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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Desconstruindo leituras (12)

Uma leitura diferente de Oum Khoulsoum sempre é ousado para as mais tradicionais. Mas não significa que não seja bem-vinda!


Bauce kabira,
Hanna Aisha

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Estereótipo x Aprofundamento

No ano de 2012, refleti muito sobre meu papel como professora e bailarina e na verdade, ainda não cheguei em uma conclusão muito clara sobre que quero para mim na Dança do Ventre. É muito evidente para mim mesma que trabalho muito e busco aprimorar minha técnica no geral (expressão, figurino, etc estão incluídos) e que passo isso para quem tem aula comigo. Assim, como procuro saber muito sobre a cultura, acompanho o trabalho de várias bailarinas, enquanto outras são fontes minhas de estudo... mas, e daí? Quem realmente se importa se said é balady, se o ritmo é masmoudi ou se Dança Tribal não é Dança do Ventre?

Nós mesmas! Porque o povo, quer mesmo é ver isso aqui:



Daí, me veio a pergunta: para quem eu quero trabalhar e realmente ganhar dinheiro e ficar satisfeita emocionalmente? Pro povão ou pra bailarinada? Essa pergunta faz parte do seu autoconhecimento e dos seus objetivos dentro da dança que toda bailarina deve manter para permanecer no mercado.

Não sei. Talvez eu prefira o meio do caminho e por mais que em todos os meus shows, eu dê uma programação explicando as danças, sempre que existe uma abertura, eu falo sobre o assunto, porém não sei até onde o povo quer aprender sobre cultura e danças árabes. Daí minhas dúvidas até hoje.

A coisa mais estereotipada que fiz foi uma coreografia para a filha da minha amiga e acho que para criança, combina bem:


Mas, afinal, quem está ganhando mais dinheiro, não é mesmo? Porque para ganhar dinheiro com o povo você não precisa de um figurino da Simone Galassi nem fazer workshop com Gamal Seif. Mesmo.

Pra pensar.
Bauce kabira,
Hanna Aisha

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Giros

Texto revisto e atualizado em 30/08/19

Olá, giradoras!

O que é a Dança do Ventre sem os giros, não? Eles são quase movimento obrigatório na DV, atualmente. Aliás, quanto mais giros, parece que é melhor. Eu discordo disso, mas colocar os giros em momentos adequados da música e sem exagero, cai muito bem sim. Existem vários tipos de giros e quem os usa de forma rápida e excessiva (quase impressionante), são as bailarinas com estilo libanês:



Nesse vídeo, a Elis Pinheiro utiliza de inúmeros tipos, vamos identificá-los um a um: a) giro utilizado normalmente em entrada de rotina para marcar alguma nuance (0:35-0:49); b) nessa parte, pedia um giro mesmo, mas ela utilizou uma marcação menos comum (1:09-1:16); c) giros como emenda de movimentos, contratempo ou mudança de ritmo (1:18-1:22); d) giro comum (4:08-4:12); e) giro com braços alternando pra cima (4:45-4:51);  fora todos os giros para mudança de direção.


Amani (7:40-8:00), com seu giro "borboleta" interminável, muito utilizado pelas bailarinas em geral, porém com mais vigor e por mais tempo pelas libanesas (como ela), inclusive as brasileiras do Omar:


Aqui nesse vídeo, utilizei bastante pequenos giros, normalmente para marcar transições de frases:


Velocidade e precisão podem fazer diferença em uma performance por conta do impacto, mas acho que, para isso, o ideal é fazer outra dança como ballet/jazz ou trabalhar exaustivamente piruetas, por exemplo.

O que preciso fazer para ter giros equilibrados? Muito treino, segurança e equilíbrio. Você nunca ouviu aquela estória de fixar um ponto à sua frente e tirar a cabeça por último e fazê-la chegar primeiro durante seu giro? Então, esse é um bom começo. Você pode começar fazendo com os pés grudados no chão e bem devagar. E o que preciso fazer para ter os giros mais precisos e rápidos? Daí, eu te pergunto de volta: você quer realmente fazer isso para chamar a atenção? Se sim, procure alguma profissional que saiba fazer isso muito bem para instrui-lo e try hard. Boa sorte!

Bauce kabira,
Hanna Aisha