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sábado, 20 de setembro de 2014

Show "Líbano, qual é o seu estilo?"

Meu intuito na montagem deste evento é reunir amigas e amigos da dança, conhecer e reconhecer seus estilos, divulgar artistas, talentos e trabalhos desenvolvidos.

Meu sonho é afirmar e confirmar que meu estilo, em particular, está e sempre estará em desenvolvimento.

Ninguém precisa ser “igual a” ou “seguir a”. Todos somos únicos e esta é minha maior crença.

Por que Líbano? Bem... ao entrar em contato com o estudo do Folclore Libanês apaixonei-me e achei-me em Casa, à vontade, feliz, rindo como nunca eu ri. Fiz amigos e companheiros com quem estudo e me desenvolvo em conjunto.

Conjunto, união, mãos dadas e ajudar quem escorrega, este Espírito do Dabke me tomou de um jeito que me emocionei ao me ver firmar os passos, unir-me a terra, segurar forte nas mãos de meus companheiros.

Este é o Show Líbano, de mãos dadas, firmados no Direito de sermos simplesmente felizes em nossa arte, de comemorarmos e sorrirmos juntos e na individualidade de cada um.

Esta que se tornou minha Casa, bem aqui dentro de mim, está de portas abertas para quem quer que se chegue, afinal, na Roda da Vida, como na Roda do Dabke, um grupo jamais se fecha.

E que venham mais amigos, companheiros, mais compartilhar, unir e destribuir! 

Este é o Espírito do Espetáculo Líbano. Tantos talentos, tantos espaços por se abrir, tanto trabalho a se mostrar, compartilhar e a se aprender a respeitar...

Há sempre um lugar, há sempre um espaço, sempre cabe mais um nesta Roda da Vida que jamais se fechará!

Eis estas mãos para se dar! Eis Peito e Coração abertos neste COMPARTILHAR!

Só tenho a agradecer a cada um que se fez presente! Só tenho a agradecer porque a Existência me abriu este Caminho que se chama Dabke e me colocou nas mãos de pessoas além de confiáveis!

Vem você também celebrar nesta Casa que se constrói e reconstrói a cada chuva ou ventos que os desafios da Vida nos trazem!

Sim, tenho amigos, vizinhos e companheiros nesta Vila chamada Terra, que me honram ao subir neste meu frágil telhado, de mãos dadas, sorrindo e dançando, fechando cada furinho, cada rachadura que o Amadurecer nos abre!

Hoje são vocês no meu Telhado, amanhã estarei eu nos seus, se assim o desejarem!

Eis minhas mãos, amigos e companheiros, é tudo o que temos!

YALLAH CHABÉB!!! YALLAH SABÁYA!!! YALLAH DAKBE!!!!

Minha Vida! Minha Alegria! Minha Inspiração!

AIWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!

Informações em smirna.staff@gmail.com

Por Smirna
DRT 40.046 RJ - SPDRJ 8539
Iniciei meus estudos de Dança Oriental e Folclore Árabe em 2005 a partir da vontade de me reconhecer como Mulher que, com o tempo, passou a ser uma verdadeira História de Amor.
Sou Artista Bailarina reconhecida pelo Ministério do Trabalho, sindicalizada e aprovada no Curso de Qualificação de Instrutores de Dança, que foi conduzido pela professora e bailarina Samra Sanches.
Minhas primeiras mestras foram Gisele Duarte e Yasmin Rajal da eterna escola Alquimia Espaço de Dança. Com a viagem de Gisele para o Oriente Médio, tornei-me aluna de Luciana Midlej e Melinda James.
Senti, aos poucos, vontade de aprofundamento e busquei os cursos de formação de Lulu, e diversos workshops de mestres nacionais e internacionais como Gamal e Khaled Seif, Orit Maftzir, Raqia Hassan e Soraia Zaied.
Procuro manter-me atualizada através dos cursos e workshops que se abrem no Rio de Janeiro, tais como os de Aziza Mor, Ju Marconatto, Nur, Hanna Aisha, Mahaila el Helwa, Jade el Jabel, Kahina, Ariella Dance, Amanda Alexandre, Esmeralda Dance, Carla Silveira, Zahra Li, Fabrício Dabke, Samra Sanches e Nadja el Balady.
Participei do curso de Direção e Preparação Artística com Jorge Sabongi 2013.
Últimos estudos até este momento com Mestre Libanês Tufic Nabak e turma regular de Dabke com Fabrício Dabke.
Atualmente faço parte do Grupo de Dabke AL RAED, sob a direção de Fabrício Dabke.
Penso que minha curiosidade em aprender não tem limites, então nunca paro de estudar e de me atualizar.
Estudo sempre porque desejo aprimorar minha própria metologia de ensino, partindo da observação do corpo, da mente e do Sentir.
Meu Caminho não tem espaço para metas ou alvos, simplesmente é o considero-me uma eterna aluna e assim desejo Ser por todos os meus dias.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Estilo brasileiro de Dança do Ventre?

Eu ouvi de uma bailarina, que o estilo brasileiro de DV estava surgindo mas nunca havia parado para pensar como e por quê, acho que não prestei muita atenção na época. Alguns anos depois, Hossam Ramzy diz que, atualmente, as melhores bailarinas de DV são brasileiras [nossos egos inflam]. Por quê será que ele disse isso? [não perguntei porque não cabia na hora, apesar de ter ouvido isso ao vivo]

Coloquei aqui uns vídeos tentando representar cada uma das cinco partes do nosso país continental para pensarmos juntas nessa história. Gente, não preciso dizer que é difícil escolher vídeos muito representativos. Nós sabemos que existem diferentes trabalhos dentro de uma mesma região, mas vou colocar vídeos que eu gostei. Sem estresse.

Representando o sudeste, escolhi a Kiania (SP) para representar a DV que a galera tem tendenciado a fazer:


Para representar o sul, coloquei um vídeo da Vanessa Castro (PR), trabalho que eu costumo gostar de ver porque sua leitura me agrada:


Para representar a região norte, escolhi a Adriana Amazonas (AM):


Para o centro-oeste, escolhi a Dunia (DF)! Adoro!


E, finalmente, para o Nordeste, escolhi a Nuriel el Nur (RN):


O que será que há em comum entre todas nós, brasileiras: beleza, carisma, quadril solto, desenvoltura? 

Como a Daiane Ribeiro escreveu em seu blog, se "a dança do ventre não é um patrimônio nosso, devemos ser realmente uma cópia fidelizada das egípcias? Há necessidade de mantermos um bom senso, de nos esforçarmos para manter essa identidade original?" Acho que podemos (não sei se devemos) criar uma identidade própria, pois nosso maior público está aqui e inevitavelmente, como a Vivi comentou lá, a DV ganha elementos culturais de acordo com o lugar onde se estabelece (você já leu a tese de doutorado da Roberta Salgueiro?). De quê adianta apresentar algo tão genuíno se o público para o qual você trabalha pode não se identificar (e, provavelmente, com isso, não ficar atraído)?

Porém, a necessidade de entendimento da cultura árabe deve se mantida, pois é nela que nos inspiramos para passar um trabalho sólido, tanto na sala de aula quanto no palco, já que o conhecimento bem estruturado nos dá segurança e liberdade de modificarmos o que nos interessa, a fim de criarmos nosso próprio estilo.

Você acha que existe um estilo brasileiro? Fique à vontade para opinar!

Bauce kabira,
Hanna Aisha