A única lição no bellyworld que eu realmente me garanto de dar é a que vou desenrolar nesse post. Porque com quase 10 anos na área acadêmica, vivenciando congressos, participando e/ou dando seminários de artigos científicos e/ou dados, sendo orientada constantemente por professores universitários da UFRJ e outras faculdades ou orientando alunos, posso dizer que a crítica faz parte da minha rotina. Isso, para mim, é absolutamente normal e natural e na realidade, faz parte de qualquer área acadêmica seja humanas, exatas, científica ou artes.
[Por isso, gosto tanto de participar de blogs e ter um]
Vou explicar melhor: criticar metodologias de análise, teorias, hipóteses faz parte da construção do conhecimento humano assim como a avaliação pelos pares, ou seja, por seus colegas de profissão, que normalmente estão envolvidos em pesquisa. Enfim. [Essa é mais uma daquelas minhas decisões de me tolhir mais uma vez nos blogs, facebooks, etc]
Já tem tempo que sabemos do interesse de uma parte das profissionais em tornar a Dança do Ventre mais homogênea por conta de tantos métodos empregados, assim como sabemos que, no geral, a Dança do Ventre não é uma dança respeitada no chamado meio acadêmico, seja o ballet ou as faculdades de Dança.
E a única lição que eu, Hanna Aisha, posso contribuir para essa discussão do crescimento da Dança (a partir da experiência da Ana Caroline) é:
Antes de querer elevar a Dança do Ventre a um patamar maior, os profissionais DEVEM aprender a dar e a receber críticas assim como DEVEM entender que não gostar de um trabalho ou metodologia não significa falta de respeito, despeito, inveja ou conspiração.
Eu poderia dar nomes de profissionais da Dança que eu, felizmente conheço e já troquei figurinhas, que entendem o que estou dizendo por serem estas pessoas que além de frequentar workshops e ver vídeos, foram ou estão inseridas em um meio acadêmico, tentando DE VERDADE, dar consistência a essa vertente artística de uma cultura que nem nossa é. Além daquelas poucas profissionais, que têm a oportunidade de poder vivenciar de perto e intensamente a cultura árabe.
Mas, decidi também, que usarei cada vez menos nomes no meu blog como referência de qualquer coisa. [Mesmo que eu não fale mal das pessoas aqui]
Somos muito amadores. De verdade. Mesmo que nos intitulemos (ou nos intitulem para nosso ego) profissionais, mestras ou doutores.
Por favor, menos histeria se seu status quo foi questionado por outro profissional. Seja maduro e se questione antes de falar mal da pessoa.
Bauce kabira,
Hanna Aisha
Bela lição... tomei pra minha vida!! um beijo e parabéns pela lucidez!!!
ResponderExcluirÉ justamente por isso Aisha... por sermos tão amadores que é difícil aceitar críticas de outros amadores. Para nós, ninguém realmente está a altura de criticar quem quer que seja, pois não tem base pra isso. No máximo temos algumas referências de profissionais, mas que mesmo assim, não seguem nenhum padrão acadêmico, pois mesmo entre as árabes, que são as reais detentoras do conhecimento do que é (se é que tem definição), não há essa metodologia de ensino. Porque nós, brasileiras, vamos tentar construir uma padrão, uma técnica e uma metodologia de ensino de uma dança que admite tantas possibilidades?
ResponderExcluirBom Hanna, de fato existe esse amadorismo na Dança, né?
ResponderExcluirMas somos nós quem construímos isso. Mantenha sua postura e siga em frente.
Eu acho que o melhor que temos a fazer e que está ao nosso alcance é ter postura, alertar sobre isso, instruir quem está do nosso lado e quer ser instruído...enfim. De fato, entendo o que você está falando. No mundo acadêmico tem isso também, é de outro modo que repercute, mas tem, a diferença é que, em geral, não deixamos de prestigiar o trabalho de ninguém por causa de picuinhas bobas se aquele trabalho nos acrescenta ou engrandece.
A Dança tem pessoas inteligentes também, dispostas a modificar isso. Nós temos que FICAR e não desistir entende? Se não vai sobrar a "gente" que não "presta". Saca?
É isso. Me decepciona ver gente interessante, inteligente, mas que acaba desistindo da Dança por causa de coisas que as afetam, mas ao mesmo tempo não sei se é pra tanto a desistência, entende? Acho que isso é que deve fortalecer o "movimento" e não o contrário. Mas temos que aprender também, não só ficar dando murro em ponta de faca. Aprender a como "lutar", isso é que é fundamental e às vezes falta para nós (me incluo também).
Abs!