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sábado, 18 de setembro de 2010

O que faz uma bailarina largar a Dança do Ventre?

Pensei nisso quando soube da notícia bombástica sobre o afastamento da Carlla Sillveira.

O que será que faz uma bailarina largar a Dança do Ventre? Certamente nunca cogitei na possibilidade da religião ser capaz disso, como foi o caso da Carlla (aliás, saiu na hora certa, né, no auge). Mas pensando aqui mais no nível do planeta Terra e das bailarinas mortais, por que alguém larga a Dança?

A Khan El Khalili já teve inúmeras que passaram e foram poucas que ficaram. A Luxor criou várias que ainda estão por aí, mas não sei se já cria talentos como na sua época de ouro.

Questões financeiras? Pode ser, já que a remuneração só é considerável quando se tem um trabalho fixo e muitas alunas, de preferência, uma escola só sua.

Fofocas e Intrigas? Apesar das pessoas reclamarem muito disso, all the time, acho que não, porque isso acontece em qualquer trabalho. Ah sim, a Dança do Ventre é trabalho muito sério, para muita gente. Não é só um hobby que desperta nossa Deusa Interior.

Não se enquadra nos padrões atuais? Hum... acho que não, há espaço para todos os gostos.

Enjoo? Nossa, a dança evolui a todo momento...

Casamento? Hum, essa é uma grande possibilidade: maridos que não curtem a modalidade. Ok, respeito totalmente. É mais fácil arrumar trabalho que alguém que a gente queira dividir a vida. Conheço exemplos.

Novos projetos artísticos? Beleza! Temos aí a Luana Mello e a Shaide Halim como exemplos.

O seu IBOPE baixou? É, esses ciclos são normais, mas não fatais.

Seu segundo ou terceiro trabalhos te consomem cada vez mais? Se você não vive de DV, então ela é sua segunda remuneração. Com certeza é um bom motivo, pois a maioria das alunas passa a fazer DV depois de estar, no mínimo, fazendo vestibular que não para a dança. Eu tô aqui, caso eu resolva largar... heheheeheh

Devem haver outros... mas nunca imaginei que a religião poderia fazer isso na vida de alguém que já tinha a vida praticamente pronta trabalhando com DV. Fiquei impressionada.

Às que já largaram; às que estão em dúvida, às que estão ainda na luta; às que estão começando; às que ainda virão: muitos shimmies, muito obrigada pela contribuição e muita sorte nessa nossa vida humana tão complexa! Que a gente aproveite bastante nossos encontros pelos eventos no Brasil; a gente nunca sabe qual será a próxima a largar a Dança do Ventre! As vantagens de se fazer DV renderia outro post...

Uma homenagem à Carlla; uma de suas últimas apresentações. Fica aí seu legado, desenvoltura e sua simpatia:


Bauce kabira,
Hanna Aisha

7 comentários:

  1. Pois é, essa notícia também me pegou de surpresa e eu não entendo o pq a religião e a dança não podem caminhar ali, lado a lado !
    Mas, enfim, respeito a decisão, afinal cada um sabe o q é melhor prá si !
    Bjks !

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  2. Oi querida Hanna,

    eu sou uma dessas bailarinas relatadas nas linhas do seu post.
    Depois de 10 anos de dedicação e investimentos integrais à dança do ventre eu pendurei as sapatilhas.
    Na verdade um pouco de tudo o que está escrito + as fases da vida, maturidade para certas áreas, necessidades de outras.
    No fundo uma sopa de motivos que não parecem justificáveis justificam a decisão.
    A parte engraçada é que tudo aquilo que te faz desistir, são os mesmo elementos que deixam a saudade.

    Nunca vou saber se fiz a escolha certa, tenho muuuuuitas saudades de me ver com mais freqüência como "Aisha" (pq na razão social sou Cris), mas no momento me sinto mais feliz em suprir outras questões que não são do mundo das artes, e me contento em levar a dança do ventre como hobby, com o mesmo compromisso, mas com menos intensidade (muito menos).

    Adoro a Carlla e vou sentir falta de vê-la nos palcos, mas desejo bastante sorte em novos caminhos.

    beijokas

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  3. Oi Hanna!

    Excelente post, parabéns!

    No caso da Carlla, fiquei mais triste ainda porque eu já fui de uma igreja evangélica, e entre as questões que me tiraram de lá, a dança não estava.

    Fiquei mais triste ainda porque ela vai cortar a dança "só pela metade", ou seja, "Eu não quero ir para o inferno, mas se você quiser ir, até te ensino pelos vídeos".

    Ficou parecendo "manco", sabe?

    Enfim...

    Pode ser também só uma revoltinha da saudade. Mas penso dessa forma.

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  4. Oii!

    Muito interessante o post.

    Mas confesso que fiquei extremamente triste com essa notícia da Carlla Sillveira, apesar de não entender, eu respeito.
    É uma pena, porque ela era uma referência pra mim, uma bailarina incrível!

    Beijinhos!

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  5. Queridas,
    obrigada pelos comentários!

    Amar,
    concordo plenamente com vc:

    "Eu não quero ir para o inferno, mas se você quiser ir, até te ensino pelos vídeos".

    Beijos mil

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  6. Que pena!
    Eu sou apaixonada pela dança, e não me imagino sem ela...
    Não dá pra entender né?!
    É uma pena o meio perder uma dançarina como Carlla.

    Adorei seu blog!!!

    Bjs Izza Oliveira

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  7. ahaha que bom que a Carla não aguentou e voltou a dançar!

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