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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Qual a importância de se fazer outro tipo de atividade física, paralela à dança?

Costumo escutar de muitas bailarinas profissionais as seguintes frases: “Caramba, eu dançava 5 minutos de said tranquilamente, agora danço 2 minutos e morro!” ou “Girar sem ficar tonta ou sem me desequilibrar nunca foi tão difícil” ou “Quando acabo de dançar sinto dor nas costas, joelho...” ou "Não tenho mas folego para dançar em restaurante”.

Se a dança do ventre já é uma atividade física, por que é importante fazer mais uma atividade?

Se formos pensar pelo lado de que precisamos fazer uma atividade física por conta da nossa saúde, fazer aula de dança duas vezes na semana seria suficiente para manutenção e qualidade de vida, certo?!

Minha resposta é não!

O nosso maior público de alunos são mulheres, que, ao longo dos anos vão perdendo cálcio, massa óssea, massa muscular, assim como, vamos perdendo, gradualmente, alongamento. Nosso metabolismo também desacelera, facilitando o aumento de peso. Será que só a dança do ventre ajudaria na perda de peso, na manutenção ou no ganho de massa muscular? E o alongamento? E o cálcio e colágeno que perdemos? A dança do ventre consegue repor o que estamos perdendo?

Pergunto a vocês, uma atividade física paralela à dança não ajudaria?

Vou começar a falar da academia que eu sei que a maioria não suportaaaaa! Sinto informar que ela faz bem e seu corpo agradece (rs)! Se fortalecermos nossas pernas (todos os músculos do MMII), estabilizamos os joelhos e isso nos ajudaria no equilíbrio, nos agachamentos que fazemos nos folclores árabes, sem contar (agora é a fisioterapeuta falando - rs) que, fortalecendo as pernas, diminui o atrito articular, ou seja, diminui o desgaste articular que acontece normalmente ao longo da vida. Se a dor no joelho era algo frequente na sua vida, tenha certeza que a dor vai diminuir ou acabar. O treinamento de força máxima na musculação pode melhorar a densidade mineral óssea e desempenho neuromuscular, além de prevenir osteoporose.

Pilates... Ah o pilates! Quem faz se apaixona (sou suspeita pra falar). No pilates, trabalhamos alongamento e força e possui os mesmos benefícios da academia, porém não hipertrofia e essa é a grande diferença entre pilates e academia. Se seu objetivo é ganhar volume, ficar com aquela coxa bem grossinha não é o pilates que você deve fazer. Porém, se seu objetivo é ficar com aquela perna fortinha e definida, vem pro pilates que você vai se dar bem!

Só estou falando de perna né?! Quem não suporta ver o braço mexendo naquele momento master do solo de percussão, levanta a mão! Então, bora fortalecer os braços também, minha gente! 

“Ah, mas eu não tenho força no braço, não consigo levantar 3 kg no halter”. Querida, força se ganha praticando, você não teve que treinar seu shimmie pra consegui soltá-lo? Com o seu braço, vai ser a mesma coisa, tem que treinar.

E o alongamento, Adrielli? Já se perguntaram o por quê de não conseguirem fazer aquele redondo grandão, descendo o tronco, quase encostando a cabeça no chão? Você pode estar com os seus músculos posteriores da perna encurtados e um bom alongamento ajudaria e muito nas suas performances. E o cambrê? Aaaaah, o cambrê! Pra se executar um bom cambrê, é importantíssimo fortalecer os músculos paravertebrais, porque se não estiverem fortalecidos, além da dificuldade de executar o cambrê, tenha certeza que você vai sentir dor nas costas.

Acreditem, fazer uma atividade física em paralelo à dança do ventre só irá trazer benefício a você, além de melhorar ainda mais sua qualidade de vida. A dança do ventre é uma dança incrível, pois nela trabalhamos nossa frequência cardíaca por ser uma dança aeróbica e fortalecemos muito nosso assoalho pélvico, porém ela não é uma atividade “completa”.

Então essa é minha dica para vocês meninas: pratiquem outro tipo de atividade física paralela à dança do ventre e torne a sua dança ainda mais linda!

Adrielli Brites
adriellibrites@gmail.com

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Comecei minha vida na dança aos 9 anos de idade. Aos 16 anos, me sindicalizei e comecei a dar aulas. Tenho formação de jazz, ballet clássico e dança do ventre. Minha paixão pela dança fez com que eu sempre tivesse vontade de aprender mais e, em 2012, comecei minha graduação em dança na Univercidade da Cidade. Só a graduação em dança não foi o suficiente e descobri o quanto sou apaixonada pelo corpo humano e suas inúmeras formas de se movimentar. Hoje estou cursando fisioterapia na Universidade Unisuam.
Atualmente, dou aula de pilates, Neo pilates, Bellyflex e Dança do Ventre.