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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Oum Khoulsoum - A alma na voz

Artigo escrito por Jasmin Jahal em 2000
Tradução: Lulu Sabongi em 2003

Resultado de imagem para oum kalthoumQualquer pessoa que conheça alguma coisa sobre música árabe, conhece o nome Om Koulsoum. Esse nome é provavelmente o mais famoso dentre todos os nomes árabes ligados ao canto no mundo árabe. Om significa mãe em árabe. Usando neste contexto é como se fosse um apelido, mas neste caso em especial, é o nome real de uma mulher que foi a "mãe" das mais conhecidas e amadas canções árabes de todos os tempos. Você pode encontrar diferentes formas de grafia para este nome. Algumas vezes, Om é pronunciado como Um, Umn, Oum ou Omn. Koulsoum pode ser visto como: Kulthum, Kalsoum ou Khalthoum. Todas estas são versões fonéticas do mesmo nome.

Om Koulsoum nasceu numa pequena vila, vinda de uma família simples, em 1904. Ela aprendeu a cantar em casa com seu pai, que era o líder religioso da mesquita local e suplementava seu magro rendimento se apresentando em casamentos e outras celebrações acompanhado de seus dois filhos, Om e seu irmão. Os três sempre trabalhavam juntos. Em virtude de sua juventude e sua voz forte e excepcional, Om logo se fez notada e se transformou em atração especial dentro do trio, por vezes, fazendo a abertura das apresentações. Com o passar do tempo, a família viajou mais longe e conseguiu aumentar seus preços para contratações. Ainda mesmo com o sucesso, a família relutava em ir para o Cairo, apesar de muitas pessoas encorajarem Om a levar sua carreira à frente na cidade, que era e é, até os dias de hoje, o centro dos negócios para a indústria do entretenimento. Finalmente, a família se mudou para o Cairo em 1923, quando Om contava com 19 anos.

Sua voz foi imediatamente notada e aclamada pela imprensa, mas tendo sido considerada ainda sem instrução, uma pedra preciosa a ser lapidada. Om partiu em estudos, com diversos professores de música assim como poetas e a própria sociedade. Estudava para seguir os passos e as formas de comportamento de sua época tomando, por exemplo, as senhoras de elite, que eram seu público cativo em casas particulares onde ela se apresentava. Logo se tornou amiga daquelas pessoas que a contratavam e iniciava, assim, um novo momento em sua carreira.

Na primavera de 1926, Om Koulsoum contratou, pela primeira vez, músicos profissionais para acompanhá-la cantando e eles, então, tomaram o lugar de sua família. Por volta de 1928, ela elevou-se ao topo dentro do ranking dos cantores profissionais do Cairo.

Durante os anos 20 e 30, ela esteve na TV gravando comerciais que lançaram seu envolvimento, que duraria por toda a vida, com a mídia em massa.

Seus anúncios comerciais lhe ofereceram segurança financeira e conforto e, então, Om pôde ser seletiva acerca de suas oportunidades para se apresentar e aceitava apenas o que lhe interessava. Ela foi uma sábia mulher de negócios, dispensando seu agente e tomando, em suas próprias mãos, a organização e decisão de seus contratos profissionais. Ela cultivou, cuidadosamente seu público, que incluía um vasto número de ouvintes, sentados em casa ou em lojas, perto dos rádios, o que a transformou numa figura familiar para todos eles.

A época dourada dela aconteceu nos anos 40 e 50. Seu repertório se expandiu das canções românticas modernas para trabalhos neo-clássicos, baseados em costumes historicamente árabes, envolvendo nas composições música e poesia, recontando a vida. Esta música foi considerada genuinamente árabe e se tornou extremamente popular.

Problemas de saúde perseguiram Om Koulsoum toda a sua vida, afetando seriamente sua carreira em 1946. A preocupação com sua voz, a levou a sofrer de depressão e esta se agravou no ano seguinte com a morte de sua mãe, irmão e um sério rompimento amoroso. Em 1949, ela passou a apresentar problemas com seus olhos, agravados pela forte iluminação nos palcos e na televisão. Finalmente, ela decidiu usar óculos escuros para suas apresentações em público. Seguiu-se então um longo período em que sua saúde esteve comprometida e isto durou até 1955. O público considerou com compaixão seu afastamento, aceitando que sua estrela imutável era, de fato, um ser humano. Um dos nomes atribuídos à ela durante a vida foi "Kaukab al Shark" que significa Estrela do Oriente - observação feita por Omar Naboulsi durante a tradução deste artigo. Durante esta fase, no lugar de ser esquecida, ela se tornou ainda mais querida pelo público fiel e amoroso que acompanhava sua história.

Por esta época, Om iniciou sua parceria com o premiado compositor Mohamed Abdel Wahab. Em 1964, eles produziram aquela que seria uma de suas mais conhecidas canções no mundo todo, "Ente Omri". Esta foi a primeira das dez canções que Mohamed Abdel Wahab escreveu para Om Koulsoum.

Durante os anos 50 e 60, ela expandiu sua atuação, transformando-se em porta voz de diversas causas ligadas à arte e à música, e entrou para a vida pública. Ela solicitava ajuda governamental para a música e os músicos atuantes no Egito. Depois da guerra de 1967, ela iniciou uma série de concertos dentro e fora de sua terra para angariar fundos para sua causa. Viajou extensivamente dentro do Egito e no mundo árabe, coletando contribuições e doando os resultados obtidos para o governo egípcio. Ela se tornou então conhecida como a voz e o rosto do Egito.

Seus problemas de saúde se agravaram muito com a idade e sua condição geral se deteriorou drasticamente em 1971. Seu último concerto aconteceu em dezembro de 1972. Em janeiro de 1975, Om Koulsoum sofreu uma crise renal que a levou à morte em 3 de fevereiro daquele ano. Milhares de egípcios entristecidos acompanharam seu funeral.

Diz-se que seu repertório completo contava com cerca de 280 canções, com os temas mais variados, envolvendo amor, patriotismo, religião e natureza. Usava tanto o árabe clássico quanto o coloquial. A maioria delas é tão famosa hoje quanto era quando sua intérprete estava entre nós e as apresentava para as multidões. Algumas das mais famosas para nós bailarinas são: Alf Leila we Leila, Ana Fintezarak, Ente Omri, Fakarouni, Leilet Hob e Lessa Faker.

É de máxima importância para qualquer bailarina oriental profissional conhecer, ao menos, um pouco sobre a diva da música árabe, Om Koulsoum. Para estudos posteriores, vale a pena procurar por todas as diferentes grafias de seu nome. Uma referência maravilhosa é o site http://www.almashriq.com


Bauce kabira,
Hanna Aisha

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tarkan

O que esse cantor turco, que não canta músicas para Dança do Ventre, tem que faz a gente delirar?

Aqui uma pequena biografia retirada do site do fã-clube brasileiro:

"Tarkan é um enorme sucesso na Turquia. Seus álbuns vendem milhões de cópias regularmente.

Nascido em Alzey, próximo a Frankfurt, em 17 de Outubro de 1972, Tarkan Tevetoglu cresceu na Alemanha. Em 1986, quando seu pai decidiu voltar com a família para a sua terra natal na Turquia, Tarkan começou a estudar música clássica turca em Karamüsel. Sua família se mudou para Istambul em 1988, onde ele completou seu ensino médio e continuou as aulas de música. Sua estrada para a fama começou quando ele se recusou a voltar para Karamüsel com sua família e decidiu permanecer na cidade e se preparar para os exames de entrada na universidade, em 1990.

O comentário mais ouvido em 1991 é que este foi "O ano do destino". Apto para passar nos exames, e apenas achando pequenos trabalhos musicais, Tarkan estava propenso a voltar para a Alemanha. De qualquer forma, este ano ele conheceu o produtor musical Mehmet Sögütoglu que o contratou pelo seu selo, Istanbul Plak, o que resultou no seu primeiro álbum, em 24 de dezembro de 1992.

Seu álbum de estréia, "Yine Sensiz" (Sem você de novo), vendeu 750.000 cópias. E ultrapassaram um milhão quando foi relançado como CD em 1993. Seu segundo álbum, "A-acayipsin" (Você é única) vendeu mais de 2 milhões de cópias na Turquia e 750.000 na Europa. Esta foi a primeira vez que isto aconteceu com um artista turco.

Em 1994, Tarkan passou um tempo nos EUA para aprender inglês, e foi onde conheceu Ahmet Ertegün (turco fundador da Atlantic Records). Ertergün apoiou Tarkan em sua carreira americana desde então.

Em 1997, após uma intervalo de três anos, Tarkan lançou seu terceiro álbum em turco Ölürüm Sana (Eu morreria por você) e os shows que o seguiram lotaram o Hipódromo em Londres, o Bataclan em Paris e o Arena em Berlin. Este álbum quebrou todos os recordes de venda na Turquia. Ele vendeu 3.500.000 de cópias. Quando o single de trabalho "Simarik" foi lançado na Europa em 1999, alcançou o primeiro lugar na Bélgica e o terceiro na França, Suíça e Alemanha. Depois deste sucesso, foi compilado e lançado um álbum para a Europa chamado "Tarkan".

Tarkan ganhou vários prêmios, inclusive o disco de ouro pelo single "Simarik" pela Cannes Midem e Universal Alemã e um World Music Award em Mônaco no mesmo ano pela compilação do álbum "Tarkan". Em 2000, seu álbum "Tarkan" foi lançado nos EUA pelo selo Universal Latina.

Dando continuidade aos seus trabalhos em turco, em 2001 lançou o CD "Karma" e no verão de 2003, "Dudu" (Mulher), fortalecendo sua popularidade no mercado nacional.

Ele foi a face da Pepsi na Turquia e o mascote oficial da Seleção Turca de Futebol durante a Copa do Mundo de 2002. Ele também lançou sua própria fragância: "Tarkan", no início de 2004.

Durante 1999-2000, ele ficou relativamente em silêncio fora da Turquia. E durante este "recesso", muitos artistas fizeram versões covers da sua música "Simarik", inclusive Stella Soleil nos EUA e Holly Valance na Inglaterra.

Ele quebrou seu silêncio em 2006 com "Come Closer", seu tão esperado primeiro álbum em inglês, criando uma nova geração de fãs fora da Turquia, desde a era de 1999.

Em termos de vendas e popularidade, Tarkan é a maior estrela da última década na Turquia, espalhando seu sucesso através do mundo. Suas músicas se tornaram referência para a nova música pop turca e sua imagem é sinônimo de sucesso para todos os tipos de propagandas.

Ele é o primeiro megastar turco."

Para quem quiser saber mais:

http://www.tarkanbrasil.com.br/
http://www.tarkan.com/

Esse é meu vídeo e música preferidos:


Bauce kabira,
Hanna Aisha