Post revisto e reescrito em 19/11/2018
Olá, bellyestudiosas!
Quem sempre está refletindo sobre sua profissão, evitando ficar estagnado no seus achismos, abrindo a cabeça para novos conhecimentos, contestando suas próprias opiniões, acaba cruzando com pessoas que pensam parecido, mais cedo ou tarde. E a sintonia acontece porque muitos desses questionamentos nunca acabam, apenas aprimoram-se.
Eu sempre quis saber de onde vieram as "regras" das rotinas orientais? Essa pergunta faz parte do meu mesmo questionamento: quem criou a primeira música nesse estilo? Alguns dizem que foi a Badia Masabni e, pode ser que ela tenha aprimorado a ideia de firqa para os palcos dos clubes noturnos e inserido mais um "instrumento" nela: a bailarina de raqs sharqi. Aqui, vemos a Tahia Karioka dançando o que seria a base para as rotinas orientais mais modernas:
Com a dança do ventre sendo aprimorada como profissão, ao longo do tempo, as músicas tiveram o mesmo destino. Nesse vídeo, vemos uma rotina mais "normal" a nós, tanto como dança quanto música; claro, ela é dos anos 70 e não, mais anos 40:
Apesar de eu sentir que algumas bailarinas não curtem conceituar os estilos de música árabe e, com isso, a maneira como iremos dançar, eu tenho gostado de conhecer cada vez mais essas diferenças e tentar classificá-las. Acho que orienta mais nossos estudos e performances. Hoje, sabemos distinguir o que é uma música clássica de uma rotina/mejance, uma música pop de um shaabi, um dabke de um said... ufa! E quem venham mais estilos!
Olá, bellyestudiosas!
Quem sempre está refletindo sobre sua profissão, evitando ficar estagnado no seus achismos, abrindo a cabeça para novos conhecimentos, contestando suas próprias opiniões, acaba cruzando com pessoas que pensam parecido, mais cedo ou tarde. E a sintonia acontece porque muitos desses questionamentos nunca acabam, apenas aprimoram-se.
Eu sempre quis saber de onde vieram as "regras" das rotinas orientais? Essa pergunta faz parte do meu mesmo questionamento: quem criou a primeira música nesse estilo? Alguns dizem que foi a Badia Masabni e, pode ser que ela tenha aprimorado a ideia de firqa para os palcos dos clubes noturnos e inserido mais um "instrumento" nela: a bailarina de raqs sharqi. Aqui, vemos a Tahia Karioka dançando o que seria a base para as rotinas orientais mais modernas:
Com a dança do ventre sendo aprimorada como profissão, ao longo do tempo, as músicas tiveram o mesmo destino. Nesse vídeo, vemos uma rotina mais "normal" a nós, tanto como dança quanto música; claro, ela é dos anos 70 e não, mais anos 40:
Apesar de eu sentir que algumas bailarinas não curtem conceituar os estilos de música árabe e, com isso, a maneira como iremos dançar, eu tenho gostado de conhecer cada vez mais essas diferenças e tentar classificá-las. Acho que orienta mais nossos estudos e performances. Hoje, sabemos distinguir o que é uma música clássica de uma rotina/mejance, uma música pop de um shaabi, um dabke de um said... ufa! E quem venham mais estilos!
Quando nos voltamos para as rotinas orientais (músicas clássicas, como muitas ainda chamam), eu sempre tive a sensação de que a gente dança esse estilo de forma diferente das egípcias:
Essa leitura que considerava "diferente" não está presente apenas na dança das bailarinas egípcias mais antigas. A Randa é considerada um exemplo de Dança do Ventre egípcia moderna:
Há uns anos atrás, a primeira vez que eu ouvi que o véu não era obrigatório para a entrada da rotina, eu fiquei chocada: "Como assim, não é obrigatório?" Então, resolvi parar para observar como várias bailarinas antigas dançavam as rotinas. Percebi que as próprias egípcias, as referências da suposta "raiz" da Dança do Ventre para a maioria das bailarinas, não só quase não usavam véu na rotina como tinham uma leitura um pouco diferente da que aprendi e continuo vendo por aí. Logo, ficou a pergunta na minha cabeça: "De onde vieram todas essas regras de leitura de ritmos, véu na entrada e etc?"
Se eu tivesse que chutar algo, eu diria que fazemos sim, de uma forma mais distante, o que elas faziam, porém, houve tanta ocidentalização da dança que, quando eu comparo as danças, elas sempre me soam completamente diferentes, em um primeiro momento.
Se eu tivesse que chutar algo, eu diria que fazemos sim, de uma forma mais distante, o que elas faziam, porém, houve tanta ocidentalização da dança que, quando eu comparo as danças, elas sempre me soam completamente diferentes, em um primeiro momento.
Aqui, por exemplo, vemos uma leitura mais comum para nós, brasileiras (talvez ocidentais):
Não é uma questão de achar um melhor que o outro; apenas, queria saber porque esse formato foi considerado (ainda é) intocável pelas brasileiras...
Bauce kabira,
Hanna Aisha
Assisti aos três vídeos e não vi diferenças tão significantes, a não ser pela opressão da saia da dançarina Zaki, que não lhe permitiram mesmo muito mais do que ela fez. Acho que aquela roupa já fala um pouco do que é permitido/definido para as dançarinas fazerem. Sou novata na DV (faço DV msm, nada de dança oriental, caricatura assumida, mas com muito amor rsrsrsrs) mas penso que se há diferença na forma de dançar o samba entre Rio e São Paulo cm poderia ser diferente cm uma dança milenar e ainda mais de uma cultura tão diversa da nossa? Ainda nã tenho referências, justamente por estar dando - literalmente - os primeiros passos agra. Adorei os três exemplos que vc deu, muito bons!
ResponderExcluir"Se há diferença na forma de dançar o samba entre Rio e São Paulo cm poderia ser diferente cm uma dança milenar e ainda mais de uma cultura tão diversa da nossa?"
ExcluirSem dúvida, não havia pensado nisso...
Adorei a postagem e já havia pensado sobre isso, mas sabe aqueles pensamentos que vêm e vão? não foi refletido e discutido. Mas nesse vêm e vão de pensamentos sobre a Rotina, o meu é que não quero ficar preso a regras, quando danço eu quero é ser feliz e me jogar. Deixe as regras para concursos ;) Bjs Ju
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