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domingo, 17 de julho de 2011

Trecho Folclórico na rotina oriental

Então, a rotina oriental sempre será tópico de qualquer blog e deve ser tópico de estudo para qualquer bailarina que queira sempre melhorar e se profissionalizar. As rotinas são perfeitas para isso, pois oferecem uma maior variedade de ritmos e movimentos para se trabalhar em uma só música.

Neste post, falaremos sobre a parte folclórica das rotinas. Ela costuma aparecer, geralmente, após o taqsim, mas pode ser que apareça antes.

O ritmo said é o mais comum de aparecer nesse trecho, mas outros ritmos podem entrar e assim como o said, os passos correspondentes costumam ser lembrados. Porque, na verdade, você não precisa representar a dança folclórica em si, mas dançar no ritmo tocado. Aqui, Natalia Trigo (para mim, uma das poucas bailarinas que dançam de forma belíssima qualquer rotina) fez o said de forma bem discreta, a ponto de quase não se percebê-lo (a partir de 8:06). Mas acho que o said em "Joumana" não é um dos said mais fortes:


Fallahi e soudi, por exemplo, são os outros ritmos que podem aparecer. Se você escolher dançá-los, acho que sua dança ficará mais rica comparado se os ritmos fossem apenas obedecidos. O soudi, da Dança Khaliji, é um ritmo bem característico que pode ser confundido com o ayub e com o laff, mas se prestar atenção, principalmente no contexto da rotina, dá para ser pescado rapidamente. E o que fazer quando o soudi aparece? Ué, você soltar alguns dos passinhos do khaliji mesmo (que eu não acho fáceis de fazer não), porém de forma não tão marcada e mais suave, afinal, você está dançando uma rotina! Mas se quiser fazer mais forte, beleza; ficando bonito, estamos aí para bater palmas!

Aqui, eu, Elaine Rollemberg e Nilza Leão, dançamos a mesma música acima e também marcamos o said, o soudi e o fallahi nessa rotina:


E o baladi e o fallahi? Geralmente, é o maqsoum acelerado quem entrará na rotina e dará um tom mais sapeca à performance nesse trecho que chamamos de folclórico. Nesse vídeo, Mayara Al Jamila dança lindamente a famosa rotina "Nelly" que, a partir de 3:58, começa com um fallahi, emenda em um soudi (5:02) e em um said (6:15):


Bons estudos e bons treinos!
Bauce kabira,
Hanna Aisha

3 comentários:

  1. Hanna, este item gerou uma polêmica na escola algumas semana atrás: uma colega dançou em um concurso, e estava desenvolvendo sua coreo sem fazer a leitura do said que estava GRITANDO na música. Entendo que em um concurso existe a necessidade da leitura do folclore até para comprovar o conhecimento do ritmo, mas é uma verdade absoluta a necessidade da leitura do mesmo?

    No final das contas, concluímos que é sim obrigatório em concursos fazer o jurado perceber que vc sabe onde está o ritmo. Mas dança com verdades universais é chaaaaaata....

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  2. Tb não gosto de verdades universais, mas aprendi com a Orit Maftsir (qdo ela esteve no Rio) e achei bem sensata sua explicação: as rotinas clássicas foram criadas para entretenimento dos muitos europeus que viviam lá no início do século 20 e para amenizar as danças (exóticas para os europeus), o balé foi incorporado. Porém a parte folclórica foi mantida justamente para que durante a performance a bailarina se remetesse um pouco à sua cultura. Logo, dançar a parte folclórica, para mim, deve ser executada e me incomoda qdo isso não acontece. Mas se a bailarina conseguir superar esse vácuo (para mim, ficaria um vácuo) bem, ok.
    Beijos

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  3. Bonsoir querida, tudo bem??


    Passando aqui para agradecer pelo carinho de sempre, sorry por ter sumi minha flor.

    Bjs e bom fim de semana!

    Au revoir!!!

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