa estadunidense "America's got talent" com essa avassaladora performance, coreografada por Nadim Cherfan</span><span style="color: #444444; text-align: justify;"><span style="background-color: white;">.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: #444444; text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: #444444; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/G5MyQdGsQOo" width="668" youtube-src-id="G5MyQdGsQOo"></iframe></div><br /></span></span></div><span style="font-family: verdana;"><span style="color: #444444; text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Bauce kabira,<br /></span></span><span style="color: #444444; text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Hanna Aisha</span></span></span></div>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-88079012172925083172022-03-18T18:22:00.007-03:002022-03-18T18:22:00.186-03:002 anos depois: a dança e a pandemia<p style="text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjl9fLLl-iGjsW_nCKTWEoA9RvQF3kzWaT63IlcxVl7AuJkB_xsHQmBZ-OpYTQZAj8VfME56cpVglyGvtZZmG89F-XhcpXI7PUqbRKUuxsDcyFGHHoc26y1d21q4XavEQamThDDOLVlzRngVNssLb3KOgyXZqEn6dpO3gdiJpLdQKdFwhaQxHU-zec-=s2048" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjl9fLLl-iGjsW_nCKTWEoA9RvQF3kzWaT63IlcxVl7AuJkB_xsHQmBZ-OpYTQZAj8VfME56cpVglyGvtZZmG89F-XhcpXI7PUqbRKUuxsDcyFGHHoc26y1d21q4XavEQamThDDOLVlzRngVNssLb3KOgyXZqEn6dpO3gdiJpLdQKdFwhaQxHU-zec-=s320" width="240" /></a></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span>Olá, vacinadinhos do blog!</span></span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span lang="PT-BR">Ano passado, eu fiz um post refletindo
sobre o </span><a href="https://www.blogger.com/u/1/"><span lang="PT-BR" style="color: blue; mso-ansi-language: PT-BR;">primeiro ano de isolamento por conta da pandemia</span></a><span lang="PT-BR">.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: verdana;">
Felizmente, graças a um esforço coletivo internacional, um ano após a
declaração da pandemia, já tínhamos vacinas sendo distribuídas globalmente -
tomei minhas duas doses em abril/maio de 2021 e o reforço em novembro de 2021 (o qual eu tomei grávida de 5 meses!).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: verdana;">
Infelizmente, completamos dois anos nesse pesadelo. Porém, diferente de 2020,
minha relação com a dança mudou por questões de prioridade pessoal em 2021. Eu
produzi muito menos com a dança:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;"></p><div style="text-align: justify;"><span><span lang="PT-BR" style="font-family: verdana;">- Segui com meu </span><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.instagram.com/hanna_aisha/channel/"><span lang="PT-BR" style="color: blue; mso-ansi-language: PT-BR;">projeto de lives mensais</span></a></span><span lang="PT-BR" style="font-family: verdana;"> com
convidados no Instagram e o terminei em outubro de 2021. Entendi que ninguém
aguentava mais as lives e já estavam voltando com suas vidas
"normais"</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span lang="PT-BR" style="font-family: verdana;"><br /></span></span></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><span>- Dancei em um festival online apenas, onde produzi o vídeo abaixo</span><span>:</span></div></span><p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="353" src="https://www.youtube.com/embed/ff3Bsmqm7og" width="425" youtube-src-id="ff3Bsmqm7og"></iframe></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><span lang="PT-BR">- </span><span><a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2017/05/aulas-distancia-vale-pena-fazer.html"><span lang="PT-BR" style="color: blue; mso-ansi-language: PT-BR;">Continuei dando aulas
online</span></a></span><span lang="PT-BR">.</span></span></div><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="font-family: verdana;"><span lang="PT-BR">
- Fiz muito menos aulas online.<br />
<br />
- Ainda assisti lives e fui convidada de outras.<br />
<br />
Eu não sei o que você fez, provavelmente mais que 2020. Porém, reforço que,
caso você não tenha feito metade do que planejou, está tudo bem ainda.<br />
<br />
Claro que quem depende da dança para pagar as contas, a dinâmica é outra. Mas,
se você a pratica como uma atividade paralela, ela deveria ser um suporte, um
escape da realidade. Mesmo para você, que está profissionalizando, espere um
pouquinho para você começar num cenário melhor.<br />
<br />
Eu entendi que o cenário estava bem desfavorável (galera sem dinheiro,
desanimada, tentando sobreviver de alguma maneira) para eu trabalhar como
bailarina aqui e decidi focar em outras coisas e ficar um pouco em stand by.
Continuei entendendo que não podia manter a lógica e a coerência de produção se
a lógica e a coerência do consumo AINDA estavam alterados.<br />
<br />
Repito que a dança não vai desaparecer de você ou da sua vida.<br />
<br /></span></span></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><span style="background-color: #ead1dc;">Respeitem o isolamento social quando positivos, usem máscara apropriadamente, se vacinem e não
façam tratamento precoce (porque não existe, até então).</span></span></div><span style="font-family: verdana;">
<br />
<span>Bauce kabira,<br />
<br />
Hanna Aisha</span></span><p></p><br /><p></p>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-48763046554037036432022-01-16T13:39:00.003-03:002022-01-16T13:39:50.102-03:00Antiguidade é posto (?)<p style="text-align: justify;">Fazer/trabalhar com DV parece ter validade; pelo menos, no Brasil. A não ser que eu esteja vendo esse quadro de um ponto de vista muito estreito.</p><p style="text-align: justify;">Desde que acompanho a DV no Brasil desde 2000, acho que identifiquei um padrão; depois de certa idade (40?), você começa a ser deixada de lado pelo próprio mercado, principalmente pelas próprias bailarinas-alunas.</p><p style="text-align: justify;">Como toda profissão, leva-se anos e anos de estudo e experiência para se atingir um estágio em que sua opinião é solicitada, sua experiência consultada. Mas, é nesse ponto do texto em que o título entra: antiguidade é posto?</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgPDktYi3qwnXI22er2eHNP4CkhhrVYa5T-6XnAmm5dmsVEf3fuzAihLTk0aattatLWujoA855n2p0iRflezi6huh3SlRjdqt4IW6WVB1JLe72YezrRxwcamWZ94I4UnAgFuJN-Uvl1NEL-8awEqjc6QAAe01eHkSMVj_wF9IT-pwUgvrlBLzI5bcCM=s2551" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2551" data-original-width="1795" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgPDktYi3qwnXI22er2eHNP4CkhhrVYa5T-6XnAmm5dmsVEf3fuzAihLTk0aattatLWujoA855n2p0iRflezi6huh3SlRjdqt4IW6WVB1JLe72YezrRxwcamWZ94I4UnAgFuJN-Uvl1NEL-8awEqjc6QAAe01eHkSMVj_wF9IT-pwUgvrlBLzI5bcCM=w226-h320" width="226" /></a></div><div style="text-align: justify;">Pessoalmente, eu detesto essa frase e não a reproduzo nunca porque não é verdade. Receber esse posto (que na dança costuma ser de "mestra", "madame", etc) deveria vir acompanhado de <i>sabedoria, lucidez, experiência, conexão com a realidade, certa humildade em reconhecer que seus pupilos podem te superar</i>. E sabemos que não é óbvio. Infelizmente, muitas bailarinas pararam no tempo em termos de estudo e reproduzem o mesmo discurso de 20, 30 anos atrás. Ao mesmo tempo, quantas bailarinas com uma bagagem incrível (mesmo que ainda não tenham atingido a categoria de mestra) são colocadas precocemente de lado em prol de bailarinas mais jovens, bonitas e acrobáticas, claramente sem experiência e estudo suficientes para estarem lado a lado dessas bailarinas "velhas"?</div><p></p><p style="text-align: justify;">Tenho dificuldade em aceitar que bailarinas tão jovens ocupem o mesmo posto de bailarinas incríveis que ainda têm muito a oferecer (óbvio que existem exceções). Número de seguidores, títulos, estéticas grandiosas (corpo, roupa, fotos, vídeos) e virtuosidade técnica são mais valorizadas que conteúdo e experiência. Não estou falando do que você acha: estou falando do que vemos que traz público ou não.</p><p style="text-align: justify;">Esse fenômeno não é exclusivo da DV, claro: essas mesmas discussões acontecem dentro das danças urbanas, por exemplo, que também são danças de origem popular (sugestão: <a href="https://open.spotify.com/show/5Y17NRnLwTwMKponA5UaMm?si=230a870aa0384e63">Podcast Pé na Orelha</a>). E é exatamente isso que me intriga: a DV, uma dança de origem popular, riquíssima em cultura (musical, geográfica, social, política) não ter esses aspectos mais explorados pelos praticantes.</p><p style="text-align: justify;">Não sou cientista social para dar uma avaliação precisa sobre o quadro atual da nossa sociedade imediatista e consumista de superficialidades. E sei que soo meio rabugenta; alguns, dirão com dor de cotovelo. Porém, é só um desabafo no meu blog mesmo.</p><p style="text-align: justify;">Eu parei para pensar muito mais nisso quando percebi que, aqui nos EUA, as pessoas ainda consomem o que bailarinas de 50-60 anos ainda oferecem. Por que deveria ser diferente? Você não costuma confiar mais em profissionais dessa idade do que os de 20 anos ou recém formados? Por que na DV você faz o contrário?</p><p style="text-align: justify;">No fim, quase toda discussão que eu tenho/trago chega à mesma pergunta: <u>por que você faz DV? Pra quê? Por que você consome o que você consome dentro dela?</u></p><p style="text-align: justify;">Gostaria da opinião de vocês, mesmo baseado nesse texto reducionista - <b>porque sei que a realidade não é tão simplista como coloquei</b>.</p><p style="text-align: justify;">Bauce kabira,</p><p style="text-align: justify;">Hanna Aisha</p>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-48768536653638472142021-08-22T17:38:00.002-03:002021-08-28T18:49:53.124-03:00Meu blog não é referência bibliográfica<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhegyr2xlBvFES7KtF-7crGC1ROMh09-dM5z8NytYf5T87skf5-xQr5StgFqgvh8hBkk19u5vna-m4Zv_8JK0ge3hYxDXBGjMUqg0zKQZwYwvVKP4T4DzUjperVc8enzMXG8N9qOMHMWgg/s960/eu2.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="648" data-original-width="960" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhegyr2xlBvFES7KtF-7crGC1ROMh09-dM5z8NytYf5T87skf5-xQr5StgFqgvh8hBkk19u5vna-m4Zv_8JK0ge3hYxDXBGjMUqg0zKQZwYwvVKP4T4DzUjperVc8enzMXG8N9qOMHMWgg/w320-h216/eu2.jpg" width="320" /></a><span style="text-align: justify;">Queridos leitores,</span></div><p></p><p style="text-align: justify;">Não quero passar por ingrata, depois de tantos anos sendo lida por vocês, mas acho que vale a pena esclarecer uma coisa, que pode ser do desconhecimento de muitos. Começando pelo título/fim, meu blog não é referência bibliográfica! Isso não significa que blogs não podem ser referências e é sobre isso que vou explicar nesse post.</p><p style="text-align: justify;">Ao longo desses anos todos, desde 2009, tenho recebido mensagens de como meu blog ajudou as pessoas, sendo na preparação dos seus TCCs ou das suas aulas. Ou mesmo ajudou a esclarecer ou introduzir temas sobre a dança que fazemos. E eu sempre fiquei muito lisonjeada e o público sempre foi um combustível para eu continuar esse trabalho (a partir do momento que esse retorno diminuiu, os posts também diminuíram).</p><p style="text-align: justify;">Porém, <i>por que ele não pode ser usado como referência bibliográfica</i>? Porque os artigos produzidos aqui não são resultado de pesquisa acadêmica; são compilados de informações que fui juntando ao longo dos anos, com a intenção de serem compartilhadas.</p><p style="text-align: justify;">É <u>muito importante</u> entender o contexto do surgimento e manutenção desse blog: por mais estranho que pareça, em 2009, apesar de já termos tido acesso à internet e YouTube, as informações sobre Danças Árabes ainda eram compartilhadas no boca-a-boca, ou seja, através de workshops, aulas, blogs, sites. E o problema disso é que, sem referências baseadas em pesquisa e revisão por pares, tudo acabava sendo anedotico, ou seja, "foi o que a fulana disse", "foi o que a fulana disse que viu", "foi o que a fulana ouviu falar"... e isso, foi (e ainda é) um problema, pois muita desinformação é espalhada por conta disso.</p><p style="text-align: justify;">Produzir conhecimento através da pesquisa é um processo longo, trabalhoso e que demanda interação entre pares para troca de informações. É muito bom ouvirmos o que queremos ouvir, junto de um "comprovado cientificamente". Na verdade, quando se trata de assuntos das ciências humanas, nem existe muito essa ideia de "comprovado cientificamente". Porém, o resultado de pesquisa nessa área, como, por exemplo, a história da dança ou qualquer outra análise sociológica, antropológica, pedagógica, etc surge a partir de uma <u>hipótese</u>, demanda <u>coleta de dados</u> para testar essa hipótese, muita leitura e estudo para <u>analisar os dados</u>, busca de <u>fontes confiáveis</u> e conclusão a partir de toda essa vivência, sob a <u>orientação de alguém mais experiente na área</u>.</p><p style="text-align: justify;">E meu blog não cabe nisso. Não que eu não tenha <i>estudado</i>, <i>filtrado informações</i>, buscado <i>fontes de confiança</i> e não tenha <i>pensado por mim mesma</i>. Eu sempre fiz isso. Mas eu nunca tive a orientação de alguém, não tive formação básica em determinadas disciplinas que poderiam me ajudar a pensar sobre os assuntos estudados, nunca parti de nenhum lugar. O que sempre fiz foi recolher as informações que eu coletava sobre o tema (as fontes estão no final de cada post), pensava por mim mesma, ou seja, filtrava o que eu recebia e postava. Ainda me pego revisando um post ou outro porque aquilo ali não faz mais sentido.</p><p style="text-align: justify;">Mas, existem blogs que eu usaria como fonte bibliográfica por abarcarem muitas fontes primárias de informação ou por publicarem artigos resultantes de pesquisas acadêmicas:</p><p style="text-align: justify;"><a href="http://Shira.net">Shira.net</a>, <a href="http://www.gildedserpent.com/">Gilded Serpent</a>, <a href="https://www.hunnacoletivo.com/">Hunna Coletivo</a></p><p style="text-align: justify;">E livros. Os que eu leio, eu faço um <a href="http://hannaaisha.blogspot.com/search/label/livros">post comentado aqui</a> (nem todos, exatamente, seriam fontes bibliográficas também, dependendo do assunto de interesse).</p><p style="text-align: justify;">Mas se você ainda busca blogs no meu estilo, vê os que eu sigo no fim da página - alguns que eu seguia, infelizmente, fecharam. Talvez o meu blog ainda caiba como referência dependendo do tema - mas escreva seu TCC procurando fontes mais sólidas; o meu virá como fonte complementar!</p><p style="text-align: justify;">Bauce kabira,</p><p style="text-align: justify;">Hanna Aisha</p>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-16705257577833152162021-06-01T12:17:00.007-03:002021-06-02T12:01:48.285-03:00Por que você produz conteúdos de dança?<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRbdvrwSpb6i9YEzYMcuZYfUe7NJDr_Rapd8M4_XfagkvE8UlBV43QNy1QpExOLYxotl2X-4niWex5oYhUnk72DEShguT_IstIMkcmwv6D6J1QLcb0ig5urujuBjN1pTvecQAY1KP_Ny8/s3128/066.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="2424" data-original-width="3128" height="155" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRbdvrwSpb6i9YEzYMcuZYfUe7NJDr_Rapd8M4_XfagkvE8UlBV43QNy1QpExOLYxotl2X-4niWex5oYhUnk72DEShguT_IstIMkcmwv6D6J1QLcb0ig5urujuBjN1pTvecQAY1KP_Ny8/w200-h155/066.jpg" width="200" /></a></div></div><div style="text-align: justify;">Oi.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Olha a loucura; <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2021/04/um-ano-depois-danca-e-pandemia.html">no meu último post</a>, eu digo que acabei produzindo à beça, apesar da pandemia. Ontem, publico no meu Instagram que tenho tentado "passar alguma normalidade constante diante do genocídio no Brasil e de ver meu país sendo destruído, diariamente, por dentro, desde 2016". E estou numa posição privilegiada, pois estou vacinada e com a vida voltando "ao normal" (não deveríamos, mas vou deixar as questões políticas estadunidenses de lado, nesse momento).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como eu escrevi lá, o que me renova as energias são boas notícias eventuais, bons momentos, consumo de boa arte. Mas, tenho tropeçado na produção de conteúdo de dança, seja escrever no blog, gravar vídeos, postar textos, etc. Mas esse post é para trazer a pergunta: <b>por que você produz conteúdos de dança? Para quem? O que você ganha com isso?</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando eu comecei meu blog em 2009, eu criei com o intuito de juntar as informações que eu conseguia e disponibiliza-las porque o acesso a conteúdo de DV era esparso, mais difícil, sem fontes, baseado em muito achismo. Com o tempo, as coisas foram se organizando cada vez mais e hoje, vejo o quanto tudo na DV brasileira melhorou. Hoje, temos diversas profissionais qualificadas, especializadas, fontes acadêmicas ou organizadas em artigos e livros, maior clareza e crítica por parte das praticantes, maior consciência social. Apesar de ainda vermos mitos e preconceitos sendo proliferados, também vejo que existe um movimento constante, prezando por conteúdo de qualidade e desmistificação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A produção de conteúdo é uma preocupação constante para quem quer "estar presente" na internet, só que criar conteúdo de qualidade e com uma frequência alta não é nada fácil, pois é preciso planejamento, estratégia, metodologias. Não importa se é foto, texto, vídeo, live, podcast. O ideal é que esse conteúdo esteja alinhado com seus propósitos e também com as expectativas e necessidades do seu público-alvo. Esse papo todo aí é de marketing digital, existe um número infinito de "coaches" oferecendo orientação para isso e o post não é sobre isso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O post é para trazer a reflexão sobre a pressão que profissionais autônomos, como os profissionais de dança, sofrem para isso. <span style="color: red;"><b>Temos que postar todas as aulas particulares que damos, ensaios que fazemos, trabalhos que participamos, roupas que compramos, livros que lemos</b></span>, aliados a frases de impacto, ditas por personalidades importantes, fora a lacração com as <i>hashtags</i> do momento. E a ideia de que <b>só porque você não está vendo, não significa que não esteja acontecendo</b> não cabe mais nesse mundo colorido, feliz, produtivo, imediato, de <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ifegCpvnvdo"><i>delivery de conhecimento</i></a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.blogger.com/#">Não é nova a discussão</a> de que nós mesmos somos produtos que geram lucros bilionários para essas empresas que gerenciam redes sociais como Facebook e Google, incluindo esse blog que vocês estão visitando (Blogspot é do Google). E não estou propondo que todos nós abandonemos essas redes de contato, que oferecem muitas vantagens. Minha preocupação aparece quando nós começamos a ficar extremamente preocupados em produzir sem parar porque desse jeito, "meu-número-de-seguidoras-vai-aumentar-e-com-isso-vou-conseguir-mais-alunas".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa mentalidade "empreendedora" e de positividade tóxica que o sistema atual nos vende diariamente nos faz acreditar em meritocracia, no <i>american dream</i> de que o estagiário vira o presidente da empresa, de que é só esforçar que você vai conseguir, de que é só manter o pensamento positivo que as coisas irão acontecer, ignorando que <u>machismo, racismo, gordofobia, desigualdade social</u> existem e continuam firmes, obrigada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não compreender o conceito de <b>orientalismo</b>; o que significa <b>ser árabe</b> no mundo; a <b>origem da dança do ventre</b> e suas implicações; o <b>neoliberalismo</b>; o quanto seu país é <b>machista, racista, gordofobico e elitista</b>; o que <b>significa ser profissional de danças árabes</b> no mundo e no país que você mora <u>vai dificultar sua compreensão do seu papel nas redes sociais</u> e o que ele irá te trazer de retorno real, apesar de TODO SEU ESFORÇO EM AUMENTAR SEU NÚMERO DE SEGUIDORES E, COM ISSO, AUMENTAR SUA RENDA, de alguma forma.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não basta pagar rios de dinheiro com coach que promete que vai te trazer dinheiro, curso de marketing digital ou até mesmo, coaching artístico. Ferramenta só funciona se usada da forma correta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A maioria de nós está no meio do oceano em um barco com remos apenas e, não num transatlântico, <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/numero-de-milionarios-cresce-no-brasil-e-chega-a-200-mil.shtml">como 0.25% da população mundial</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Diminua. Reflita. Por sua saúde física e mental.</div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.buzzfeednews.com/article/shannonkeating/covid-delete-facebook-instagram-social-media?utm_source=NexoNL&utm_medium=Email&utm_campaign=OQEL">Essa reportagem está em inglês</a>, mas vale ler, coloca no tradutor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bauce kabira,</div><div style="text-align: justify;">Hanna Aisha</div>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-30914574640516922622021-04-12T20:00:00.003-03:002022-02-01T18:42:51.241-03:00Um ano depois: A dança e a pandemia<p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyLkrpzxJnmHB0d6bVS4mpUGan1u1H-l30nTD8t_tD6c9gAvj13Ij7H4zf1qC_lcmJFoLqB_GopsJ13WHyP4y4hlxoi2w4J7vU3_q3hT_AYhienkvShOJFsoY0RnQ0dtWKlvrqFp1Eqyg/s1440/11147183_945539515497810_4844703976427735615_o.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyLkrpzxJnmHB0d6bVS4mpUGan1u1H-l30nTD8t_tD6c9gAvj13Ij7H4zf1qC_lcmJFoLqB_GopsJ13WHyP4y4hlxoi2w4J7vU3_q3hT_AYhienkvShOJFsoY0RnQ0dtWKlvrqFp1Eqyg/w213-h320/11147183_945539515497810_4844703976427735615_o.jpg" width="213" /></a></div><div style="text-align: justify;">Dia 18 de março de 2020, eu iniciei o isolamento social porque meu trabalho mandou fazer <i>home office</i>. A pandemia tinha acabado de ser declarada pela OMS.</div><p></p><p style="text-align: justify;">Dia 8 de abril de 2021 tomei minha segunda dose de vacina contra SARS-COV 2 da Pfizer.</p><p style="text-align: justify;">Como todo mundo, achei que o pesadelo duraria pouquíssimos meses. E confesso que gostei de ter ficado em casa por dois meses, pois coloquei em dia diversos compromissos pessoais. Um deles era a dança.</p><p style="text-align: justify;">Criei uma rotina incrível de exercícios físicos e aulas de dança. Enquanto algumas pessoas engordavam, eu estava emagrecendo. Mas, junho chegou e voltei a trabalhar presencialmente e minha cabeça parou de seguir uma ordem coerente, lógica. Ficou tudo bagunçado porque o combo <b>""pressão para recuperar o "tempo perdido" em casa + preocupação com a família e amigos no Brasil + falta de perspectiva disso acabar""</b> veio com tudo. Foram muitos meses para retomar as rédeas, mas acho que consegui produzir coisas, mesmo que atrapalhada:</p><p style="text-align: justify;">- No Instagram, fiz uma live com aula para iniciantes e iniciei um <a href="https://www.instagram.com/hanna_aisha/channel/" target="_blank">projeto de lives mensais</a> com convidados, em maio de 2020 (e que segue, vamos ver até quando).</p><p style="text-align: justify;">- Dancei em algumas haflas e festivais online. Nesse meu primeiro vídeo produzido para ser passado online durante um evento, eu resolvi fazer algo diferente e dancei uma música pop libanesa:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="302" src="https://www.youtube.com/embed/hD0tHdcAoHw" width="363" youtube-src-id="hD0tHdcAoHw"></iframe></div><p style="text-align: justify;">- <a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2017/05/aulas-distancia-vale-pena-fazer.html" target="_blank">Continuei dando aulas online</a>.</p><p style="text-align: justify;">- Fiz aulas online.</p><p style="text-align: justify;">- Assisti diversas lives e fui convidadas de algumas.</p><p style="text-align: justify;">- Li 2 livros sobre dança.</p><p style="text-align: justify;">- Criei um <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2021/01/seu-metodo-onde-ciencia-e-arte-se.html" target="_blank">serviço de orientação em dança</a>.</p><p style="text-align: justify;">- Até consegui vender dois figurinos através do Facebook!</p><p style="text-align: justify;">Eu não sei o que você fez. Mas, queria te dizer que, caso você não tenha feito metade do que fiz, está tudo bem. Acho esse papo de coach de "no pain no gain" muito tóxico e humilhante. Especialmente, se você é uma chefe de família e com dependentes e encontra na dança uma maneira de estar sozinha, pensando em você.</p><p style="text-align: justify;">A dança não deveria ser vista como um peso, nem pelas profissionais. Ela existe para nos fazer bem, como qualquer atividade extra ou mesmo como profissão. Se passamos a estar infelizes com ela, está na hora de dar um tempo dela ou, até, abandona-la. A pergunta que te faço é <u><span style="color: #783f04;">como você a enxerga na sua vida, qual o papel que ela tem</span></u>. Uma vez isso esclarecido, você se cobrará menos (ou mais) e passará a ter uma relação mais saudável com ela.</p><p style="text-align: justify;">Nessa confusão, eu não só deixei de emagrecer, como engordei muito mesmo, nunca estive tão acima do peso na minha vida. Perdi minha rotina de exercícios e dança e, ainda estou tentando reorganizar minha rotina. Me via no espelho e me odiava. Mesmo. Me achava feia, desinteressante e achei que minha carreira na dança não só tinha acabado porque engordei mas, também porque diminuí bastante a produção de conteúdos de dança, seja no YouTube, no Instagram, na FanPage, aqui no blog.</p><p style="text-align: justify;">Decidi me perdoar porque os tempos são extraordinários (apesar desse ranço ainda existir em mim). Entendi que não posso manter a lógica e a coerência de produção se a lógica e a coerência do consumo estão alterados. Que diferença vai fazer se você postava todo dia nas redes sociais e passou a postar uma vez por semana? <b>Para quem você faz isso? Para quem você trabalha?</b></p><p style="text-align: justify;">Essas respostas são individuais porque as realidades são individuais. Logo, não se sinta mal se você não está fazendo o que os outros estão. E se você acha que deveria fazer o que estão fazendo, tudo bem também. Nos dois casos, só gostaria que você se preservasse porque <span style="color: red;"><b>a dança não vai desaparecer de você</b></span>. Ela estará lá, linda e complexa, esperando por todas nós.</p><p style="text-align: center;"><b style="background-color: #fcff01;">Respeitem o isolamento social, usem máscara apropriadamente, se vacinem quando puderem e não façam tratamento precoce (porque não existe, até então).</b></p><p style="text-align: justify;">Bauce kabira,</p><p style="text-align: justify;">Hanna Aisha</p>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-72462295268105108282021-02-22T21:00:00.001-03:002021-02-22T21:00:00.294-03:00Livros sobre dança - parte 8<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmzwGkGUQe76z1teAJCio2FHM6u5MKKPLcLn8Dwp-WxRO-4aKejal4FxJRWF7A8c0lItumuAvDjUDGgKucUa44IozRWIA2TPXLEu0RqMahnRDN2hzhMWtXNrgm3-W1cRnCDIKQBjxFG1A/s375/250x.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="250" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmzwGkGUQe76z1teAJCio2FHM6u5MKKPLcLn8Dwp-WxRO-4aKejal4FxJRWF7A8c0lItumuAvDjUDGgKucUa44IozRWIA2TPXLEu0RqMahnRDN2hzhMWtXNrgm3-W1cRnCDIKQBjxFG1A/w133-h200/250x.jpg" width="133" /></a></div><div style="text-align: justify;">O livro da Heather Ward (2015) deveria ser leitura obrigatória para toda profissional de danças árabes; ela foca a pesquisa dela nos acontecimentos que influenciaram toda a transição das danças ghawazee até a dança do ventre que estava surgindo nos cabarés do Cairo. Ela desenvolve bastante os temas como figurinos, cabarés e entretenimento egípcio em geral. Até poucos anos atrás, eu acreditava no mito de que a DV egípcia da Era de Ouro foi uma adaptação, basicamente passiva, feita pelos egípcios para agradar os europeus que frequentavam os cabarés no Cairo. Uma coisa que me marcou bastante foi ter lido que as mudanças que ocorreram desde o final do século 19 até o início da Era de Ouro foram feitas a partir de influências externas, mas muitas mudanças internas, mobilizadas, inclusive, por motivações políticas. E o que dá legitimidade ao seu livro é que essa pesquisa foi baseada em documentos e não em mitos ou achismos. Ela é antropóloga, o que justifica parte da qualidade do trabalho dela. A pesquisa é bem referenciada e aberta a possibilidades de novas interpretações, baseadas em novos dados, que possam vir a surgir. Infelizmente, só existe a versão em inglês.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A segunda indicação não é um livro, mas a <a href="https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/11249/1/2012_RobertadaRochaSalgueiro.pdf">tese de doutorado da Roberta Salgueiro (2012)</a>, outra referência que deveria ser leitura obrigatória. Foi a primeira tese de doutorado sobre DV no Brasil e muito do que a Roberta discute, cruza com muitos assuntos abordados pela Heather, como orientalismo e origem da DV no Egito. Mas a novidade é a proposta de entender a DV como transnacionalizada, passando, brevemente, pela história da DV no Brasil e sobre o conceito de feminino.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Boa leitura!</div><div style="text-align: justify;">Bauce kabira,</div><div style="text-align: justify;">Hanna Aisha</div><p></p>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-42118495093489897522021-01-04T23:43:00.007-03:002021-01-05T00:54:33.575-03:00"Seu Método" - onde ciência e arte se encontram<p style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;"><span style="font-family: verdana;">"As ciências fornecem uma compreensão de uma experiência universal, as artes são uma compreensão universal de uma experiência pessoal... elas são uma parte de nós e uma manifestação da mesma coisa ... as artes e as ciências são avatares da criatividade humana" - Mae Jemison </span></b></p><div class="gmail_quote" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;"><div dir="ltr"><div class="gmail_quote"><div dir="ltr"><div dir="ltr"><div dir="ltr"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ciência e arte são frequentemente vistas como disciplinas com pouco em comum. Porém, muitas pessoas, se dedicaram tanto à arte quanto à ciência. De Leonardo da Vinci no século 16 a Susan Aldworth no século 21, usaram a ciência como inspiração para seus produtos artísticos. Temos matemática na música, química na pintura, física na fotografia, biologia na dança.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Então, o que é ser cientista? O que é ser artista? Arte e ciência estão intimamente relacionadas. A partir da observação da natureza, seja externa ou interna, elas procuram demonstrá-la através de diversos processos ou técnicas, com tentativa e erro, a busca por algo novo e inovador, para, no fim, receber o reconhecimento por alguma descoberta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhivl5O0ljh5oMyasAfM1HGe9g2FWhkSyHajFP4RmUpPNqyYQkMzpOUcUvGCViY1uSo2f9KF7IrnmgUcxygWNCUEStoco_GFVRIRdf4cQUhYD5k4GNzcLheZT5NzD7mnDAqZGtSmCrR0iY/s1080/1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="386" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhivl5O0ljh5oMyasAfM1HGe9g2FWhkSyHajFP4RmUpPNqyYQkMzpOUcUvGCViY1uSo2f9KF7IrnmgUcxygWNCUEStoco_GFVRIRdf4cQUhYD5k4GNzcLheZT5NzD7mnDAqZGtSmCrR0iY/w386-h386/1.png" width="386" /></a></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Através do "Seu Método", eu posso te orientar nesse caminho onde ciência e arte se encontram. Sou uma cientista ativa (possuo Licenciatura em Biologia, com Mestrado e Doutorado em Bioquímica pela UFRJ) e estou no mundo acadêmico desde 1997. Anos estes, entremeados com Danças Orientais Árabes, quando iniciei meus estudos em 2000. Baseado no método científico e na experiência com Danças Orientais Árabes, eu guiarei seu aprimoramento ou algum aspecto dos seus estudos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="background-color: #ead1dc; font-family: verdana; font-size: medium;">Você aprenderá a elaborar perguntas, identificar padrões e fontes de confiança, enfrentar dúvidas, encarar críticas, valorizar seu trabalho e, mais importante: ganhar autonomia.</span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="background-color: #ead1dc; font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="298" src="https://www.youtube.com/embed/nh4uKZh2mmE" width="482" youtube-src-id="nh4uKZh2mmE"></iframe></div><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: verdana;">Caso você tenha interesse, escreva para hannaaisha00@gmail.com para receber mais detalhes sobre este serviço!</span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: verdana;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Bauce kabira,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Hanna Aisha</span></div></div></div></div></div></div></div>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-64050334077969595322020-10-20T18:15:00.002-03:002020-10-20T18:21:51.097-03:00Blog em revisão!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6z6wbGSJ8scEunLREsngxbx-X-9F85tvzjUevngY-POHSnbMUSIkNuZqBPsNax5hyphenhyphen6ltnJwG0VnI_ZTuGl8Nm8RTCHw2JbEEu0pMZGs9Qgg6_8cUP8-jIQrGZmtmZ-KS7tffsY-ZoN7s/s2048/IMG_0094_2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1365" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6z6wbGSJ8scEunLREsngxbx-X-9F85tvzjUevngY-POHSnbMUSIkNuZqBPsNax5hyphenhyphen6ltnJwG0VnI_ZTuGl8Nm8RTCHw2JbEEu0pMZGs9Qgg6_8cUP8-jIQrGZmtmZ-KS7tffsY-ZoN7s/s320/IMG_0094_2.jpg" /></a></div>Oi!<p></p><p style="text-align: justify;">Não, o blog não voltou, infelizmente. Porém, ele sofreu uma rápida revisão de todos os seus posts.</p><p style="text-align: justify;">Agora, quero entrar numa revisão profunda dele. Repensar o que vale a pena ser mantido e quais posts devem ser profundamente reescritos. Porque aprendi mais coisas, amadureci outras e não acho que essas informações equivocadas devam ficar disponíveis porque elas não são reais/adequadas.</p><p style="text-align: justify;">Na verdade mesmo, nem sei se eu devia manter o blog disponível porque, <u>felizmente</u>, a busca por conhecimento está muito mais séria e profissional no nosso mercado. Eu sempre fiquei muito feliz de ser mencionada em TCCs ou ser referência de informação. Muita gente me conheceu através dele, o qual <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2019/11/vou-parar-com-o-blog.html">cuidei por 10 anos consecutivos</a>. E isso fazia sentido quando essas informações não eram fáceis de se acessar. Hoje, está muito mais fácil e tem gente muito mais qualificada que eu oferecendo essas informações.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Vamos ver o quanto de energia ainda me resta para cuidar desse cantinho tão querido por mim. Obrigada a todos que ainda o visitam!</p><p style="text-align: justify;">Bauce kabira,</p><p style="text-align: justify;">Hanna Aisha</p>Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-83150037328171060812019-11-25T09:00:00.001-03:002019-12-01T14:28:41.896-03:00Vou parar com o blog?<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Zn4tn8RqwKk0M92TFwTbVJIO7AV2H3hBD-rsaLqdOnNoNJOrUe6TdEqsVWWg2V9mBLk8VmfvgBrMa1G3bxGz4m08FMPaziPJ12Aat3DkXljJaaSR3wh0s1YEJPsNm3ljiSP89DLt39s/s1600/IMG_0100_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Zn4tn8RqwKk0M92TFwTbVJIO7AV2H3hBD-rsaLqdOnNoNJOrUe6TdEqsVWWg2V9mBLk8VmfvgBrMa1G3bxGz4m08FMPaziPJ12Aat3DkXljJaaSR3wh0s1YEJPsNm3ljiSP89DLt39s/s320/IMG_0100_2.jpg" width="320" /></a>Olá, queridos velhos e novos leitores!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>- Foram mais de <span style="color: orange;">10 ANOS</span> sem parar de escrever aqui.</b><br />
<b>- Mais de 250 artigos publicados.</b><br />
<b>- Mais de 278.000 visualizações, com 60% só no Brasil.</b><br />
<b>- Quase 600 comentários.</b><br />
<b>- E um número desconhecido em que ele foi referência de TCC, trabalhos, workshops e textos, de amizades feitas virtualmente que duram até hoje e um aprendizado desmedido.</b><br />
<b><br /></b>
Muito do que sou hoje como bailarina e professora, eu devo a este blog.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, o tempo dos blogs passou. Estudar e se informar, atualmente, é através do YouTube, do Facebook e do WhatsApp. E não é exatamente uma crítica, apenas observação e aceitação que as coisas mudaram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou insistindo em manter meu blog ativo há alguns anos (mesmo após vários blogs terem parado há muito tempo mesmo) e só vejo o número de leituras decrescer ao longo desse tempo nele. Muita energia é colocada nesse blog para que ele ainda seja usado como referência de estudo. Porém, o retorno não tem valido mais a pena, principalmente, porque as informações que estão aqui estão sendo DADAS, são GRATUITAS.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logo, queridos, preciso dar um tempo. É possível que eu escreva algo que eu sinta que vale a pena dividir. O blog ainda estará aberto para o <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/p/ola-queridos-leitores-resolvi-abrir.html">Espaço da Pupila</a>, <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/search/label/guest%20post"><i>guest posts</i></a> e recebimento de sugestões de temas. E é óbvio, que podem continuar comentando nele! Ainda vou terminar de revisar os posts, como está anunciado no canto superior esquerdo da página.<br />
<br />
O que tenho feito mais é dar <a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2017/05/aulas-distancia-vale-pena-fazer.html"><b>aulas online</b></a>. Posso te enviar informações completas por email, sem nenhum compromisso:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/IzFE39IFzEM" width="560"></iframe></div>
<br />
E, claro, continuarei conectada através da <a href="https://www.facebook.com/hannaaisha00/">minha FanPage</a>, do <a href="https://www.youtube.com/channel/UCiVijrFPEJ3ukVY5cjHidCw">meu canal no YouTube</a>, do<a href="https://www.instagram.com/hanna_aisha/"> meu Instagram</a> e do meu email <b>hannaaisha00@gmail.com</b>, me busca lá!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-73180142371869533922019-10-14T09:00:00.002-03:002021-02-21T21:18:10.340-03:00Fakkarouni<div style="text-align: justify;">
"Eles me lembraram"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Intérprete: <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2009/10/oum-khoulsoum-alma-na-voz.html">Oum Khoulsoum</a> <span style="text-align: justify;">(1898/1904?-1975)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
Letra: Abdel Wahab Mohamed</div>
<div style="text-align: justify;">
Música: Mohamed Abdel Wahab (1902-1991)</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="text-align: justify;">Essa música foi lançada em 1966 e não consegui encontrar a história por trás dela. Aqui, tem a </span><a href="http://lyricmusicarabic.blogspot.com/2010/07/lyric-fakkarouni-oum-kalthoum.html" style="text-align: start;">letra e tradução (em inglês)</a><span style="text-align: justify;"> para acompanhar a música:</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="321" src="https://www.youtube.com/embed/0z_YBP3oHUo" width="386" youtube-src-id="0z_YBP3oHUo"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Para variar", costumamos dançar as introduções das músicas da Oum Khoulsoum. Hoje, corrigiria diversas questões técnicas nesse meu vídeo, mas curto muito a leitura musical que fiz dessa versão:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/E6TbHIXeCFQ" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aqui, minha rainha <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2013/08/souhair-zaki-pra-estudar.html">Souhair Zaki</a> dançou outro pedaço dessa música, a qual somos pouco familiarizadas:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/38xU-pVbsZc" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E aqui, uma outra leitura dessa música, feita pela Elis Pinheiro:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/61RshHlHe9k" width="560"></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Fontes:<a href="http://lyricmusicarabic.blogspot.com/2010/07/lyric-fakkarouni-oum-kalthoum.html"> Lyric Music Arabic</a>, <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Umm_Kulthum">Wikipedia</a></i></div>
<br />
Bauce kabira,<br />
Hanna AishaHanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-24479569034451549122019-09-02T09:00:00.001-03:002021-01-05T01:00:01.058-03:00É possível separar arte de política?Olá! Primeiro, veja o video abaixo:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/RDuJrx7vhr4" width="560"></iframe><br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=yM-Km7nn3og">Em uma entrevista para o jornal "Nexo"</a>, Paola Carosella, que é chef de cozinha, disse que toda escolha é um ato político. De quem e o que compramos são discursos mudos e que o verdadeiro valor da escolha é quando você sabe o que você tá escolhendo e quando você tem a possibilidade de escolha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada vez mais se fala e se discute o reaparecimento de autocracias e da extrema direita no mundo e a fragilidade e falhas da democracia moderna. E a história já nos mostrou que uma das classes mais rapidamente afetadas em um quadro desse, é a artística porque é uma classe que costuma tratar de qualquer tema e da forma que lhe achar mais interessante - e é aí que quero criar o link com a Dança do Ventre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiriqQvL-pgOOZy7_RWJTiBgflLBYHdX4aTp_75RMvwBh6q8rkmG3rjchixSNrRsIR6A7dV-cWnxdpSeTCW_Mwf7ykvDzIlkGfu1FoOuq-7oeius7BqLmt0RA4KdXxkvHj-fLXlFXfJPlw/s1600/IMG_0100_2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiriqQvL-pgOOZy7_RWJTiBgflLBYHdX4aTp_75RMvwBh6q8rkmG3rjchixSNrRsIR6A7dV-cWnxdpSeTCW_Mwf7ykvDzIlkGfu1FoOuq-7oeius7BqLmt0RA4KdXxkvHj-fLXlFXfJPlw/s200/IMG_0100_2.jpg" width="200" /></a>Quando as bailarinas falam sobre identidade e estilo em DV, elas se referem à identidade que você quer construir e ao produto que você quer vender junto disso. Ou seja, você precisa definir que público você quer atender, que imagem você quer passar e o que você pode oferecer. A bailarina que construímos não necessariamente somos nós mesmas, aquelas do CPF. As qualidades e defeitos que temos enquanto pessoas físicas não precisam ser repassadas para a pessoa jurídica (artística).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando vamos para o palco ou para a sala de aula, sempre assumimos uma posição política - mesmo que você ache que não. Neutralidade é uma posição política e as pessoas tendem a achar que política diz respeito só ao que se passa no âmbito legislativo, executivo e judiciário. Nós fazemos política o tempo inteiro. Existe uma palavra em inglês - <i>policy</i>, a qual podemos traduzir para <i>diretriz</i>: diretrizes do prédio em que moramos, da empresa que trabalhamos, da faculdade que estudamos são decisões políticas também. Política diz respeito a como as sociedades humanas de organizam.<br />
<br />
Nessa construção da definição da bailarina, uma das ideias é definir e construir uma mensagem que iremos passar. Pouca gente discute isso, mas o maior exemplo disso é a <a href="http://ventredadanca.blogspot.com/2012/03/ma-liberte-de-danser-cap-4-se-tornando_27.html">bailarina egípcia Dina</a>, que com sua roupas ousadas, revolucionou os figurinos na Dança do Ventre como uma forma de protesto à moralidade religiosa do povo egípcio e da sua profissão como bailarina de Dança do Ventre - que não é levada a sério até hoje no Egito.<br />
<br />
Fica aqui a dica <a href="http://dragoesdegaragem.com/trabalhodemesa/tdm-42-o-governo-e-contra-arte/">desse episódio do podcast "Trabalho de Mesa"</a> que acho que será um ótimo exemplo para complementar essa reflexão e <a href="https://www.instagram.com/tv/CCexjI7FzLe/" target="_blank">essa live que realizei na minha conta no Instagram</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-35420442347054359682019-07-08T09:00:00.002-03:002021-01-05T01:00:43.723-03:00Livros sobre dança - parte 7<div style="text-align: justify;">
Olá, bellynerds!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="about:invalid#zClosurez" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Resultado de imagem para livro folclore arabe melinda" border="0" src="data:image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAkGBxMSEBUSEhMWFRUWFhcWFRcXFxUVFxcVGBcXFhYVFRYYHSsiGh4lHRUXITEhJSkrLi4uFx8zODYtNygtLisBCgoKDg0OGxAQGy8mICYyOC8tLTAvLS0vLS0tLS0tLS0tLy0tLS4yLTUvLS0uLy8vLS4tLSstLS0wLS8tLS0tLf/AABEIARMAtwMBIgACEQEDEQH/xAAbAAABBQEBAAAAAAAAAAAAAAAAAQIEBQYDB//EAEIQAAICAQMCBAQDBQYEBAcAAAECAxEABBIhBTEGE0FRIjJhcRSBkSNCUqGxBzNyksHRFSRignSi4fA0Q1Njk7LC/8QAGgEAAwEBAQEAAAAAAAAAAAAAAAEDAgQFBv/EAC4RAAICAQIDBgcBAQEBAAAAAAABAhEDEiEEMUETUWFxkfAiMoGhsdHhwfEUQv/aAAwDAQACEQMRAD8A8ewrFwrOc7RKwrFxawAbhWOwrABuGWnSeiST/F8kY7u3bjvt9/6ZodHBBCdsKh5PiAd7osCRtBrg2KoV2PfIzzxi6W798ykcbe7M3o+hTychCo93+Efoef5ZN/4BGn97qFB/hUWb9hZv+WSdTNLLCjs7De9KUtQymqpa5IYkEE8he/BONlYJK6Kot3dUKj5AqlQ1GgKZh+j/AEyevI+teX7f6N6YrocTo9EoJLyNRAP0J7cBR7ZIkbSGEJcgRTurmxfq30/pY9xlZved/LiUEm/WrALMKs8Abmr6V7Zpz0gcqklOd5IJBA3bwCVA7fEv+RcxkahWqTvz/hqHxckiiXpWlf5J2UkWAwHb3AIBI4zlJ4ccjdFIko+hr/cfzxNLqTuMa0sl7EdTSsRvC9+3LWPSwvaslJJucso8vcsqsOQUdAXBVQe9EHt6tzlG8kXs/XcytL6FDqdK8Zp1Kn6jv9j2P5ZxzWQdQcxRB1WVXYoxb1O4BAp28mifT09DecdZ0KOQk6dgGHeMng8A/CfsR7jn0zSz1tNV49P4ZeK/lMzhnSeFkYqwKsO4OMzosiJiY7ExgJhi4YWAmGLiYwO2GLhmBiYYuGAhM0HRuhrs/Ean4Yhyq9i/sT9P6/buzw70pGDaifiCPnn99h6fUD29SQPfL6LRTaqVJZFHkurUu4ELHSNHYrlieT/h/Xkz5v8A5TpdX/i8S2OHVlZ1DUvN5aOoRHaki7DaDtBcAgtZB7dgARecYEZWZgS0XmAISdzBw6gFS4qypNMPYC/ddTPRiRid0DcMQVDIHB2sxA2k1x6CuT65wkVoo2jcfCJXclaQ/CI9hWhQLb+PUWD6YRjSpDb3s08rTK0A06BoWNuWJsAmyfiNjgk9vp9MrOopCsrvv8wAhJVHzKsjSgjgc8uorgjaOfdum6m3BVyqqV2qoFpGxcruWq4FL3N0p4JF9dJ0qXzN20vYZWZuLQ7SLNg+vy80U4IznjDQ/idf75lHLVyKPT6Xbq40NrteiwoFhuJDADvxQsenOaiTTRLK2qVWaRht2WAP4WNfQISef3TxeRNRoKZXd4UKgAh5RyAKXcAKNUKPHbOEeiKlZn1kLKWcc8K24U6q98GvbtQObySU6d9PXw2FFOPQpo4laQuImVNxceqiNQSy3xtPqK57DJyyr58VqX83a5VPYiVB7fushI44XnJ8egHxLDNC6O1keZyFsHau0dgQKoj198jnoeoVvNvabs7KuhQXbQII9KoAADg5R5IvZsyotdC1gJE/4caeokUMjmyLFEcke5I73xlE+jkE/ln4CNzRbeBffaDXCk2PQ8euSp+sMsYVizKdpc3U0ZN1YHHzDcPSvhrkZBeVyY758ppGLfCbVRG4YMfRi4/zD2zGKEot+/qalJP39ibE0erhUTcPuKCQAcNW4DgnuPy49OMzfUdC8LlHHPofRh7jNL0fQvNEEcHaW8xnKgByAAPT4gbPxd7W8lS6QzRCHULscs/ksSpNLRANfQ9vUD3xxyrFJpcu7u8v9QnHWr6mHxM7amBo3ZHFMpojOedydnONwxcMYhuGLhjA7YYYZgAyT03RNPKkS92NX7DuWP2GRs1vhGIQwSap+5IjT6C/jYf1P0jOSzZNELXPp5moK2SurIGA00S/s4Nu9OCXXgORf8O6y3uckjTJqI4XglaGOJq2i/iFiux+hom/mOUccrs8UbHbJEQpdHBBKv8Asw/JfaSwF+hbkHgDv09WO2NotzPUqbOFaRWJ3lgaUBTFd0fT155JY2orfl7b7v0WUtzr4o1xGqCnkAVHs+ZQ3du/Lb1oD2Uj97O3V9KhSJtVIsYCLaqvxvIBRIT0/Tiz9Kma2N1TfpkWacAL5nzbV3OpCMeGKlSpsj3I5zEdTgmV71CuHbm3vn7Hsfy7Y8KU0knVevp0Cbq2zRdF16PKYtLBsJR6lenkDejvfZb7iz3GWnU/Dzz8tqXDbVBFHyywAtgtjuecrP7O2XzJgfmKoR9gW3V+q/yzb1nNxOR4stR9ef5KY0pR3PIupdOeCQxuAGHII7EHswPt/tli6lrHmrsdT5cJJv4kuMBK2qQdvN813N82n9ojL5kIHzBXJ96JXbf5hv55XadOEbybAVP+Y+KlIjuz+6dhBHP8AvnPQhkc8cZPmQcdMmhnQPDjakbydsYNXVlj6hR/rmnPR5ItO0emZgyn4SxUbrKMStfRdvIHr98l+EXU6KLb6AqR7MCbv+v55cbc87iOKn2jXRPl5HRjxx0nnMPiRidupiWXupNBZAOxB9D9qHbLTTrDLAU0x3G1PlvxIqAhmUWfi7cG+OOeBWb62wbVSlOQZGqvU3XH3P8AXLfQeEJztd3WLkHud4/TgH887skccYqV6fD+fojFybrmT4FE+m8gyGKQvWyiSlWdhAqgQpbn344AGM6nq4xsVXZpNOwRidwshWPzAiyfKPuD29c76jqARxBqlKEgbZr4JBNWRVgWLPHNmlvIWt0LxSqq3tDIFJYKGVlIZ910W3bTz6iwOcjBLVv5ru8dzcntsHijR+bCNQop0oSD12nkX9RuB+xPtmSzd9CgkVVDL5kcoYM/FlQpCGTn1HA78VZ7AY7qWjMMzxH91qH1Xup/QjOjhp03jvly8ieVcpETCsXDOoiJhhhgB1wwwzICHPSdXDDptAizglUVR8IBPmMCrEA8c7m78UTmB6XDvniT+KRAftuF/wAs3vVuqeXJLG6qQ4BVntoxtXlWAHBsXRI4N+wzi4q5SjFefv7lceybIPVOlrIEkgipJ1A3rw9yG9xB5A9zzxfarMHxB1QRF9Pp2+N2/bS+u40NikdqAAJHt73WgLySxeZErRzyQgIha0RQ3LAj4VLBuD67R7HMZ1LwzqYULugZRyxRt236kcH88xgabqb5cl75jlfQ9H0WhSGNI0FKgoV6+5PuSbP3zl1rQrNA6N7Eg/wsBwwym6H4viaNVnbZIBRYglWr96wOD9DlrrtdE+nLeYUjYEb6IJBHPlAiySLo1XrznC8eWGTe7vmW1RcTzHpckolVoN3mdwFG4/Wx6jn14z0CDWavZc4ghNd2LM338tT/AP1kLQateYNLH5Qog0Kl5UbXcsOaO4GrPykWDxIHQVLJulHmCB94Yq0oLgjcD3Nbitm7Cj15ztzzjN/Gq+79+pKCa5FNqtHpWYyyzaiYnlmVAqkUDxa/KAQeOwztpzpCj6YRT7d5Yi1tnT4eCG7XQvtZGV2vnlCDb6M4T3Cog5Nnlip3dv3m98vtJLp9PBEAssy6lq3EDcCaBHYevp34PPGbmnGK5vu37vRCTtnDoTwRsfIbURlruN0Dqa45VRYPp3BOSOpvqZ4yNPNCVI5Cho5CK7fETXBHt3yu6yhj1nkKjLExUA3uO5wQXjYm+eRtvspoA46LQS6gNwSxeLcykAB1YjzRfr5bq9ff6Zhwjtkv1p+/Uak/lK/wz09o9dGkyFCAxUMKBYKao9jXfj2z0OsqJjLCZHkIkiDqU3FeATztoWCLAF3Z9s7L1hXhMsSNIV+aNa3r7ir5rntfbi85uIcszUl5eH8K46iqKzx5Gp0oJ7iRdv3NggflZ/LKPwz1wLWnnoxHhS1EIfY3+7/T7Zx12vm6hOkaqFFnavJA/idz6mh/p686CPwXAEpjI7epBC/ehVfredK0YsSx5Xu/sYtynqiWU8EnnxlXVUVSXSzyPovY8/vZk/GsYZodQnKyx9/tyD96b+WaTVaNh+zUgOkZEDcksgUB4nbvd0bHPIrscourgP0yJhX7OSuCWofEtWefUcHnMcPtKMr8PWzWTdNGTwxcM9Y5BuGLhgB0wwwzIiz8MD/nYP8AH/oTmhm0HmdUe0UxLTSlghG0LfxA2eTwO1D7c5vw9Jt1cB/+6g/U7f8AXNZ4mYwRapzQaeRIlIFExiMMxJ+xZfyGcma+0pdVX3KR+U0fTZVmiSUDhviX6USF/MD/AFyZWec+F/FJ0y+VIpeO7XbW5Se4ANAg9+49c13TvE0U8hWJW2qpeR3AVUUfnZP6ep9M8/Nws4ydLYtHImjNx9BjilmnlUtEkjCGId5CD6+yL2544547r1fe4keS/MMaPCoJAEJYFlQBhTAhfvwOecvdBqvM1DvvKs0e3TxN8jKQXD9u9o1gG+PtkTrSsNEJNdGGlDFQY2rZ3KGlNE8Vx7jtnUpy1rVz29r/AFk6VbFRFqQJHkTiQPGkZ+BB5W0FqJ4raFbmxXNAWM0DPphNLqk3GZY25NhTtUAkKSKPyg3Vc9u+VWt6eJdPHJaxIQwkldqDKGCrV/ExZUU+9cXyTk3p+gA0wm06vqWBuMPcKeiHYvHw0AQCSO/rhk0tX9P439Ai2VutDTo+9gpb90EoPNQldwBPKsho9+V9QQcm6LrzQRxRmGSQCMD4IzS1wosXzV3yew98o9d4h1kbGMhdORztSJV7+vxA39wc6aDxFKil55pn81JEQKR8J4HmckUQeBX19xlJYXKNNJror/glKnzJOsjfzHaSSSx/cEklCGvZxybW75AN8G7Jzp0HWr50m9nVHRY41UEKw/u9/wBG+Hj2sizWU83XdZE5T8S5r1NNYIsGmB7gjjL3o+o1mpS308Ukdghm/YkkG7Vl78jvtrDJFqHxVXn+0Ce+x0m0umh0/wCEt5Fckh7UhZCLQEAgi9ooVzz9crek6nc6uhKyGAg1xvYErFRahZ2LwQAfzy11vRoUmQmQozECpDauFa1qUceYKBF8kcHuSO/StN5ck6rGqug/ZNIBQHKRUf4SEBNeleuSU4qD633+hunY7pWljbUtNQSZVKToO25trCQe1gfz+lm825RzamWOFDNJGJkcPKqUSyfEB8IIs7Qf8v0rIHibq+ogKvEwMUnbcoJRx3W/5i79fYZzSwyyyVPwX097eBVTUUdfGvUPJEO0/tBJ5gH/AEqrKb+h3V+Z9s5+I9rdOeRDayMki2Sa3MljntzfGYjVal5HLyMWY9yf6fQfQZdpO3/CmVh8PnKIz6EE72A+xVv1zt/8/ZqG+6e/qS7TU2Z7DFxM7yAYYYYwH4YuGIyLHIVIYd1IYfcGx/TNb/aFrRI8CqbHl+Z/+Qjaf0X+eZSGFnYIgLMxAUDuSewz0jUeFjqNPFHI6xvCAq7FLAL5arttq3ci7HrxnNmlCM4yl0s3G2mkeaZs9An4bQLVCSf9s2668tPiVGrmmRWPty18ZS9W8NywTpC9ESsFR17G2C9vQixxnovUFtoli06zqJfKc2F8pAFBu/mHrXbj7ZnPkT01unv6DijG6WZz+1iIoO0ioW4UkMsfl9qBcHcp5JQ/N3M/rPUY4UqZPMkZvMSB2LbCSx3zc/De8/AL4oemaHp/SEWZ3JDlviQhSNibmIsG7ok7f8PAocUuu/s9LAsupZpDZJkUUzfUg2Pvzke1xuXxOh06Mz02R9broV1DFwzHjsoVVL7FXsAdtZ6z5Q44Hw/Lx29OPbjPFx5ul1HbZLE/Y80w9D7gj9Qc9V6J4ji1EBmYGJV+cvwgPqFkPDf1+mLjcbdOPIeN95W/2h6FW0ZkIG+JlKn1pnVGX7fFf3AzFaATeQDBGkijcJd6o+1malsP8qlVTntw19uNv1jq2n1UaxKplEhcxqXaFZTCNzAMFJAB96BIw03Q2WKeNtJAsZUMAskknmstsoJNEUfWvUd8WKbx49Ml16/9B7u0eeSqsmrq7R5wLv8AdaSiQfajwc9jWMKAoAAAoAcAAcAAZ522g0jo5lhfTSJGkrLFK0jKjkAMUkWhW5SVBsAj14zVaLr6iDeWOoVR8UkS/EPrLCTuQ+9WPXjM8WnkS09PfkPG6OvibSI2inUgACN3HHZlBcN+o/nnnfSPEDRAJKPNiHZTReOwQTEx7cEiu32y18U+MBqIzDCrKjfMzUGYd9oAPA/rlB0XpMmqlEcfHFsx7Kvuf1oD1y3D4dGJ9r5+QpSt7Go18PmFZ4m8yNiu527j4iCH4JBS0IB44N/WWnSJpNI8MgDboxIjnhvO7gOvoTQsj3bueTadB8PLow213cuV3WBt4vkKO3fuSewznrpEgnaU797JElEja6bwGYBeSVBJJPAsdrzmea3phvXJ+/fgUUa3Z5WAfY37et+2en9L6GsemSGVVkAtmDCwGJLUB2NFjz/7GG8Qw+RrZQB8sm9R6fFUgH25rPS9DrEnjWWM2rD8wfVT7EZXjsknCLjye/6FhSt2ZnxN4Xi8ppIVCOgLFV+VlHJG30Ne2YPPVfEfUFg07sxG5lKoPVmIofkO5zyoDK8DOcoPV9BZkk9gwwwzuIj8MMXGZNB4DK/j493s4X/FtNfy3frnq4GeFRuVIZSQQQQRwQRyCDmv0n9oM6oA8SSMP3rKX9WABBP2rOHiuHlkkpRKQlRs+tohfTK1bvxClPuqOxP6D+YzNQ6tn1U+6QxxQSNNIASaCk35ZFEM1AEGxy1cHKjpPWpdT1PTyTEcOVVQKVQykUo+pI5PJ/TJXitxDA8YXa+p1MrvwLMcTlUBIA4LfELv198UMLhUH73Byvc03gXqZ1KTyN85mJK/woUURgfQAEfcE+uagLnh3SOqy6aTzIWo1RBFqw9mHr/XNPJ4/wBVKBHFHGkjkKG+JviY0NoPA5I73mM3CScrjyBTJviTpUcuulnkvyIY0EgXhpJQC3lg+nwFSzXwPbuOOpkk1OkSeONCISUOn2gw7NzUyll+KhtU7aogm/TND1OOLS6VV1EMkyB1j+H9oZWapHlkW/WRTYPegPWsi9Q6Qz+bpIXGxmj3H5VhAIYR32J2qgVFFgWW5fdjjLZeH46gzl04QeVDNp4WKwzMrrRLKkgJcoGXc6hn3UKJr/prJGt00J1EGufUeQi3EsbEBSVLgANdKCBZFdgLrKTUan/h8YWPSzuA5fzp96IXK7PkT92iRtcjv2vOGi6wnkMkkWjjlcIdMn4clBuem8w8gbgODfaicHjb3XtMLLXrmuiP4mWSmURpGoFSKY3cmOQsoVgrFDYDmwL4sZUwxTaePzNOsok1Cq3ljYTEI23PQAF2ClDbYVjf1jDxSCAmog2BPhvTu8JUKfk8ssUYA/unjNT0sxmRtVdwrvlBKOJYnkYGUBCCdjckkbh3ojG08car30+4LcznijoAeFdbAhQMivLHW3hgCZFHpV/EPz976/2YyrvnQ/OVRh7lVLBq+xYfrmmaXURLqH1CpPte4Y463+U7bCCK54I4NkkHntnnXWdM2i1jCJiu0h4mHB2MLXv7WVN96OELyweNvyY3s7PXGGZrxHqUklGj48xkMkZ9pF5Ve4rcA3qDxmYbx3q9tVFf8Ww3963Vf5ZnX1snmecWJkDB9x5O4cgn9Bx+WSw8FKMrk/LzNyyJrYu/Hq/82D/FDGx+9sP9Mo9NqpIzcbshPfaxW/vXfNH/AGgxOZ45StB4lWrBp1JZlNeo3jMqc7cG+KPkTl8x0nnd23OzOfdiWP6nOWIHx2WqjImGGGMDphhhjMi4YYYAd9DqPLljk/gdH/ysG/0y+/tC1W/XuB2jVEH6eYf5yZ18F+Fjqj5zsUiRhVAbnYUaF8ADizz7Zs/EnhJdZ8e4pKthWNMrCywD8XQJIHqPrnNPLBZFZpJ0eSZf+A9Pv6jAD2Us/wDlRiP51lLqtO0btG4pkYqw9iODl34Eb/n41/jWVB92iev5jLZPkddxlczX9H6i9a3fIiGLZc6sHbyQzD4o9x2yhQQCyg2QCDtrND4a1h1UA1LAr5jNsW/kRWKgcep22T9a7AZ5j1TUyJoIIpHdpNQTPLvZmbYp2QId3NcM1e4GXHgDxdHp0/Daiwm4mNwCwUseUYDmiTYIvubzlyYbi3E0memyRBgVYAgiiDyCD3BHrnlvVtGsGtEA0u+MOgjlbfYUt5hoj4SIwxFNfEfxWOB6ZrepQwqrSyKgagobhmJ7BU+Yn6AXmK60IJY2gLatjLKdSSqeWCGAQKd61sAApTzwMhhei2+RqtTpFZ4G0cSRvrJR5khdlhsE8gWXqvmYmr9KPuc0nVdY2oAEZYKLDKNoEoogoWI7cenvme8NLBH5iCTzNrXTKFeJq2sps16Hn7++TdV13TwAkMAa9B8R9Pbk/wC2SzSlPK6TfcdePHFRtlJ4p1/4dwCoaS0Y7iv7nMQk28soY2BYFpRviqzxNrxOmlkJuXyikp45KkEEV9Xb8747ZB1PUU1GsZ5bCSfDf7yiqRjtHewOB7nI2udBFABYYB9/LH1ABF+homh7nPRx49OlNb/x+/Q5pNO2cM0/gvw2uqLSS35SHbtBI3tQJBI5AAI7d7+mZVJQc3fgLrcccMkDEB9xeMG6a1Arj1BH6H6HFxLnHG9PMxjScjR9Y6VBKhWZQbYsu21YEgAsDfJ4H07Z5V1bRmCZoybrkH3U8g/+/Y5vpNZK+4hg1mqugOP3D272O/6ZguuavzZ2awapRRsUPY1yLvnIcEpptN7F80Ul4lcxxySemczijPSo5Tqze2Gc8MVGiTeLnLFGZFR1xc53i3hYUetf2b6lW0KoPmjZw4/xMXB/MN/I+2awDPA+ndSl07+ZDIUbsaogj2YHgj75aa/xnrJkMbS7VPDbFCkj2J7/AKVnHPh252jaew3xdqVl187obUuACOx2oqEj81OV2h1pgljmXvG6uOavaQa/Pt+ecdLGzuka1bsqj7sQB/XPZOidNh0qBI40Jr4nYW7H1JY/0HAyuXPDCkmEcblyPP8Ax/Mr6sOn920ETRV2MZBIr8y36ZZeEdFHpkh1UwBm1Eqw6RW5C7mCNOR61dj8uRusXHjXoa6iHzFULMnAK8KY9x+Erz8oYm/cH34b4i1a70jjLR/hQA0YZQJNPsS3K9yi0QasiiQD3ElnjKCUR9m09zjp+oM2rh1CySMiqY5kYKdzgyfG5FDliu1gvG0AUMjv1KSRtP5Lh4ANrlihZgtL3+1V9e+V+o6am15ZpW00EkjOof45pAef2ce24wbJ9Tzzx3dBPo51mRFnKojTt/dru2lb2BflJIBrj1yM46t+f05f3fvLw0xG60Ks00yeZGqrsMe0gOz2UljIYc7jfoRV+pyJ1XRLq4WkRkaeMsvwX+1VKJK2eeGBHtyOcm9N02i1JCRzMLVV8qXgtTmS937x5I4PbOeg6aFljUQkOjx7w6ugUhWSbY9bWDH415F1ml8Pfa/A3T8mYeGMl1AIskAWeOSALPtnbqcRWQg7fSipsH14zX9J8Mo+u1CuAY4WBCnsS/xKD9AP9M0r9BhphsSmNkAbR2rstfXLZONhCS8vyYhgcotHkJGdFc3d897He8vPFnRV08wCCkcWosmiOGFn05H65Sbc6oZFOKkupBwcXTOsutlYU0jsKqix5H19/T9MjWceVOJsOaVITsbheO8s4mw4xBeGFYmAWdcdjLxbzIx2LWM344NiAXDC8S8AO+k1BjkSQd0ZWA99pBr+WexdL6rHqEDxNYPceqn+Fh6HPFeccpN8d+3F39uM5+I4ZZa3plMeTSeq+KvEEenTZuBkYra8Eqlgsze3F17/AK5x6zJHBNJq2UVGF22tF5WjKKqNXybW+Lv2Hsby+h8DTum6R1iJ52lSx/7qqj+uM8YSMqwQlmcIvL3as4AXgehAB7/xZzQxY9ShCV879/Qq3Km2ik6hr3nkMsrbmP6AeiqPQD2yw0u7yU2ahdOf2l27Jv5A3fBZI428/wABr1ymNZoundK8zTsHhLTJtMUe7Y7xMSzEr3ZeSeBfJo9s7Z1FIjG2ym6mw8+SgRTt9OQeT9ORdema3wx1VtVaMSNQsZUSg0XjsGn9yprnvyfc5jZ3LOzN8zMSeK5Js8en2y/8D6J21IlCkrGDZvaNzCgp454JNfa8xnS7Nt9B429RPg60sXUdQHYBHZVLd1DRqF+Ie3cX6cembASJt3l121y1gLXvuzFdV8FyfHJFIJLLNtI2sQSTQNkMf0vMeUo9u3uKN5z9hjzU4y5cyuuUNmi98X9Tjnn/AGfKIKB5+Jj8zD6cAfWsotgxd2JYzuhFQioo55PU7YbPvibfvjqwzViG7MTbjziYWAysMdeGABhWFYYDFrFvEBwvABxwGNxQMBDqy08LIp1sAaq3+va9pK/+asqsVWIIIJBBsEcEEcgg5mS1RaNJ07Payn2/nmU8ZdJj8hnW99rtC3VlhdL27bj+uROieLp5CsXlGWQ9irbLr1YEED6n+WaPVRPISrEUAwPc1uVdrcimIo8ex+4zxowngyJyO21OOxlOlPH+GWRAzNGoSWFAjqyl23OyX8ZIYHn+GuO41MvTydWk6MwjCOzgUA7kBQGprY7aoVxsHPpmWm6MgkCT6j8OdoEex929vlL7WFi+/JPJPOW/QujywxyrK4kF/swGYEgd7Y1tPavz5y+Zr5lL/j+2xOCfJoqeq6aGTTTakrsZ33R2qo4fdTIRwT9Qdw5BFc5feCCv4JKH7z7v8W89/wAq/Ksh6bTyvPtCK0QBVxIP2dFiwYKy3uo1Q49b5xYdFLoo5X0y+aC5LJbDaAT8oPel2jiyee9AYsrUoaL3u1+hwVPVRo3+jf1GeV+J1X8XNXbf/wCahu/815bazxvOykRqqWO5piPqPhHOZYk9ybPc88k+pN5fg+HnjblIxmyRkqQ3ti4bsUZ3HMAGIWrFxpOACh8C2N+2IWx0A8HDGAYYUA7DE3Yu7EMW8W8S8MAFvC8TC8AHXhuxLGJgBsv7PHQGYn5qQD6L8V19yB+gzcLKD655B0vqDQSCRD9CD2YeoOak+Oo9vEDb/qw2396v+WeXxXC5J5NUVdnXhywUaZN8VaqNNVpmdhSnceFJA3AA9rA7nuPl7HJGq6xs84SFWCorjawDXaqVC9+D8QPYhl++ZTTaGfqErSF1HoWPAHsiL61/rycstb05izaW2PwI4UAUqJ8KlDXFnvzzeN44R0wk91z9QUpO2upoei62NtOjeYbIJJK1zuNihYFdqs1WLNrEviYD8j/tlD07TavSRsUUSx9yjAbx7snv9squoeKN4O2BAx/eN8fUKOCcl/5nObcN19DfaqMfi5lX1ZQJ5dpBXe1V2781+d5Ca8crYEZ7CVKjhe+4gH0xecSj74nOMQuJWJz74bhgAEYbvriX9cT9MYh1/bDCsMQxeMOMZhjoLH19cSvrjcKwAdWFYlYtDEA4Li1gBjWXAYtY+KEsyqKtiFH3Jof1zgRkjQzBJEc9ldW/ysD/AKYO62Bcz0NYoYFVCnCiuByfr98WTXwn5JWj+6mv1W8skeOQcMD+mQNd0xByYmb7Gs+ejJN/Hd++89Wu4rpI9QTccquPo6/0OZTrmmaOY7gF3DdxVck3VfUfzzQzzIpoQso/xE/6ZnOvahXlFA8KAbPryf8AbPS4VS1ctjl4itJC3fXDd9cYKxc76OMdz7407sSscDgA0k4lfTOh+2NOAUFYhXAnE3YxbBtww3YYBsLeNvH5M6T0t9S7JGVtUaQ7iQNq8sbo9hiclFWx0QLwybLoKUsJYnqvhVmLGyF4BUXyRkjS9EZztMsEb9tkkoVr9jwQp9KJBxOcUrYqKq8W8tx4c1AllidRG8UTTOHNfsl+Z1IBDD7f75VAjCM4y+V2OmhobHhzkptDtNSOkbfwuW3C/wCJUVtv2ajkiHosjeZRjqOIzEhwwMQO0upW754ruD6YnOK3YIq2OMzp5n0yz03R2c7TJBG542SShGv2PBCn6MQcbkoq2LmcemdQ2GiSB6H2+4zTafrygf3x/Jq/qRlFH4c1H4k6VkEcu0uA5oFQCxKsLDCgTY9j65Hk6TIITOpSSJSFdka9hb5Q6mmW/Q1Wc2SGHI+f468vUvDLKCo0Wt8WKFIS5GrgtRUfU33+wzIySbiWPJJsn6nJnTelPOsjqyBYlDSFmIpSaB4BvnOeo0YRdwkjcWFOxiSCQSLBA4+E85vFjx47jHn1MzySnuyNjGBxdwyyljI0cbiGg8rgzHklkAqNPZaN33Jsdl5s5VXiT5lXWHOWkXSJDCk5kiSN3KKWYj415IPw8cevbOXUtBJp5PLmWmoMKIIZT8rKymiD7jBZIt0n7XMNJAvHhxknW9PeLZvWvMjWVPqjXtP8jktvDsu6Nd8W+aNJIl37S6vYSiwAskEUSDieSHOwqRVEjG8ZZRdEkMLTM0caLKYW8wsrCWi2wrtPoD+mRNXpPL2nejhrooxaiKsGwCDyM0pReyZl2cOMXG4ZoDpxml8A1+Jk/wDC6i/X9z2zL5beGupGCZmETSl45Igqmj8YokfCboelZDiIOWKUY86NxlT3JXh7RRyO/lM7SJDNJGpjVbdY22lSHb4gSCBXcfTKGxWWnTtPq9PPDJFFKJd37L4GO9uxRQB8RINFRzzkrWSw6gvKNFMjLRmEMg8lSzbdxDRMY7Y1V1dAY6nGfK0/Lb8BaovPDmuMmhkV+Xi0mvjjPr5IjgbaT9Gah9OMz3grTCTXwqaPLsoPbekbvHf/AHKuSuk62WLUTRvpJHPkSadtOu6Noo3I32CrNdnuebbnOUGjmgYmPR6pJgLRnJJjKESM+zyQTSobugASTxkFgmu0UV83Ll1v9/oNa2somDWd17rO6++71u/W8vvCS/Br/wDwE3/7xYamZdWfPOllV3dUZoOYnmbkAIyna7d9oY3ya75002sGjEiyaKYCeKSG5JDGxUlNxQmKrUqOKNE8nsMpl1zx1p32227xpxT5kHwxojJM2350hmkjHqZEjYpX1B+IfVRlMBlz0/qYguaCORXUoFkaRXVGLbqIEQsssbiiRxuzr1DqWlmYyHTPHI3LLFKqxFvVgrRkpfsCRmryKbenb6fszUWtmaHwTrfM/CrIbaJtZHGTyfJ/Chiv1Cswr2BrKNdOYumSPC/mpPIkUxoqYvKPmRgrz85IO7txXc8M6T1kwTJqDDaKsscaKSiC1pwHIbcR5gY+tsL4oYdKOo0YdpNNI2nkVY5kkV0R0YXHb18Lc7lb62O+Q7GSlKUVts623pybX3TXS/Adqkn75HfwmB+F6huJA/DpZAsj9qOwsX+uZ/UIgrY7N3vcgSu1V8Ru+f0zTaSN9PHqFGg1XlTJ5ZZ2oqEIcncIascX9PvlRrumtHGxbSaiP5filJ2qCRyR5S97ABJ/e9eMvjjJTk2nTa7u5Iy6pFbGhYhVFsxAUe5JoD9Tm20yxzwajp6SrIUQPplCsP2sAPm7SRRMlueD65mei6Wa/OjglkC7lRkViqylfhJO0gldwbbweBjegPNFqo2hjdpYn3eWoJYhL8xSACR8IYHjgXhnxSmtua3Xn7+zYRlTLpIkfpOmEknlA6yQbipYC0UWQD2A5/LOXXdKx1yaaYbY9PGke7vemiUuZbHfcu4ivUhfTG9f1btpRH+Dlgj/ABMkquxJTdIOYgfLUcDtzfGM/wCObtIsU8LsQpihnVvLbygyMYSShDgELz3ANepuMceSPxV1e221vmO0yw6tMNX08yhw8ullJbaHFaediVHxAGlfgegXHdVmgSTpzzGTauj0zEIitYV3I5LiuR7dspekax9HPIkkDkSRtDJCxMbFZQCvJW75Ug1zfHfJPUNQNT5Uf4Sffpok07bZBdIWreDCdjWW/wDYxdhJT0pfDv3dVv8Af8j17X1LzxHotmjn8+QHzOoLMHjS1cS6d3BClhQ+I+pqvXvmJmRAfgYsK5JXab54qz9Ob9c0PUuuNKjaSbTSB2mjdFVyjJtiEMUSxtGxNoR9y1+uZ2eSMqAiOpsklpA9jigAEWq59+/0zfDY8kI1P/K5IJzTew3aMTGA4Z1UZtCg5feGdMJYtXEn/wAQ0K+SoPMirIrTxJ7uUF7RyQrAd6zP520+mMm7bR2gEj7usYr/ALnXHyE90X3g+B4eoaSSVHjjTVwb2dWRFPmCtxIq+/5X9ck6TpE8Gj6ossLxkQwrTKVsjWwXtv5h9RY5HuMop9FIUeRnDiPh/iLMlsqgUfct6ex9RWdl6LObqiQ/lcNzYfy/8u7i8XaRXUTi2Wf9o/TJv+I6+QxOEE7sWKsFpnAUhiKNlhVe+XHU4S3iDVxgfHJFq4kBobpJNDIkaC/VmYAfUjMbPpJAQha/gMlbmraI/NvkV8vt68ZCZr78/fnNKV8haDc+GNBLFpoRJG6H/jGg4dWU/JML2nmr4vOHiTTNLBINMHdYtdqW1MVb3jlc7UlG0f3TLHtuuGBBJtcx3mm7s2e/J/LE3nvZ5u+e4Pe8di0b2bPoSK8LdKKnzdRF5ynihqwBNAlEWCYlEffvM2ZGfSSIVDxupdVdAykF1f5GUEcg+hHfOO43dm/e+f1zrPqnfbuN7FCJ6UoJbiv+pma/djisaVGvlCzaKfQIpMuiHnobB3FTs1wXi6t9/wBoRkzqen8z8RDCH/EvounExk2J4I9NppZBClD9orRo1HcSqyVzxnn4JHNnDebuzY7Gzf647FpL7X6dl6VAGUrWs1fcEV+w0Xv9j+mWf9omib8bM4hmFJpy0n/y9vkQjt5fHND5u+ZDzT6m/wAzjjqGIokke1mv0zNmqRqNFpt/RjcUso/H9ozRH/LjknY39M4eAdO//EkQq2/y9WpWju3fhZwVI73fFe+Z5ZyOxI+xI/piCU3f8/8A1x2Glbmi8LwTQrqfMR1hk08sTIysPNmZSNMiKR8UglKMKBICse15O1SpPoZtGgJfQftozwd6WItbsocKXKSiyeFOZBpSTZJJHY2SR+eIHPucLDQbjUypqpU0eoIjljSAaSdvhA/ZRt+FnP8A9NiSVY/IzfwniJ4o0BlhEkClxHqdWupVQSUmadjHI6jmmj2KG7XGR3zIlie/P35yX0vqD6eUTR1vUEAmyBuBU8Ai+CeDYN8g4ag0dxO6Qsmmf8VIsimJV8mxtbzX3LEV3g/KFkccVcQx/jXTqNT+IiXbDq0GpiHovmX5sf8A2SiRa9gPfKRrPck+ps3Z9z9cafvx6f8AphYODuxuGGGAgy06BopZXYRGrVY2O3dxLIkdV9iWv/oyrrCsQ6NYNBqCxViimWOKdyY9qjfIisztfDq5JIqvgP2xdTFq41MoeMbULsqqAdwdJpImB/eBZnr+EH0IGZKsSsWiHcL4u82cnhuYhpDIgsRxHYjMdkgjjBPPFAi/oCfXKmfwzIu4X8QcoAVIDESRQ2CTwC0jVxz5bZRVnRZWClQSASCRfcre2/teNJLoLfvLvReF5JIfODjb8fABLbk3cAGu9LR/61zsPCMl15i8GSxtO4Ro7xmQL6i1X7eYv1rN/XFvGOn3lzJ4ccFBvX41kbn4SmyJJalB+Q/tFUjmvqMlP4PlVXYuvwEA0CxNyvFwO/7it7kSCgTxmejkKghSRuG1q9VsGj9LA/TGYbBT7ztrIDHIyHurFT29P8JI/QnOOGGABhhhgAYYYYAI3bN+TA5kA6YV8zcF2vB+ysOqGOx3+J2NnuEHZVrA44P9F/yp/t9MaE1Z6TqHiCFz0ldm6I/NplFcGiVth3HbvXxcWMhR6/StJ5X4FC6UWaoRvUNHu3LsIUuAzHaAUBpfW8IspBBFAjkEKgN/cDHjVvd7uSKJpbr27YWJJm7bWRFfh0EIHlsol26fzFnUhRKUACUChLJyPirtuvL+JLE3lybTNGNk7KFCtKGYn5RTFQVUt6lT9zWjWyfxet9h3u77e5znK+43QF+igKO1cAcDEzUdmBXDEGGZKD6w24YYxhtxhGGGCFISsKxcMZgSsWsMMBBWJWLhgMSsKwwwEFYVhhgAVhWGGABWFYuGACVhWLhgMSsWsMMACsMMMQz/2Q==" /></a></div>
Infelizmente, temos poucos livros sobre Dança do Ventre/Folclore Árabe em português. Um dos mais recentes lançamentos foi o "Livro Folclore Árabe - Cultura, Arte e Dança - Volume 1" das cariocas Luciana Midlej e Melinda James. Além disso, contém alguns relatos pessoais das autoras (que viajam frequentemente para lá, em busca de informação <i>in loco</i>). O que mais me chamou a atenção foram os desenhos dos figurinos, feitos por Adriana Almeida. Eles foram bastante ilustrativos e inspiradores, também baseados em suas pesquisas locais, já que também viaja frequentemente com as autoras. Se você não sabe nada ou quase nada sobre folclore árabe, sugiro esse livro como ótimo material introdutório - focado no Egito e em regiões próximas. Pode funcionar como uma fonte de consulta, caso tenha esquecido de alguma informação. Mas, se você quer se aprofundar em algum deles, é preciso buscar um pouco mais de informação para complementar, principalmente, em outras fontes/professores confiáveis. Também sugiro a busca de vídeos para ajudar a entender o que elas explicam no livro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/514RxZeebFL.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="Resultado de imagem para Stories of a Traveling Bellydancer" border="0" height="250" src="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/514RxZeebFL.jpg" width="155" /></a>Comprei o livro "Stories of a Traveling Bellydancer", seguindo a <a href="https://leiturasdelaura.blogspot.com/2013/12/stories-of-traveling-bellydancer.html">dica da Laura</a>, mas confesso que curti menos que ela. Laura descreveu bem o livro: é uma adaptação dos emails que ela escreveu para os amigos sobre as viagens que a autora Zaina Brown, uma bailarina finlandesa, fez pelo Oriente Médio e África. Talvez porque eu não curta tanto narrativas de blog pessoal ou por causa de alguns comentários que ela, como europeia/moradora dos EUA, fez sobre a vida ou as pessoas. Ela se surpreendia com algumas questões básicas sobre países em desenvolvimento, como se vivesse em uma bolha. Bom, ela vivia em uma bolha (hoje, ela mora na Tailândia). Então, eu me irritava, de vez em quando. Ok, eu preciso ter um pouco de solidariedade para entender que ela vivia em uma bolha, mas ela não se deixava "vencer" por conta disso e, realmente, encarou aventuras que eu não encararia. Ela narrou a vida de cidades e situações que eu nunca visitarei/passarei. Eu daria nota 6 (Laura deu 8), mas porque seja uma questão de gosto mesmo. O preço na Amazon é realmente bom, então, se sua curiosidade é maior para esse tipo de leitura, vá em frente!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Boa leitura!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-58909037029566953682019-05-27T09:01:00.004-03:002021-09-19T20:29:29.260-03:00Quem foi Tufic Nabak<div dir="ltr" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin-bottom: 3px; margin-top: 3px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O bailarino libanês Tufic Nabak, de 45 anos, faleceu no dia 28 de abril de 2019, vítima de um câncer de boca reincidente. Resolvi fazer esse post para deixar minha homenagem a ele e contar, brevemente, como foi nossa amizade de 11 anos.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.centraldancadoventre.com.br/images/stories/entrevistas/Tufic-nabak-central-danca-do-ventre%205.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://www.centraldancadoventre.com.br/images/stories/entrevistas/Tufic-nabak-central-danca-do-ventre%205.jpg" width="153" /></a><b>Vida no Líbano </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tufic Kamel Nabak nasceu em Ras Baalbek, norte do Líbano, terra do dabke, na divisa com a Síria. Por conta do frio excessivo, sua família se mudou para a capital Beirute, onde ele passou sua infância. Mas, a família Nabak acabou se mudando para Juiz de Fora - MG em 1990, quando ele tinha 17 anos, onde já tinham família instalada desde o século 19, por conta da guerra civil. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Início na dança</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
Ele fez teatro e dança durante sua infância em Beirute e a dança árabe, aprendeu com a própria família, nos casamentos e nas festas tradicionais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/G7efD7yZ3dI" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Dança como profissão </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele acabou iniciando sua carreira artística em 1998, quando ele foi selecionado em um teste de elenco para o filme “Lavoura Arcaica”, de Luiz Fernando Carvalho. Como o diretor o colocou para dar aulas, além de compor o elenco de apoio, acabou envolvendo-se de vez com os estudos sobre o folclore árabe. A partir daí, resolveu fazer teatro profissional e fundou, em 2001, um grupo de dança -<span style="text-align: start;"> o grupo Baladi - que deu origem, posteriormente, ao Grupo Nabak </span>- no Clube Sírio e Libanês. O grupo teve, como objetivo, representar e divulgar a arte da dança e da cultura árabes e acabou recebendo, do Consulado Geral do Líbano no Rio de Janeiro, o reconhecimento pelo trabalho de divulgação e preservação da cultura libanesa no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Aggjch92jP4" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Pontos importantes da sua carreira </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2002, Tufic Nabak participou da novela "O Clone", da Rede Globo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2006, ganhou o primeiro lugar na Categoria Dupla Nacional, no Mercado Persa. </div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2009, foi entrevistado pelo jornalista Jô Soares.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/2D_DLCYaBUg" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2012, Tufic Nabak foi convidado pela famosa bailarina libanesa Amani para ser um dos ministrantes de workshop, júri e bailarino do show de gala do seu evento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/IOC5HijaCsI" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.centraldancadoventre.com.br/images/stories/livros/livro-tufik-nabak-central-danca-do-ventre.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://www.centraldancadoventre.com.br/images/stories/livros/livro-tufik-nabak-central-danca-do-ventre.jpg" width="133" /></a>Em 2013, Tufic publicou <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2014/04/livros-sobre-danca-parte-3.html">um livro chamado "Um Líbano inesquecível"</a>. Ele disse que a vontade de escrever o livro srurgiu com a conclusão do seu trabalho final na Faculdade de Turismo.<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: start;">Em 2016, Tufic também fundou o Studio Tablado Árabe Nabak (STAN), com sua parceira, sócia e amiga há mais de 20 anos, Cíntia Prado, ainda em funcionamento.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2017, <a href="https://www.acessa.com/cultura/arquivo/noticias/2017/01/09-tufic-nabak-representa-juiz-fora-minisserie-dois-irmaos-rede-globo/">ministrou um curso de cultura árabe para os atores da série “Dois irmãos”</a>, também dirigida por Luiz Fernando Carvalho, na TV Globo.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2019, em seu mais recente trabalho, foi <a href="https://gshow.globo.com/novelas/orfaos-da-terra/noticia/elenco-de-orfaos-da-terra-se-diverte-em-aula-de-danca-tipica-arabe.ghtml">preparador e coreógrafo do elenco da novela "Órfãos da Terra"</a>, também da TV Globo. Após seu falecimento, Shaira Sayaad passou a substitui-lo nessa tarefa, por sua indicação ainda durante seu tratamento. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 20 anos de carreira, Tufic viajou pelo Brasil dando palestras, dançando com diversas bailarinas e ministrando cursos de dança e cultura árabes. Tufic deixou sua mãe Hassnate e dois irmãos, Claude e Tony.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjelxGREVWAeaBGrY5K9x6mpj6sjxXzOFcaIlMCcnxIxt0xlAvqroVqzb8Nh23y5mwMuxIjf-OgQRJI7jBiHgvjXWbX1_2o_HdS9MGosMyqMdG3fSo0snVkpVIEMtbpRNXmrARx76lKr6Q/s1600/4modulocurso2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjelxGREVWAeaBGrY5K9x6mpj6sjxXzOFcaIlMCcnxIxt0xlAvqroVqzb8Nh23y5mwMuxIjf-OgQRJI7jBiHgvjXWbX1_2o_HdS9MGosMyqMdG3fSo0snVkpVIEMtbpRNXmrARx76lKr6Q/s320/4modulocurso2.jpg" width="320" /></a><b>Eu e Tufic</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Vi o Tufic, pela primeira vez, no Mercado Persa de 2006, dançando com a Bárbara na categoria dupla. Mas, só em 2008, que fomos apresentados pessoalmente. Eu comentei com um namorado meu da época que tinha visto no Orkut, um cartaz falando sobre um show internacional em Juiz de Fora, com o Tufic e a Fabiana Tolomelli, recém-chegada dos países árabes. Por conta do meu interesse, ele me incentivou a ir ver o show e, a partir daí, minha relação com a rodoviária passou a ser bem intensa. Nessa noite do show, Tufic comentou que ele daria, no mesmo ano de 2008, junto da Fabiana, um curso profissionalizante, com foco no estilo libanês - e eu, que sempre adorei as bailarinas libanesas - disse: "Tô dentro!".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLJ7ZxsEVe4pfoSkJeA_VkpivhwK3mCmfocKNJ5SAg2vx9OPF3saSZqBxGnaXAP-ZiuEzePiKZqM0uLxlebmKpVqKyF5FP8hpZ3MHt3meHU8pkVGzj-KlxJ0__rG6MnRaLsqk4hgnlWQo/s1600/Selo+Nabak+Hanna+Aisha.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLJ7ZxsEVe4pfoSkJeA_VkpivhwK3mCmfocKNJ5SAg2vx9OPF3saSZqBxGnaXAP-ZiuEzePiKZqM0uLxlebmKpVqKyF5FP8hpZ3MHt3meHU8pkVGzj-KlxJ0__rG6MnRaLsqk4hgnlWQo/w179-h245/Selo+Nabak+Hanna+Aisha.jpg" width="179" /></a>Fiz todo o curso por vários meses (dormi duas vezes na sua casa, quando perdi os ônibus de volta), aprendi horrores (tinha acabado de tirar meu DRT), passei a dançar de sapato e fiquei próxima dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Participei, pela primeira vez, em 2009, da Feira Cultural Árabe - evento organizado por ele por muitos anos em Juiz de Fora - e, no mesmo ano, nos encontramos em um evento em Petrópolis - RJ, onde ganhei o primeiro lugar do concurso profissional. Ele foi um dos jurados e, no fim do evento, me confidenciou que ele iria criar o Selo Nabak no ano seguinte e me convidou para tentar. Então, em 2010, junto da Nanci Rocha, fomos as primeiras a ganhar seu selo de qualidade, após seleção por vídeo, prova teórica e prática (DV e folclore libaneses) presenciais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK-d-2HF8WqQTEZ3qBrUDoosM_E2ffdPPjNNwhA9dv1RHFZT1bgooOA2qkoejG0EjnzopPtxGSKJKiAdnfyNMh2SIf4fdEwk3nldw-YexkAcypTcxnv_LSAPd4kvzWT2UZhRM09OFhgEw/s1600/382014_2623565711123_1314632334_3079615_1963134872_n.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK-d-2HF8WqQTEZ3qBrUDoosM_E2ffdPPjNNwhA9dv1RHFZT1bgooOA2qkoejG0EjnzopPtxGSKJKiAdnfyNMh2SIf4fdEwk3nldw-YexkAcypTcxnv_LSAPd4kvzWT2UZhRM09OFhgEw/w161-h242/382014_2623565711123_1314632334_3079615_1963134872_n.jpg" width="161" /></a>Por conta do Selo e da nossa proximidade cada vez maior, acabei participando todos os anos (menos em 2012, por conta de uma viagem minha a trabalho) da FCA, ele foi meu consultor de diversos temas relacionados à dança, dançamos juntos, trocamos conselhos profissionais (e pessoais), ele fez tradução de graça de músicas para mim... e sim, viramos amigos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em janeiro de 2018, às vésperas da minha vinda aos EUA, eu liguei para ele para me despedir. Ele me disse que eu faria falta no Brasil, mas que era para eu ir atrás dos meus sonhos. Não esperava nada diferente dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigada, Tufic. Sentirei sua falta também.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Fontes: <a href="https://www.acessa.com/cultura/arquivo/noticias/2019/03/29-morre-dancarino-libanes-tufic-nabak/">Acessa</a>, <a href="https://www.centraldancadoventre.com.br/publicacoes/entrevistas/28/tufic-nabak/1444">Central DV</a>, <a href="https://tribunademinas.com.br/especiais/outras-ideias/02-06-2018/danca-da-reconstrucao-de-tufic.html">Tribuna de Minas</a>, meus relatos pessoais. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira, </div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-33054339005473832092019-04-15T19:55:00.001-03:002021-01-05T01:03:57.887-03:00Minha experiência com bellydance nos EUA - parte 2<div style="text-align: justify;">
Olá, povo que continua curioso!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6c33vanmRbXEeIpje1NBdtcy5G2zPb2RtIklUIrHQPdOuTpYp1TgGZOqlWG1MJQsznkje7xxTuYgjVzD6HU4pdWDY_NB3C4OR8RIQp_QWqNvXF8fJeLVBQkVZtqKUJ205hiFo3k_P0us/s1600/_SVP6942-Edit.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1065" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6c33vanmRbXEeIpje1NBdtcy5G2zPb2RtIklUIrHQPdOuTpYp1TgGZOqlWG1MJQsznkje7xxTuYgjVzD6HU4pdWDY_NB3C4OR8RIQp_QWqNvXF8fJeLVBQkVZtqKUJ205hiFo3k_P0us/s320/_SVP6942-Edit.jpg" width="213" /></span></a><a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2019/03/minha-experiencia-com-bellydance-nos.html">Na parte 1</a>, eu dividi minha experiência como bailarina aqui nos EUA. Vocês já foram lá ver?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Nessa segunda parte, vou dividir as impressões que eu tenho da prática da Dança do Ventre aqui na região de Baltimore/DC, onde moro, atualmente. Logo, não sei se posso estender isso para outras regiões dos EUA.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1) É impressionante o quanto o Estilo Tribal Fusion e o ATS estão presentes na dança delas. Vi <u>muitas</u> apresentações só de Tribal Fusion e muitas <i>bellydancers</i> (as bailarinas que dançam Dança do Ventre) dão um "tempero" em suas danças com as posturas e/ou trejeitos ATS. Aliás, fusão com Dança do Ventre é bem comum. Vi fusões com cigana, tribal, japonesa, flamenco, burlesco, música ocidental...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2) Elas também fazem muita edição nas músicas, misturando-as. Por exemplo, começar com uma zaffe e terminar numa percussão ou começar com "Aziza" editada e fechar com percussão. Aliás, elas adoram percussão (e a influência da Sadie sobre a forma como elas dançam percussão é bastante forte) e músicas para Tribal Fusion (música New Age também). Elas não costumam dançar músicas que chamaríamos aqui de "tradicionais".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3) Os figurinos me soam um pouco anos 2000. Não lembro de ter visto figurino egípcio atual ou um vestido ou com strass. Isso significa que vejo muitas franjas, faixas de cabelo, braceletes, moedas, flores. Eu diria que também é influência do ATS.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
4) Enquanto gastamos muito tempo nos maquiando, eu não vejo investimento delas em maquiagens elaboradas; elas fazem maquiagens beeeeeeeeem básicas, comparadas às nossas.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
5) O público costuma ser muito receptivo e simpático, quando não, generoso, dando gorjeta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
6) A leitura musical é muito diferente; tenho a sensação de que elas se preocupam muito em ler a música de uma forma geral, com pouca ênfase nos instrumentos solistas e com mais atenção à melodia como um todo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
7) Elas AMAM acessórios! Véu de seda, wings, fanveil, espada, bastão, snujs, candelabro ou bandeja com velas são os mais usados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
8) Não é incomum uma bailarina profissional também realizar outras danças como indiana, ATS, Tribal, danças latinas ou persa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
9) Já disse que elas adoram fazer fusões temáticas? Então, adoram: Halloween, unicórnio, gótico, terror, sereia, burlesco. Elas não parecem se preocupar muito com o que dirão sobre a criação delas...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
10) Eu diria que aqui, onde estou, a Dança do Ventre é mais democrática: vejo mais mulheres mais velhas, bem acima do peso e/ou negras dançando em eventos e haflas ou profissionalmente. Pode ter a ver com a região, apenas, eu não sei <i>[sabemos que, no fundo, os contratantes e as pessoas querem ver bailarinas jovens, brancas e com corpo bonito, não importando sua qualidade técnica e/ou experiência]</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
11) Elas oferecem workshops com nomes divertidos para temas já conhecidos: "Saucy said" (said atrevido), "Badass baladi" (baladi foda), "Liquid Silver" (líquido prateado). Eu fiz dois workshops sobre Teoria musical e posso dizer que, elas arrasam! Imagino que seja por conta da escola, que oferece artes em geral, muitas delas têm base musical forte e os dois cursos foram excelentes, como nunca vi nada próximo no Brasil.<br />
<br />
12) Sobre aulas regulares: elas vendem as aulas em combos temáticos, ou seja, você comprar 2 ou 3 meses de aula, em que você estudará uma coreografia de alguma modalidade. Não é comum ter turmas regulares, com as mesmas alunas e tal... ainda não sei como ocorre o processo de profissionalização de uma bailarina, mas eu chutaria que ela ocorre de forma totalmente autônoma e sem fiscalização (ou seja, não rola sindicato - apesar de já ter ouvido mais de uma vez que existem as bailarinas "polícia").<br />
<br />
13) Aqui, esse lance de você tirar foto ou filmar alguém para publicar nas redes sociais, principalmente, pode dar problema se você não tiver o consentimento da pessoa. O uso da imagem sem licença é sério e aqui é o país dos processos judiciais, se processa por qualquer coisa. Logo, sugiro que, antes de filmar e colocar no Instagram, pergunte às bailarinas filmadas se pode fazer isso.<br />
<br />
Aqui, outro vídeo meu, dançando na hafla "All Seasons", organizada pela bailarina da região Mariza Matel:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3OIyZnkXGdM" width="560"></iframe><br /></div>
<div>
<br /></div>
Você já dançou nos EUA? Ou outro país? Não quer dividir sua experiência conosco aqui no blog?<br />
Espero que tenham gostado!<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-85621916966879824642019-03-04T20:10:00.000-03:002019-03-04T20:10:00.460-03:00Minha experiência com bellydance nos EUA - parte 1<div style="text-align: justify;">
Olá, pessoas curiosas!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Algumas pessoas me pediram para falar sobre como é a Dança do Ventre aqui nos EUA. Mas, é importante ter na cabeça que só posso falar da área na qual estou morando, que é Baltimore/DC. Logo, não dá para generalizar para todos os EUA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl9FR9BW9hymz0V88qgqTP8T9LOwJt5QSKY1Rg0AsO-VrjTUyoXuxaTv9jR3_lkz6uGuUr59j4x9AURAcmtQ6N4qqgfba-7xehizb57vwpnS8YdLBEaQ-CQ5Ye3xma3JKM9URwMPXKi0M/s1600/29136888_10213793361080679_3380160899997237248_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl9FR9BW9hymz0V88qgqTP8T9LOwJt5QSKY1Rg0AsO-VrjTUyoXuxaTv9jR3_lkz6uGuUr59j4x9AURAcmtQ6N4qqgfba-7xehizb57vwpnS8YdLBEaQ-CQ5Ye3xma3JKM9URwMPXKi0M/s320/29136888_10213793361080679_3380160899997237248_o.jpg" width="320" /></span></a>Nessa primeira parte, vou dividir minha experiência como bailarina. No próximo post, vou dividir as impressões que tenho, por enquanto, das bailarinas e da dança, no geral, porque estou aqui há um pouco mais de um ano, apenas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu comecei a contactar as bailarinas da região antes de vir pra cá e continuei nesse <i>networking</i> depois que cheguei. E nessa busca por contatos, conheci a <a href="https://www.facebook.com/marizabellydance/">Mariza Matel</a>, bailarina da cidade, que tem uma trupe chamada Lazuli e ela promove eventos regularmente, como haflas, shows e workshops. Ela me recebeu muito bem imediatamente e já dancei duas vezes em sua hafla chamada "All Seasons". Abaixo, é o vídeo da primeira vez que dancei aqui:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/vjOzg3cnKes" width="560"></iframe><br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguGBdFd4wAu9r4_lRQ1duMSUD-dtJ4ciVJKNnRj0ET75EP6EgQWRNynhUaarKd_-fD9QlC_LI3JldC1astAyBB79_Ddsbck0a6tA6ssvwXMkQQ4qlI6DY00oNTUhcs5NedEzeYi6pJfow/s1600/20180629_213250.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span style="color: black;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguGBdFd4wAu9r4_lRQ1duMSUD-dtJ4ciVJKNnRj0ET75EP6EgQWRNynhUaarKd_-fD9QlC_LI3JldC1astAyBB79_Ddsbck0a6tA6ssvwXMkQQ4qlI6DY00oNTUhcs5NedEzeYi6pJfow/s320/20180629_213250.jpg" width="240" /></span></a></div>
Através da Mariza, nesse mesmo dia da hafla, em março, acabei sendo apresentada à sua amiga <a href="https://www.facebook.com/aliceannadance/">Aliceanna</a> (também bailarina e professora em Baltimore), que foi <i>headliner</i> da hafla (ou seja, ela foi a convidada especial). Hoje em dia, eu e Aliceanna acabamos virando amigas pessoais <i>[eu achei que não faria amigas aqui tão rápido porque somos culturalmente diferentes - mas a dança tem essa mágica, né?]</i>. Nesse dia, também dançou a <a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100018082173313&ref=br_rs">Kaela</a>, bailarina da região e fotógrafa (minha foto inicial do post é dela). Na foto ao lado, temos a Kaela, Mariza, eu e Aliceanna num <i>pub</i>, comemorando o aniversário da Kaela.<br />
<br />
Por conta do contato que mantivemos ao longo do ano, Mariza me convidou para dançar em grupo em um evento particular para uma empresa. Tivemos uns 6-7 ensaios para treinarmos a música que abriria e outra que fecharia o set de uma hora de show, intercalando com solos e duos. As músicas foram todas no estilo <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2012/11/e-as-bellydance-superstars.html">Bellydance SuperStars</a> ou turcas. Foi uma experiência incrível para mim: a leitura delas é diferente da nossa (como as músicas utilizadas) e entender a lógica dos passos delas, assim como aplicar as emendas no meu corpo, foi um grande desafio. Fora decorar duas coreografias em menos de 2 meses e treinar dois solos. Foi um mês bem intenso! Não tivemos como filmar, mas aqui tem uma foto da gente, que tentou combinar as roupas para ficar mais bonito.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicDVJvnFVou16oon5EZhw34IY_JkF_Rei1E1dTtU6SK-ORnUs2epHqiOBaRkAy0HpiwRi1YyDbZaewziMKtnOwOACRRg9DC0hMpo8FAYyzx5pb37wtVGID_578rteMZ17PpbEKhjiGv8s/s1600/image000000%25281%2529%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicDVJvnFVou16oon5EZhw34IY_JkF_Rei1E1dTtU6SK-ORnUs2epHqiOBaRkAy0HpiwRi1YyDbZaewziMKtnOwOACRRg9DC0hMpo8FAYyzx5pb37wtVGID_578rteMZ17PpbEKhjiGv8s/s320/image000000%25281%2529%25281%2529.jpg" width="320" /></span></a></div>
<br />
Eu dancei uma vez só no melhor restaurante "árabe" da cidade e foi ótimo. Consegui dançar lá por intermédio da bailarina <a href="https://www.facebook.com/SamiraDanceDC/">Samira Shuruk</a>, uma das profissionais mais antigas e conceituadas da área. Como tem dois andares, eu e mais uma bailarina dançamos naquela noite de sábado, trocando de andar no meio do set de 5 músicas. O público foi muito simpático e é bem comum ele dar gorjeta para as bailarinas no meio da sua dança. Porém, a escolha das nossas performances depende do gosto do dono, que é turco: ele não curte música egípcia, não pode usar bastão, tem usar acessórios como véu, bandeja, espada e snujs (aqui elas só chamam de zills). Como eu só trouxe véu e snujs, comprei taças e dancei com velas (a outra bailarina dançou com espada), coisa que não vi ainda aqui. Não tirei foto e filmei alguns segundos nos <i>stories</i> do Instagram. Quem sabe, numa próxima?<br />
<br />
Também participei de um festival, o <a href="https://www.facebook.com/DCBADanceConvention/">Dangerous Curves Bellydance Convention</a>. Foram 3 dias de show, workshops e palestras, com uma <i>headliner</i> e convidadas especiais (em 2019, a headliner será a Cassandra Fox!). Fiz vários <i>stories</i> no meu Instagram nesse dia (me segue lá! <a href="https://www.instagram.com/hanna_aisha/">@hanna_aisha</a>), onde mostrei algumas danças e o espaço em que ocorreu o festival. Fiz 3 workshops e dancei em um dos shows:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ylrFDsrvInc" width="560"></iframe><br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
O festival mais famoso da área (<a href="http://www.artofthebelly.net/">The Art of the Belly</a>) rola sempre em março e eu estava recém-chegada e sem dinheiro. A Jillina foi uma das <i>headliners</i> e esse ano será a Zoe Jakes e Aziza. Mas, perdi completamente a inscrição para 2019 e já tem lista de espera. Fica para 2020...<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYbdeJuSrK7KSGarKi0mwJvepBisWW1CmTRtHucUq2xFhQxPjNYEgS4fVSZR_LyZ3zGKugG08FJW4uV5_dr8S_JoiI0bqQ8_7CBD_e3lJ2oDJcFIy5u3RYc-g5s1oSK1RrqXv3jCr1FKQ/s1600/36224437_1741848085896036_3820123442695372800_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" data-original-height="1079" data-original-width="1600" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYbdeJuSrK7KSGarKi0mwJvepBisWW1CmTRtHucUq2xFhQxPjNYEgS4fVSZR_LyZ3zGKugG08FJW4uV5_dr8S_JoiI0bqQ8_7CBD_e3lJ2oDJcFIy5u3RYc-g5s1oSK1RrqXv3jCr1FKQ/s320/36224437_1741848085896036_3820123442695372800_o.jpg" width="320" /></span></a>Na mesma hafla de março, também conheci a <a href="https://www.facebook.com/dancecarolinah/">Carolina Hernandez</a>, colombiana e bailarina da área. Ela me convidou para dançar em um festival cultural em Silver Spring, cidade próxima a Baltimore, ainda em Maryland. Ventava muito e fazia muito calor: foi um desafio lidar com cabelo voando e maquiagem derretendo, mas o público foi muito caloroso e o fotógrafo tirou fotos incríveis!<br />
<br />
2018 não foi um ano super produtivo na dança, comparado ao que tenho no Brasil: não dei workshop nem aula presencial (<a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2017/05/aulas-distancia-vale-pena-fazer.html">só dei aulas online</a>), dancei em um festival de dança e outro cutlural, em duas haflas, em um restaurante e em um evento particular, além de ter feito 5 workshops. Mas, olhando assim, até que não foi tão ruim para um primeiro ano morando fora do Brasil. Poderia ter sido mais agitado? Sem dúvida, mas a prioridade não era (e ainda não é) essa. Agora é esperar ver como 2019 vai se apresentar!<br />
<br />
Espero que tenham gostado! E se você já morou nos EUA (ou em outro país) e quer dividir sua experiência, comenta aqui!<br />
<br />
Bauce kabira,<br />
Hanna Aisha</div>
</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-77071794632827906022019-01-21T09:55:00.002-02:002021-04-03T16:30:55.252-03:00Tahia Karioca: pra estudar<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.centraldancadoventre.com.br/images/stories/grandes_nomes/tahia_carioca_2.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://www.centraldancadoventre.com.br/images/stories/grandes_nomes/tahia_carioca_2.jpg" width="198" /></a>Rushdy Said Bughdady Abaza nasceu dia 22 de fevereiro de 1919 em Ismaília, no Egito e morreu de ataque cardíaco no dia 20 de setembro de 1999, aos 80 anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sua história não é muito diferente das bailarinas da época: foi desencorajada por sua família para trabalhar como bailarina e mudou-se para o Cairo. Lá, estudou dança na Ivanova Belly Dancing School e conheceu sua vizinha Badia Masabni, que lhe ofereceu a chance de trabalhar em sua trupe, após começar a trabalhar em seu cabaré vendendo frutas. Taheyya Mohamed, seu nome artístico inicial, ganhou popularidade rapidamente e foi no cassino onde ela conheceu o Samba (que era chamado de Carioca pelos egípcios) e pelo qual se apaixonou, sendo inserido em suas apresentações, posteriormente. Taheyya Karioka (ela trocou seu nome por conta disso) estrelou, em torno de, 120 filmes, além de ter trabalhado na televisão e no teatro. <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2016/03/samia-gamal-pra-estudar.html">Samia Gamal</a> era sua rival no cassino, mesmo que seus estilos de dançar fossem muito diferentes.<br />
<br />
Tahia Carioca era muito meiga, delicada e graciosa, onde utilizava passos pequenos, com muitos oitos, redondos, camelos e sem marcações fortes. Ela fazia muito o redondo grande de quadril, deixando-o um pouco lento na frente. Os braços ficavam em, basicamente, 3 posições: meio alongados acima da cabeça ou do quadril ou posicionados na altura do rosto e busto:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/MYI8h2gR9x4" width="560"></iframe></div>
<br />
Possuía uma técnica bastante sofisticada e fluida, cheia de emendas e explorando muito variações de altura, com o recurso de flexão dos joelhos. Mais tarde, ela incorporaria passos de danças latinas em suas performances. Tahia foi uma das bailarinas que ficaram conhecidas por elevar o nível técnico da dança oriental no Egito. Tanto que foi chamada pela revista "New York Times" como uma "pioneira da dança oriental moderna", isto é, como ela é dançada hoje.<br />
<br />
Uma curiosidade: ela chegou a ser chamada para trabalhar em Hollywood, mas como seus braços eram considerados pouco elaborados, exigiu-se que ela fizesse aulas de ballet. Ela recusou, pois ela se considerava uma bailarina profissional e que não precisava de ajuda para dançar. Adivinha que foi trabalhar em seu lugar? Samia Gamal.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gdChHRn7Sac" width="560"></iframe></div>
<br />
Tahia teve uma vida política ativa e era famosa por conseguir ser "sedutora sem ser vulgar", como o famoso autor Edward Said citou em um dos seus livros. Ela se aposentou da dança em 1963, mas continuou a carreira de atriz. Mais velha, converteu-se ao Islã, fez a peregrinação à Meca e passou a usar véu. Apesar de ela ter se casado 14 vezes, Tahia foi incapaz de conceber filhos.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /><div style="text-align: right;"><i>Fontes: <a href="https://www.wikipedia.org/">Wikipedia</a>, <a href="https://cadernosdedanca.wordpress.com/">Cadernos de Dança</a>, <a href="http://ventredadanca.blogspot.com/">Ventre da Dança</a>, <a href="http://www.serpentine.org/home.html">Serpentine</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=HWzCyQzv1XI">Rosmina3</a>.</i></div></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">Bauce kabira,</span><br />
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-84843260211032078052018-12-10T21:55:00.002-02:002021-01-05T01:06:14.932-03:00George Abdo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqvB7SMm5k0e_ak8xtQ74gQAXEp4O9hVPnwzacvbriG6aepXJFH9ZP976UXbIYiMKBDxzCf5BKrDwyk78l3Kh_f6kJexlzA61cDqql4RqsSa6pLpD3WawREIndfteYIOIIWMBuJ92F4cA/s1600/george+abdo.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="233" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqvB7SMm5k0e_ak8xtQ74gQAXEp4O9hVPnwzacvbriG6aepXJFH9ZP976UXbIYiMKBDxzCf5BKrDwyk78l3Kh_f6kJexlzA61cDqql4RqsSa6pLpD3WawREIndfteYIOIIWMBuJ92F4cA/s200/george+abdo.jpg" width="155" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Olá, povo curioso como eu!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos falar hoje de um cantor e músico libanês, filho de pais egípcio e norte-americano, chamado George Abdo (1937-2002). Acredito que eu, por ter estudado Dança do Ventre um pouco antes das BellyDance SuperStars estourarem no Brasil, pude ter mais contato com as músicas desse cara incrível. A geração anos 90 pode dizer, muito mais do que eu, como suas músicas foram importantes para sua formação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, desde aluna, sempre AMEI AMEI AMEI as músicas dele. Sempre me soaram muito mágicas, mas sempre tive dificuldade de "classificá-las". Hoje eu entendo o porquê.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na verdade, um dos motivos dele ter sido um sucesso foi ter criado um repertório para performances bellydance, misturando sonoridades orientais com ocidentais (pop e jazz). O resultado final é uma sonoridade mediterrânea, ou seja, é uma influência de músicas turcas, gregas, armênias, sírio-libanesas e egípcias. Na maioria das músicas, ele canta em árabe, mas ele tem algumas músicas cantadas em grego. Um dos exemplos mais famosos dessa sonoridade misturada é a música grega "Misirlou" que ele gravou em <i>maqam</i> árabe:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bOWCg_rw4zo" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele fez muito sucesso nos anos 70, gravou cinco álbuns e tocou muito na cidade de Boston, MA, EUA. Ele ficou conhecido como "Rei da música bellydance" e seu álbum "Flames of Araby Orchestra" apresenta uma rotina bellydance completa. Por ter vivido nos EUA, ele trouxe para a platéia norte americana, um pouco da música oriental, em que misturou violino, oboé, alaúde, qanun, derbacke, bouzoki, guitarra, piano, baixo e bateria.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Algumas pessoas acreditam que ele estabeleceu um trabalho de base para os artistas de música oriental nos EUA. Ele também acabou ajudando a "elevar" a profissão de bellydancer (até, então, marginalizada) pois, criou músicas que deixavam as bailarinas como um peça importante dentro do quadro completo do show e, não deixando-as, apenas, como meros ornamentos decorativos. A música se comunicava e se movia com a bailarina como uma parceira.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, eu diria que muita gente acharia sua música brega, mas eu não consigo achar isso, de verdade. Ela possui essa magia orientalista, que consegue manter a plateia envolvida, talvez hipnotizada, dependendo da bailarina que estiver dançando. Sua música pode ser considerada uma fusão (e não tradicional como, normalmente, se considera), mas que não está muito longe das raízes musicais, rítmicas e estruturas nativas. Por isso, minha dificuldade em classificá-la por tanto tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tive dificuldade de achar vídeos interessantes de profissionais dançando George Abdo; creio que por ele estar fora de moda há um bom tempo. Mas, ficam aqui, para apreciação, um vídeo da Cristina Antoniadis (de origem grega) e um meu:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TVFvgESLwaQ" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/uYao8-ujpT4" width="560"></iframe></div>
<i></i><br />
<div style="text-align: right;">
<i><i>Fontes: <a href="http://www.geocities.ws/ericnpeters/george_abdo.html">Geocities</a>, informações trocadas com Cristina Antoniadis, Marcia Dib e Pedro Rebello.</i></i></div>
<i>
</i>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-14107491497435722982018-10-29T20:26:00.000-03:002018-10-29T20:26:03.342-03:00Para dar uma estudada... literalmente (12)<div style="text-align: justify;">
O que você está precisando estudar? Braços e mãos? Leitura de lentos? Expressão? Produção? Leitura musical no geral? É só ver o vídeo abaixo da dança da Paula Trigueiro (SP):</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ai2wuN41wFA" width="560"></iframe></div>
<br />
Que trabalho primoroso, de imenso bom gosto, impecável. Nota 10.<br />
<br />
Bauce kabira,<br />
Hanna AishaHanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-26683512636758778282018-09-17T17:00:00.002-03:002021-01-05T01:11:33.259-03:00Leitura Musical<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/7290/1519674823/%24dq96juqns1t" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/7290/1519674823/%24dq96juqns1t" width="320" /></a></div>
<i>"Quaisquer verdades transmitidas pela linguagem estão incorporadas na linguagem e sua verdade é um exército móvel de metáforas, metonímias e antropomorfismos (Nietzche). O Oriente recebeu um amplo campo de significados, associações e conotações que não se referiam necessariamente ao Oriente real, mas ao campo que circundava a palavra".</i> <a href="http://hannaaisha.blogspot.com.br/2014/04/livros-sobre-danca-parte-3.html" target="_blank">Edward Said - Orientalismo</a><br />
<br />
Você já participou de algum tipo de avaliação e ali, foi mencionado que sua musicalidade ou leitura musical precisava ser trabalhada? Eu já publiquei <a href="http://materiais.centraldancadoventre.com.br/hanna-aisha4" target="_blank">um artigo no CDV</a> que tratou sobre o tema, mas aqui eu queria trabalhá-lo com um pouco mais de detalhe. Improviso e leitura musical são temas recorrentes no nosso meio e os dois conversam porque abrangem alguns aspectos em comum que precisam ser trabalhados separadamente.<br />
<br />
Para mim, para que sua técnica de improviso desenvolva, você precisa estudar leitura musical antes. Tentar improvisar sem ter o conhecimento básico disso (claro que a prática está incluída nesse treinamento) e deixar apenas o seu corpo se deixar levar pela música, torna o caminho mais difícil, se você pretende melhorar seu improviso tecnicamente.<br />
<br />
<u>A partir de quando eu posso começar a estudar leitura musical?</u><br />
Com um vocabulário mínimo de passos, já é possível começar a estudar leitura musical. <i>“com 100 palavras em inglês, é possível comunicar-se. É apenas questão de saber utilizá-las”</i>, já dizia o método do curso de inglês que eu fiz. Quem já viajou para fora do país sem saber muito bem a língua nativa, sabe que isso é verdade.<br />
<br />
Quando falamos em começar a estudar leitura musical, estamos falando justamente de três coisas, <a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2012/06/arte-do-improviso.html" target="_blank">como já abordei aqui no blog</a>: estudo dos ritmos, leitura dos instrumentos e diferenciar os tipos de músicas. Vamos ver cada um deles agora:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #38761d;">- Aprender o mínimo sobre ritmos</span></b><br />
Já tratei com mais detalhe sobre o <a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2013/03/estudo-dos-ritmos-em-dv.html" target="_blank">estudo dos ritmos</a> aqui no blog. É preciso aprender o mínimo mesmo, para começar. Aprender sobre os diferentes ritmos te ajuda a identificar o número de tempos da música, por exemplo. Essa informação ajuda muito a compor sua leitura musical, pois sugere movimentos que devem ser feitos. Uma coisa é se deslocar em 2 tempos e outra coisa é se deslocar em 4 tempos. É isso que vai te deixar “dentro do ritmo, pisando no dum” e, com isso, dançando de forma harmoniosa, sem parecer que está “dançando com fone de ouvido”, ou seja, em que parece que você está ouvindo uma música enquanto está tocando outra. Até leigos são capazes de perceber que há algo estranho naquela dança, pois, intuitivamente, ele não conecta o que vê com o que está ouvindo, mesmo sem ter ideia de técnicas de dança ou sobre a música em si. Nesse vídeo, a música que a Marta dança começa com fallahi (chamado por alguns de maqsoum acelerado, com 2 tempos), que vai emendar em um masmoudi, que tem 4 tempos (2:20), voltando rapidamente ao fallahi em 3:07. O clima e até os movimentos da dança "mudam" por conta da troca dos ritmos:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/VFzGvIXU7m8" width="560"></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<b><span style="color: #38761d;">- Entender os diferentes tipos de música</span></b><br />
Não basta ouvir apenas música egípcia ou libanesa, que são as músicas que estamos mais acostumadas a trabalhar. Também precisamos distingui-las das músicas gregas, turcas ou marroquinas porque elas estão presentes nas nossas <i>playlists</i> e, normalmente, nem sabemos. Mas percebemos que não é uma música "normal" porque elas soam diferentes e, ainda assim, as usamos sem saber. Esse conhecimento não interfere diretamente na sua leitura musical, absolutamente. Mas pode ser importante você ter a consciência de que elas vieram de culturas diferentes e, assim, talvez, isso influencie na escolha dos seus passos, expressão corporal e até contextos para dançá-las.<br />
<br />
Além disso, qual é a modalidade? É um folclore, rotina oriental, erudita, pop, moderna? Qual é a "roupagem" da música? Mais moderna ou "analógica"? Você acha que a leitura do shaabi abaixo deveria ser a mesma a de um pop?<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/xmvFdUXGU9A" width="560"></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QHKEofRdhEY" width="560"></iframe></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #38761d;">- Identificar os instrumentos</span></b><br />
Não é uma delícia assistir uma bailarina realizando um <a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2010/06/taqsim.html" target="_blank">taqsim</a> de violino bem executado, daqueles que você nem se mexe de tanta admiração? Pois é, alguns discordam, mas, hoje em dia, eu acho que esse tipo de leitura não necessariamente precisa ser feito com extremo rigor para que você demonstre o quanto você é habilidosa com seu corpo. Uma boa leitura musical também pode ser feita sem precisar marcar todos os acentos dos instrumentos. Aqui no blog, fiz 5 posts diferentes, falando sobre cada um deles - procura no blog <u>"Instrumentos mais comuns na DV para Taqsim"</u>. Abaixo, um lindo exemplo de leitura de instrumentos:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/76iSUKwFb9A" width="560"></iframe></div>
<br />
<a href="https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/7290/1519674823/%24mo01lljwudd" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="189" src="https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/7290/1519674823/%24mo01lljwudd" width="284" /></a>A influência e as referências que recebemos na nossa vida também irão afetar nossa maneira de ouvir e dançar; não há como dissociar nosso histórico corporal e o ambiente que vivemos da nossa expressão corporal em geral, inclusive da nossa dança (<a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2015/07/livros-sobre-danca-parte-5.html" target="_blank">como já diria Klauss Vianna</a>). Mas espero que, com essas orientações, eu tenha ajudado você a organizar os pensamentos (quem sabe até ajudar com um planejamento) na sua busca eterna por aprimoramento e satisfação com a dança e com você mesma! Depois, dá uma olhada na coluna do blog <a href="http://hannaaisha.blogspot.com.br/search/label/desconstruindo" target="_blank">Desconstruindo Leituras</a> para ver várias danças que fugiram da leitura "tradicional e previsível" que temos da DV. Aproveita e repensa também a escolha das suas músicas, lendo esses dois artigos:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2013/04/escolha-da-musica-para-dancar-parte-1.html">http://hannaaisha.blogspot.com/2013/04/escolha-da-musica-para-dancar-parte-1.html</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2013/08/escolha-da-musica-parte-2.html">http://hannaaisha.blogspot.com/2013/08/escolha-da-musica-parte-2.html</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Aqui eu dancei uma música turca e por ser relativamente monótona, me preocupei bastante com a leitura musical para que não ficasse chata:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ALM2zFt7g7Y" width="560"></iframe></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Aqui, a aula online que eu dei, falando sobre o que eu escrevi hoje:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/WKDCG_DOMIo" width="560"></iframe></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quer aprender a dançar em casa? Segue <a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2014/01/estudando-em-casa.html" target="_blank">essas dicas aqui</a>!<br />
Quer fazer aulas online? Dá <a href="http://hannaaisha.blogspot.com.br/2017/05/aulas-distancia-vale-pena-fazer.html" target="_blank">uma olhada aqui.</a><br />
<br />
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-2700769645722523272018-08-06T00:06:00.002-03:002021-01-05T01:14:45.284-03:00Alexandria<div style="text-align: justify;">
Olá!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dessa vez, iremos novamente ao Egito. Conheceremos um pouquinho sobre a ex-capital do Egito e sua segunda maior cidade em população e onde está seu maior porto: Alexandria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alexandria foi uma das cidades mais importantes do mundo e recebeu esse nome porque foi fundada pelo general grego Alexandre, o Grande. Por estar entre o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho, a cidade foi um ponto de encontro importantíssimo entre a Europa, a África e a Ásia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij8LQSKDjeqKy3omok8Il1U99UuceN1kn8RGpdj5DhF-BIHwvsu3Vz25OXOlZqF75267QL5Kkr7ke4iy-fOqyf7mb0mOtWHVJ5U_4A96POhziVzq1223M9jW0oNdgYOBiS9Qgg9w2biOQ/s1600/alexandria.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="682" data-original-width="1024" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij8LQSKDjeqKy3omok8Il1U99UuceN1kn8RGpdj5DhF-BIHwvsu3Vz25OXOlZqF75267QL5Kkr7ke4iy-fOqyf7mb0mOtWHVJ5U_4A96POhziVzq1223M9jW0oNdgYOBiS9Qgg9w2biOQ/s320/alexandria.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
É lá que se encontra uma das sete maravilhas do mundo antigo, o Farol de Alexandria; a maior biblioteca do mundo antigo, a Biblioteca de Alexandria; e uma das sete maravilhas do mundo medieval, as catacumbas de Kom el Shoqafa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após a morte de Alexandre, iniciou-se a dinastia do Ptolomeus, a qual Cleópatra (69-30 AC) foi a última da linhagem a governar o Egito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após alguns séculos de altos e baixos, Alexandria ressurgiu como grande metrópole à época das Cruzadas por conta do comércio com os aragoneses, genoveses e venezianos, tornando-se o centro da distribuição de especiarias nos séculos XIV e XV. Maomé Ali reconstruiu a cidade no século XIX, após seu declínio comercial no século 16. No século XIX, o exército britânico instaura o protetorado britânico sobre o Egito, que só acabará no meio do século 20.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, Alexandria é um importante centro industrial por causa do gás natural da cidade e dos poços de petróleo e é a principal estação de veraneio e atração turística, devido às suas praias públicas e privadas, além dos museus e sítios arqueológicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das principais atrações turísticas que começa todos os anos na cidade é o "Cross Egypt Challenge", iniciado em 2011. É um rally cross-country internacional de motocicletas e scooters realizado nas trilhas e estradas mais difíceis do Egito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você já faz parte do mundo do Folclore Árabe, com certeza, já ouviu falar sobre essa cidade e sobre as danças portuárias <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2014/02/mambouty-danca-dos-pescadores-e.html">Mambouty</a> e <a href="https://hannaaisha.blogspot.com/2016/09/danca-meleah-laff.html">Meleah Laff</a>. Nesse vídeo, eu e Eliza Fari representamos uma situação do porto de Alexandria, em que o marinheiro recém-chegado e bem feliz por retornar à sua terra natal, avista uma bela egípcia, onde juntos, passam a flertar um com o outro:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/81OwTtceEfY" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E aqui, um documentário super legal:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="321" src="https://www.youtube.com/embed/weDf9vhiHkM" width="386" youtube-src-id="weDf9vhiHkM"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><i><div style="text-align: right;"><i>Fontes: <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandria">Wikipedia</a></i></div></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-52037445273001869522018-06-25T11:35:00.001-03:002021-01-05T01:21:46.805-03:00Banca em concursos<div style="text-align: justify;">
Oie!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7DS7hMgHVplzHo34Q9NDv8iqGKe3iLey-5nYjyNGQIsWPiai39_iJnRBSsi2aOkcg-iBJopf4C5G_Nxkk5kya_326Y-tpNx8Wkg9VI5gOJXFNRQ7cY98qcNxrDzpc-Oig10Kr7poU5qc/s1600/evolu%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="906" data-original-width="960" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7DS7hMgHVplzHo34Q9NDv8iqGKe3iLey-5nYjyNGQIsWPiai39_iJnRBSsi2aOkcg-iBJopf4C5G_Nxkk5kya_326Y-tpNx8Wkg9VI5gOJXFNRQ7cY98qcNxrDzpc-Oig10Kr7poU5qc/s320/evolu%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muita gente acha que é status ser banca de algum concurso. Apesar de, na grande maioria das vezes, as(os) bailarinas(os) não ganharem dinheiro por isso, ainda sim, ser convidada(o) para dar algum parecer para os participantes soa glamoroso. Todos nós sabemos que ser jurado de determinados eventos não quer dizer nada, mas podemos dizer que sim, ok, dá algum status pois, afinal, o produtor está confiando em você para determinar quem "é melhor" de um momento, comumente, muito importante para os concorrentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não vim falar sobre concursos em si pois já falei sobre isso no blog (Vai lá dar uma olhada <a href="http://hannaaisha.blogspot.com.br/2009/02/injustica-de-concursos.html">aqui </a>e <a href="http://hannaaisha.blogspot.com.br/2011/06/injustica-dos-concursos-2.html">aqui</a>!). Vim falar sobre o que é estar de frente para o palco.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jurado pode errar sim, mas pense que é difícil julgar em 3 ou 4 minutos vários quesitos ao mesmo tempo; dar nota baixa pra alguém que você goste ou nota alta para alguém que você não goste tanto do trabalho, mas que naquele momento estava muito bem!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div>
Me preocupo sempre com a repercussão negativa que meus comentários podem gerar. Porque sim, DÁ para ser injusto de várias maneiras: escolha dos quesitos, notas quebradas, soma das notas, editais pouco claros, pouco tempo de conversa entre os jurados por conta de erros despercebidos...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div>
Mas uma coisa eu não abro mão: se você foi para concorrer e ser avaliado, você deve estar preparado para ouvir críticas, que quase 100% das vezes são construtivas. Afinal, por que você se inscreveu para participar de um concurso? Qual seu objetivo na Dança do Ventre? Apresentar boas performances, dançar para você ou despertar a Deusa Interior? Se for esta última, ótimo, mas só não perca a cabeça em um concurso porque as coisas são e devem ser diferentes.</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div>
Continuo apoiando e incentivando todos a participarem de concurso. Eu, particularmente, enjoei um pouco de participar. De qualquer maneira, é visível o quanto as pessoas estão estudando para melhorarem tecnicamente e no embasamento da dança, principalmente, no quesito Folclore Árabe.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Agora, sabemos que, infelizmente, nem todos sabem ser jurados e nem possuem competência para isso. Ser boa bailarina não lhe torna boa jurada. Fora as coisas sem sentido que podem aparecer na sua avaliação. Os jurados ainda são heterogêneos em conhecimento, alguns têm medo de ficar mal com a professora das concorrentes... ou não sabem avaliar mesmo.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Uma boa dica, é evitar sair muito do clichê, caso você tenha interesse em <u><b>ganhar</b></u> algum concurso. Não tem jeito, é o jeito mais <b style="text-decoration-line: underline;">fácil</b> (não quer dizer que será o melhor), justamente por conta do que eu disse acima. O que não significa que você não pode ousar e fazer bonito, mesmo em concurso! </div>
</div>
<div>
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Esse post não é direcionado a ninguém, nunca recebi reclamação sobre minhas avaliações, nada disso, pelo contrário. Costumo receber positivos retornos sobre minhas avaliações, felizmente.<br />
<br />
Permita-se ser avaliado em um concurso e sentir essa emoção! E, mais do que ser avaliado em um concurso, permita-se ser avaliado por alguém eventualmente e, com isso, ir recebendo orientações, à medida que você vai evoluindo!<br />
<br />
Aqui é o vídeo do penúltimo concurso que participei como solista, em 2013 (não ganhei nada mas adorei o resultado final mesmo assim):<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QHJGAIRHyZM" width="560"></iframe><br />
<b><br /></b>
<b>Para quem ainda não sabe, faço avaliações online:</b><br />
<a href="http://hannaaisha.blogspot.com/2017/05/aulas-distancia-vale-pena-fazer.html">http://hannaaisha.blogspot.com/2017/05/aulas-distancia-vale-pena-fazer.html</a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-76678194575714771402018-05-21T09:10:00.000-03:002018-05-21T14:59:16.030-03:00Desconstruindo leituras (21)<div style="text-align: justify;">
Como pegar uma música com uma leitura super clássica e conseguir deixá-la tão linda? Kahina consegue! Pura inspiração!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/BkAbVyEGSvI" width="560"></iframe></div>
</div>
<br />
Bauce kabira,<br />
Hanna AishaHanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8335768828074135132.post-34768211691691972252018-04-16T10:23:00.001-03:002021-01-05T01:18:56.760-03:00Como não se perder sendo aluna iniciante de Dança do Ventre<div style="text-align: justify;">
Olá, queridos leitores!</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigv1VyYlWLZVdmUF-Aazk6XnD0yFboXtrOgICsL84c_FCofouwNIav-TG2BJOXFoLnFTJqbTNkSSZJFJr8N6KSKxxMQd4u_xMhV-_ANBeJtPM_p7EMloia8ec6hMhGj5Gb0MSGueSbUKU/s1600/HAR1550.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1063" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigv1VyYlWLZVdmUF-Aazk6XnD0yFboXtrOgICsL84c_FCofouwNIav-TG2BJOXFoLnFTJqbTNkSSZJFJr8N6KSKxxMQd4u_xMhV-_ANBeJtPM_p7EMloia8ec6hMhGj5Gb0MSGueSbUKU/s320/HAR1550.jpg" width="212" /></a></div>
<br />
Ao sermos apresentados ao mundo paralelo da Dança do Ventre e do Folclore Árabe (vai me dizer que não é paralelo à realidade?), corremos o enorme risco de nos deslumbrarmos diante de tanta música, brilho, maquiagem, figurino e belas bailarinas e belas danças. Eu já fui aluna e sei muito bem o que estou dizendo! Queria poder comprar milhões de brincos, maquiagens, CDs, DVDs, figurinos, acessórios... não aconteceu o mesmo com vocês?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você está sendo orientado por uma profissional séria e honesta e se você permitir que ela emita opinião, ela te orientará sobre o que você precisa investir no momento: aulas, DVDs, figurinos... Caso ela te repreenda carinhosamente, dizendo que você não precisa comprar tal coisa mas outra (ou nada!), não fique triste: tudo tem seu tempo! E sim, quem vos fala é uma pessoa muito ansiosa, eu te entendo! Não adianta querer fazer o workshop com a Kahina se você não consegue se sustentar por 15 segundos em uma meia ponta ou fazer o workshop com a Nur se você nem acertou seu básico egípcio! Muito menos gastar R$ 1.000,00 em um figurino, se você nem tem perspectiva de dançar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não, não quero arruinar o mercado da DV. Pelo contrário. Mas, acho que vale a pena tentar redirecionar a clientela e ajudar as meninas que estão meio perdidas a não perderem dinheiro à toa. Porque tem cliente e vendedor para tudo, eles só precisam se encontrar!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Particularmente, para meninas iniciantes, eu acredito que existam temas na DV que precisam ser ensinados assim que elas adquirirem aquele mínimo de dissociação corporal para que se comece um trabalho mais direcionado. E nunca, nunca mesmo subestime-as. Eu nunca fiz isso, acredite nelas! Por exemplo, folclore, meia ponta e ritmos não são temas de nível intermediário para cima. Acho, inclusive, que são trabalho de base, assim como os oitos e shimmie. Vou explicar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém precisa colocar as meninas que estão começando agora para deslocarem como bailarinas clássicas, dançarem Zar ou discutir quais os ritmos presentes na Dabke. Não! Mas não há motivo para não ensinar sustentação aliado a trabalho de core, a apresentar a Dança Balady ou "a pisar no dum" durante o maqsoum (que costuma ser o primeiro ritmo dado e que você nem precisa fazê-las gravar esse nome inicialmente).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aprender a usar o abdômen ajuda a dar equilíbrio, entender a Dança Balady é entender uma parte da origem da Dança do Ventre (e a dançá-la!) e "pisar no dum" ajuda a ganhar ritmo e coordenação motora. O que vem depois disso, é apenas uma questão de aprofundamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu acredito que certas etapas deveriam ser dadas o mais rápido possível (quase obrigatoriamente) para que a base delas se estabeleça e se desenvolva com qualidade. Porque o resto que virá depois será apenas a cereja do bolo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quer saber mais sobre isso?</div>
<div style="text-align: justify;">
Saiba <a href="http://hannaaisha.blogspot.com.br/2017/05/aulas-distancia-vale-pena-fazer.html">mais informações sobre aulas particulares online</a> que estou oferecendo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Espero ver você conectada comigo!</div>
<div style="text-align: justify;">
Bauce kabira,</div>
<div style="text-align: justify;">
Hanna Aisha</div>
Hanna Aishahttp://www.blogger.com/profile/09582816717291023786noreply@blogger.com0