Siwa é um oásis que fica na parte oeste do Egito, a 67 quilômetros da borda com a Líbia e a 10 horas de ônibus a partir do Cairo e, até pouco tempo, ninguém entrava sem uma permissão especial. Levou mais de mil anos para que o oásis ficasse sob o controle do governo do Egito, o que ocorreu em 1819. Os siwans, são os únicos nativos berbéres que se mantiveram independentes após o declínio do Oráculo do Amun.
A cultura de azeitona e tâmara é a sobrevivência principal desse povoado há centenas de anos e a abundância de água atraiu muitos estrangeiros. Hoje, o turismo e o artesanato também contribuem para a economia local. Palmeiras de tâmaras e construções de lama são a principal paisagem desse oásis.
O povoado original de Siwa são bérberes cuja língua nativa não é o árabe. Bérberes são pessoas que moraram no norte da África antes da chegada dos árabes e do Islam. Suas tradições e estilo de vida são diferentes da maioria dos egípcios, mais parecidos com a cultura líbia. Eles falam Siwi, que está relacionado a línguas bérberes como as da Líbia, Algéria e Marrocos. Hoje, a língua possui influência do árabe e alguns falam inglês por conta do turismo.
Os siwans são divididos em sete tribos e cada grupo possui seu próprio shaikh, que media disputa de terras e assuntos legais, com punições que incluem de espancamento a banimento da tribo.
Da infância até o casamento, as meninas usam longos vestidos de tecidos duros com babados nas mangas e abaixo da cintura e bordados com lantejoulas. As mulheres casadas precisam pedir permissão para sair de casa e quando saem, usam o tarfotet, cobrindo desde a cabeça aos pés. Os homens usam galabeyas acima dos joelhos, pisando na areia, manejando os quadris pra frente e para trás. É uma dança típica de Siwa, incluindo variedades feitas em grupo para a colheita. Eles realizam movimentos pélvicos pegando suas mãos e pés, imitando posições sexuais.
Em Siwa, há uma longa história de relações homossexuais legalizadas até que o Rei Fouad os baniu em 1928. Porém, as relações se mantiveram secretas até 1950 e eram aceitas porque ajudava a reforçar a proteção das mulheres e mantinha a juventude isolada. Antes do casamento, as mulheres siwan não estão disponíveis, logo, historicamente os homens passaram a procurar-se, trocando para mulheres após o casamento. Trabalhadores chamados zagallah trabalhavam nos campos, coletando tâmaras e eram pagos com comida. Eles não podiam casar antes dos 40 e frequentemente não tinham dinheiro para casar, logo, eles ficavam juntos. Os zagallah ficavam fora do Shali, um antiga fortaleza onde a maioria das pessoas morava e tinham a tradição de beber vinho de tâmara e festejar até horas adentro. Agora, o álcool é ilegal no oásis.
Em 1937, o antropólogo Walter Cline escreveu a primeira etnografia detalhada dos Siwans em que ele observou: "Todos os homens e meninos normais Siwan praticar sodomia... entre si, os nativos não se envergonham disso; eles falam sobre isso abertamente como eles falam sobre o amor das mulheres, e muitos, senão a maioria de suas lutas, surgem da competição .... homens proeminentes emprestar seus filhos para o outro. A maioria dos meninos usados na sodomia têm entre doze e dezoito anos de idade".
Infelizmente, por conta da história sobre homossexualidade, muitos turistas vão até Siwa para praticar pedofilia.
Fontes: Wikipedia e "40 days and 1001 nights".
Bauce kabira,
Hanna Aisha
Impressionante!!!!
ResponderExcluirShow Hannaaa
ResponderExcluirQue legal sua iniciativa em mostrar a todos um pouco de cultura de alguns povos do Egito.
A começar por Siwa. Que demais!!! adorei. Parabéns :)
Taí um povo civilizado!!! Gostei!
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