Olá, queridos leitores!
Ao sermos apresentados ao mundo paralelo da Dança do Ventre e do Folclore Árabe (vai me dizer que não é paralelo à realidade?), corremos o enorme risco de nos deslumbrarmos diante de tanta música, brilho, maquiagem, figurino e belas bailarinas e belas danças. Eu já fui aluna e sei muito bem o que estou dizendo! Queria poder comprar milhões de brincos, maquiagens, CDs, DVDs, figurinos, acessórios... não aconteceu o mesmo com vocês?
Se você está sendo orientado por uma profissional séria e honesta e se você permitir que ela emita opinião, ela te orientará sobre o que você precisa investir no momento: aulas, DVDs, figurinos... Caso ela te repreenda carinhosamente, dizendo que você não precisa comprar tal coisa mas outra (ou nada!), não fique triste: tudo tem seu tempo! E sim, quem vos fala é uma pessoa muito ansiosa, eu te entendo! Não adianta querer fazer o workshop com a Kahina se você não consegue se sustentar por 15 segundos em uma meia ponta ou fazer o workshop com a Nur se você nem acertou seu básico egípcio! Muito menos gastar R$ 1.000,00 em um figurino, se você nem tem perspectiva de dançar.
Não, não quero arruinar o mercado da DV. Pelo contrário. Mas, acho que vale a pena tentar redirecionar a clientela e ajudar as meninas que estão meio perdidas a não perderem dinheiro à toa. Porque tem cliente e vendedor para tudo, eles só precisam se encontrar!
Particularmente, para meninas iniciantes, eu acredito que existam temas na DV que precisam ser ensinados assim que elas adquirirem aquele mínimo de dissociação corporal para que se comece um trabalho mais direcionado. E nunca, nunca mesmo subestime-as. Eu nunca fiz isso, acredite nelas! Por exemplo, folclore, meia ponta e ritmos não são temas de nível intermediário para cima. Acho, inclusive, que são trabalho de base, assim como os oitos e shimmie. Vou explicar.
Ninguém precisa colocar as meninas que estão começando agora para deslocarem como bailarinas clássicas, dançarem Zar ou discutir quais os ritmos presentes na Dabke. Não! Mas não há motivo para não ensinar sustentação aliado a trabalho de core, a apresentar a Dança Balady ou "a pisar no dum" durante o maqsoum (que costuma ser o primeiro ritmo dado e que você nem precisa fazê-las gravar esse nome inicialmente).
Aprender a usar o abdômen ajuda a dar equilíbrio, entender a Dança Balady é entender uma parte da origem da Dança do Ventre (e a dançá-la!) e "pisar no dum" ajuda a ganhar ritmo e coordenação motora. O que vem depois disso, é apenas uma questão de aprofundamento.
Eu acredito que certas etapas deveriam ser dadas o mais rápido possível (quase obrigatoriamente) para que a base delas se estabeleça e se desenvolva com qualidade. Porque o resto que virá depois será apenas a cereja do bolo!
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Espero ver você conectada comigo!
Bauce kabira,
Hanna Aisha
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